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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

«O mutilado de Ruivães»


 

«Mário Moutinho e A. Sousa e Silva, pouco dirão aos ruivanenses, mas trata-se de dois historiadores que levaram anos a elaborar a mais completa biografia da nossa terra, romanceada ao estilo de Castelo Branco com acção em Ruivães entre as invasões francesas e as guerras civis.

Não eram de Rui­vães (presumo que já te­nham falecido, visto o seu tra­balho ter sido elaborado em meados do século passado), eram sim especialistas na matéria, pois para se iden­tificarem com a nossa vi­la aqui assentaram arraiais a convite de um tal senhor Ma­nuel Lagarto de Vale, que lhes ofereceu estadia e não só. Também foi base de elucidação da muita recolha que fizeram, ao ponto de lhe haverem dedicado a obra, em cuja dedicatória dele afirmam ter sido ele um «homem probo, bondoso, e autêntico repositório da história local, que muito nos ajudou com as suas “achegas”» In­titulado “O Mutilado de Rui­vães”, veio a lume em 1980, edi­ção da Livraria Cruz de Bra­ga, não sem que antes jazessem muitos anos numa gaveta. E assim os au­tores nos deixaram uma obra que é um juízo de valor didáctico-pedagógico, e da maior importância cultural e sentimental, que todos os ruivanenses deviam ler. Para fazerem ideia de como eles viram a situação do país nessa data já longínqua, atentem a seta descrição, que a mim me impressionou;
« A história das pequenas terras vai ficando esquecida diante de certos fenómenos sócio-económicos, derivados do urbanismo avassalador, apagaram-se da lembrança dos homens os feitos dos seus antepassados; olvidam-se os factos de outrora; morra gesta da tradição, a prática das virtudes ancestrais, a nobreza dos bons costumes regidos na autoridade de prin­cípios morais ainda hoje indiscutíveis que foram as pedras com que se construiu a Nação, a fizeram grande e a levaram a expandir-se pelo Mundo.
Morreu no coração dos homens a poesia que envolve as coisas belas que o Passado nos legou; secaram-se as fontes que nasciam da alma e corriam límpidas para o mar da fantasia e do sonho, mas que ajudavam a viver. Hoje, tudo se banalizou, tudo está uniformizado, plastificado, amorfizado que uma sociedade de consumo irrelevante e pletórica de bem-estar vai fazendo cair na clareza dos sentimentos e das atitudes, na tibieza dos caracteres e na cobardia colectiva, onde um materialismo intolerável e desenfreado, que necessariamente a função do chamado «progresso social», despaísa, amolece e corrompe o espirito e a consciência nacionais, que nestes últimos anos sofreram uma deterioradora aceleração, graças ao consumo de droga, da pornografia e do sexualismo.
Por isso julgam meritório todos os trabalhadores desta natureza, porque a história não é atributo das chancelarias, dos salões ou das gran­des cidades, nem tampouco a animam apenas os grandes próceres da Política; ela é tam­bém feita pelo Povo e es­crita com o seu sangue; e o palco são as suas aldeias e os seus campos, e ele a maior vítima dos erros, das la­cunas - e dos crimes – dos grandes senhores da Terra.
Moldado ao jeito clássico, como não podia deixar de ser, o romance não tem pre­­­tenções nem aspira fazer carreira ou escola; visa somente estimular nos mais novos o gosto pela historia das sua terras, tão esquecidas andam agora elas; e este nosso esforço é apenas um modesto contributo naquele sentido e, se quiserem, um exemplo para que outros façam melhor.
É este o desideratum, e, se o alcançarem, os autores sentir-se-ão satisfeitos».
A nossa terra, é rico filão de história, folclore, etc. Que tesouros ocultos nas ruí­nas, nas suas ruínas, nas suas pedras musgosas, nos castros, nas igrejas, no linguajar das suas populações, nos arquivos e no próprio sub-solo? Só esperam que novos cabouqueiros os venham desentranhar, ou outros obreiros apareçam a ceifar na messe que é rica e vasta. É claro que o livro contém também e essencialmente dados identificativos de Ruivães enquanto cabeça de concelho da Casa de Bragança, até 1834, com o nome de “Villar de Vacas”.
Saudações ruivanenses.»

Manuel Joaquim F. de Barros


Retirado d' O Jornal de Vieira nº 1173 de 15 de Abril de 2023

domingo, 3 de março de 2013

O último Capitão-Mor de Ruivães, José Maria de Miranda Magalhães e Meneses




"José Maria de Miranda Magalhães e Meneses (1777-1832), foi o último capitão-mor de Ruivães, pois os corpos de Ordenanças foram extintos em 20 de Julho de 1832, doze dias depois da sua morte. Tiveram uma existência de 262 anos.
Sucedera a seu pai, António Luís de Miranda Magalhães e Meneses, não só nas funçoes de capitão-mor mas também como senhor da Casa de Dentro e administrador do vínculo de Ruivães. Era escudeiro e cavaleiro fidalgo e homem de grande poder e autoridade. Miguelista convicto e lutador corajoso, recusou a escolta de duas Ordenanças que um sargento lhe propôs para o acompanhar até ao Gerês, quando já andavam nos ares ameaças à sua vida.
- 'Quando eu desço destas escadas - respondeu com altivez - até aquelas colunas tremem em me ver!'
Seguiu apenas na companhia de um filhito bastardo de 8 anos de idade e de dois fiéis criados armados. Ao passarem em Vilar da Veiga, os serviçais entraram numa taberna para 'matar o bicho' com um gole de aguardente e o Capitão-Mor e o filho foram andando. Eram as 8 horas da manhã de domingo 8 de Julho de 1832.
Um pouco adiante, ao chegarem ao sítio da 'Assureira', quando o Capitão-Mor se afastava um pouco do filho, soaram de repente quatro tiros de caçadeira, disparados por três homens emboscados atrás de uma barreira. O Capitão-Mor, ferido de morte, cai por terra da muar em que seguia montado.
Ao ouvirem os disparos, os criados correram a toda a pressa para o local mas já não toparam os assassinos que fugiram pela ladeira acima em direcção a Ruivães.
Por informações de uma mulher que ali perto andava a regar e presenciara tudo desde as 3 horas da madrugada, os criados concluíram, pelos sinais fornecidos pela mulher, que os assassinos eram dois serviçais e um caseiro da Casa do Corvo do Vale, de Ruivães.
Embrulharam o cadáver da vítima em dois cobertores que ataram com cordas a uma escada e montaram-no sobre outra muar, regressando a Ruivães. Ao chegarem à ponte velha já muita gente ali estava à espera do malogrado Capitão-Mor, pois a alimária que este montava, espavorida, alcançara Ruivães apenas com um pedaço da cabeçada e dera o alarme.
Mas a tragédia não ficou por aqui.
Pouco depois de terem descido o cadáver da vítima à porta da Casa de Dentro, ouviram-se vários tiros e altos gritos para os lados do Vale. Soube-se que dois dos assassinos haviam sido mortos por amigos do Capitão-Mor e que mais serviçais da Casa do Vale teriam sido abatidos se não se tivessem posto em fuga, constando, mais tarde, que, por terras de Espanha, se haviam refugiado no Brasil.
Atribui-se geralmente o assassínio do destemido Capitão-Mor a ódios políticos, mas foi voz corrente entre o povo que o caso envolvia também uma questão de amor...
Sem a morte do voluntarioso Capitão-Mor nunca o concelho de Ruivães teria sido desmembrado.
No Arquivo da Casa de Lamas, em Vieira do Minho, consta como data da morte do Capitão-Mor o domingo dia 8 de Junho de 1832. Ora, consultando um calendário perpétuo dá-nos o dia 8 numa sexta-feira. Tudo indica, portanto, que houve lapso no registo do mês: o dia 8 de Julho é que caiu num domingo. [...]"

nota do romance histórico "O mutilado de Ruivães - Das invasões francesas às lutas civis", de Mário Moutinho e A. Sousa e Silva, Braga, 1980







domingo, 27 de janeiro de 2013

O Mutilado de Ruivães - Recensão





Recensão elaborada por Fernanda Botelho em 1986 para a Fundação Calouste Gulbenkian e disponível aqui.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Saltadouro










Acaçapadas nos seus contrafortes, humildes e envergonhadas, como revoada de pombas foragidas, lobrigavam-se as pequenas aldeias geresianas de Ermida, Fafião, Pincães e Cabril, rodeadas de matagais de medronheiros, carvalhos e azevinhos serpeados de veredas. Mais perto, quase a seus pés, regougava o Saltadouro, precipitando-se de fraga em fraga, cheio de espuma e ira, como cabrito montês fugido a implacável caçador. Visto de cima, o rio parece um fosso infernal, separando encantado castelo roqueiro. Pelas margens pedregosas e protegido por enormes lapas, um ou outro moinho espirrava um jacto de água a que o sol arrancava cintilações platinadas de efeitos surpreendentes. Em cima, ao pé da vila, via-se a histórica ponte romana, ou da «rês», na toponímia popular, que dava passagem à antiga estrada militar que se dirigia a Aquae Flavia (Chaves); ao fundo a ponte do Saltadouro ou ponte Nova, sob a estrada de Montalegre; e, para lá do rio, avistavam-se as célebres e enfadonhas voltas de Salamonde uma série de apertadas curvas em torcicolos de saca-rolhas com que a mesma estrada ia subindo a íngreme ladeira.



Texto retirado do livro “O Mutilado de Ruivães”.


sábado, 22 de março de 2008

O Mutilado de Ruivães












Mais precisamente no Século XIX o romance histórico floresceu e marcou sua época.

Mas, de quando em quando, num eterno vaivém de ressaca de mar, ele vai aparecendo aqui e acolá. È que, singularmente considerado, este género literário transporta sempre cargas ou motivações ideológicas, estéticas ou culturais.

Assim, importa atender aos pendores naturais dos estudiosos na prospecção dos factos históricos das diversas fontes de informação.

E convém desde já esclarecer que, no caso presente, foi a tradição oral, uma das fontes primárias, que mais cuidadosamente foi desenvolvida e confrontada, sempre na mira de achar a verdade.

Este género criou, desde logo, raízes fundas na alma do Povo, nesse povo que tanto acarinha e sente as gestas e as virtudes dos seus Maiores. Só isto bastaria para formar o conceito e, até, uma filosofia da história, como ponto de partida para a narração de «o todo» duma Grei que lhe deu fixidez, beleza, alma e vida na perenidade gráfica do prelo.

Decididamente, o romance histórico é um juízo de valor didáctico-pedagógico, e da maior importância cultural e sentimental.

Bifurcado em objectivos diferentes, este trabalho nada tem a ver com literatura mais ou menos engenhosa, nem prossegue fins materiais.

Negar, em suma, merecimento ao romance histórico é enveredar por um cepticismo tal que mais valeria dobrar a finados por quem assim o julga e pensa porque, esse, já se estrangulou vítima do seu raciocínio estático.

 Exacto. Quebre-se o pragmatismo, jogue-se na opinião da crítica. E, segundo os cânones, a uma só voz, proclame-se:



NlHll. OBSTAT. IMPRIMATUR





LIVRARIA CRUZ

BRAGA







Nota de abertura:



A história das pequenas terras vai ficando esquecida diante de certos fenómenos sócio-económicos, derivados do urbanismo avassalador; apagam-se da lembrança dos homens os feitos dos seus antepassados; olvidam-se os fastos de outrora; morre a gesta da tradição, a prática das virtudes ancestrais, a nobreza dos bons costumes regidos na austeridade de princípios morais ainda hoje indiscutíveis, que foram as pedras com que se construiu a Nação, a fizeram grande e a levaram a expandir-se pelo Mundo. Morreu no coração dos homens a poesia que envolve as coisas belas que o Passado nos legou; secaram-se as fontes que nasciam da alma e corriam límpidas para o mar da fantasia e do sonho, mas que ajudavam a viver.


sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Ponte do Saltadouro (antiga)

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Não haveria altura mais apropriada do que esta, para mostrar estas fotografias da velha Ponte do Saltadouro, palco de batalha nas Invasôes Francesas.



Fotografias cedidas por José Fernandes.





Ponte Nova e Ponte do Saltadouro tudo a mesma coisa. Vários cronistas e autores, nas suas referências, têm confundido os nomes desta ponte com as que existem próximo, nomeadamente com a ponte de Ruivães que dá passagem sobre o mesmo rio à Estrada Nacional nº 4, 1ª (Braga-Chaves), a qual ainda não existia à data das invasões francesas, como é obvio. A Ponte da Rês ou Ponta Velha é a antiga ponte romana que dava passagem à via militar Braga-Chaves-Astorga.

Também é frequente a confusão da Ponte do Saltadouro com a da Mizarela, 5 ou 6 quilómetros a leste daquela.

Mede a Ponte do Saltadouro 9 metros de altura e 23 de comprimento. É de cantaria e tem um só arco. Viçosas eras cobrem-na quase integramente, o que lhe dá um aspecto rústico muito bizarro. Foi reconstruída anos depois de ter sido cortada. Actualmente (1942) tem uma parte das guardas derrubadas e na extremidade oeste (lado de Salamonde) apresenta uma funda escavação, que um devoto do «Livro de S. Cipriano» abriu à cata de um tesouro escondido pelos franceses. Segundo nos consta, o explorador partiu de mãos a abanar... Os franceses, com a pressa de fugirem, não tiveram tempo de esconder tesouros, antes abandonavam pelos caminhos o produto das suas roubalheiras.

Com a abertura da Estrada Nacional n. 14 (1ª) esta ponte perdeu quase todo o trânsito.



Retirado do livro “O Mutilado de Ruivães”, páginas 149 e 150.


sábado, 17 de junho de 2006

Sobre "O Mutilado de Ruivães"

Sobre “O Mutilado de Ruivães”



Pediu-me, a minha filha Carla, que tecesse algumas considerações sobre a obra. Que o fizesse sem grandes alegações, de forma simples e resumida.

Não quis deixar de corresponder ao pedido, e aqui estou eu, desprovido de qualquer veia literária a tentar cumprir com as minhas obrigações de pai!...

Aos que lerem este arrazoado peço desculpa, prometendo-lhes que, caso não gostem, não os voltarei a incomodar. 



O que hei-de então eu dizer para além daquilo que os autores da obra disseram na respectiva Nota Prévia, que me atrevo aqui a reproduzir?

“A história das pequenas terras vai ficando esquecida diante de certos fenómenos sócio-económicos, derivados do urbanismo avassalador; apagam-se da lembrança dos homens os feitos dos seus antepassados; olvidam-se os fastos de outrora; morre a gesta da tradição, a prática das virtudes ancestrais, a nobreza dos bons costumes regidos na austeridade de princípios morais ainda hoje indiscutíveis, que foram as pedras com que se construiu a Nação, a fizeram grande e a levaram a expandir-se pelo Mundo. Morreu no coração dos homens a poesia que envolve as coisas belas que o Passado nos legou; secaram-se as fontes que nasciam da alma e corriam límpidas para o mar da fantasia e do sonho, mas que ajudavam a viver.”

A obra, da autoria de Mário Moutinho e A. Sousa e Silva, editada no início da década de oitenta do século passado, presenteia-nos com um romance tipicamente português, escrito na linha do Romantismo que marcou a primeira metade do século XIX, sendo simultaneamente um valioso reportório histórico das invasões francesas às lutas liberais.

É constituída por cinquenta e um capítulos, escritos ao longo trezentas e sessenta e duas páginas, sendo o primeiro um retrato paisagístico da antiga e nobre Vila de Ruivães, onde é evidenciado a sua importância no quadro administrativo e estratégico de Portugal da época, sendo nele destacado o envolvimento activo e participativo das gentes daquela terra na luta contra as invasões Francesas, nomeadamente o massacre a que sujeitaram os franceses na Ponte do Saltadouro, quando estes por ali transitavam nas suas deslocações em coluna militar. Este capítulo é completado com informações histórico-administrativas, sobre alguns monumentos de relevo, vias romanas que atravessavam a região, algumas crenças populares, etc..

Prossegue a obra com um romance … (1)



Deve-se então o título de “O Mutilado de Ruivães” à figura de Manuel Sobral, sendo que é nele que assenta todo o romance e é ao longo do mesmo, na sua participação na luta contra as invasões Francesas, que os autores fizeram várias incursões sobre aquele momento histórico e que muito bem deram a conhecer.

  A todos os naturais da freguesia de Ruivães em particular, e todos aqueles que se interessam e apreciam “a história das pequenas terras” em geral, aconselho uma leitura atenta à referida obra e convido-os a que se criem os movimentos necessários à reposição do valor estratégico e administrativo da antiga e nobre Vila de Ruivães, que foi sede de importante concelho até 1853, sendo uma das vilas mais antigas de Portugal, como cabeça de concelho até 1834 e pertencente à província de Trás-os-Montes.

Aos políticos em particular apelo que reflictam, se empenhem e exerçam a politica de forma desinteressada e eficaz, conduzindo acções governativas que proporcionem condições de vida condigna àqueles que optarem por continuar a dar vida às “muitas e nobres Vilas de Ruivães” espalhadas pelo país e que, tal como a nobre Vila de Ruivães, se encontram desertificadas, para que a Nota Prévia dos autores deixe de ter sentido.

Aos autores, que não conheci, o meu sincero agradecimento pelo que me ensinaram e pelo orgulho que me fizeram sentir como Ruivanense.



Fernando Silva



(1) Tomamos a liberdade de retirar três parágrafos a este texto, para que os que ainda não leram a obra não percam a vontade de o fazer.

terça-feira, 1 de março de 2005

Mutilado de Ruivães

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O Mutilado de Ruivães é um romance que retrata um pouco do que foram as lutas contra as Invasões Francesas de Napoleão. Como os próprios autores do livro referem na sua Nota Prévia, ela tem “imensos defeitos, porque eles nem são romancistas nem historiadores”, no entanto o livro retrata as Invasões vividas pelas gentes da nossa Vila de Ruivães e é de leitura obrigatória para qualquer Ruivanense. Para aguçar o apetite, segue-se uma pequena citação da sua Nota Previa, que apesar de escrita em 1980, continua actual.



A história das pequenas terras vai ficando esquecida diante de certos fenómenos sócio-económicos, derivados do urbanismo avassalador; apagam-se da lembrança dos homens os feitos dos seus antepassados; olvidam-se os fastos de outrora; morre a gesta da tradição, a prática das virtudes ancestrais, a nobreza dos bons costumes regidos na austeridade de princípios morais ainda hoje indiscutíveis, que foram as pedras com que se construiu a Nação, a fizeram grande e a levaram a expandir-se pelo Mundo. Morreu no coração dos homens a poesia que envolve as coisas belas que o Passado nos legou; secaram-se as fontes que nasciam da alma e corriam límpidas para o mar da fantasia e do sonho, mas que ajudavam a viver.