sábado, 22 de outubro de 2005

Desta feita

 


Desta feita registamos um "link" que merece ser colocado nos favoritos, já que o tema do sítio é a nossa Vila de Ruivães.


 


http://ruivaes.no.sapo.pt


 


Façam uma visita e emitam a vossa opinião.


 


 


 

terça-feira, 11 de outubro de 2005

Resultados eleitorais



Eleitores Inscritos - 948

 



Eleitores Votantes - 664



Abstenção - 29,96 %



A eleição para os órgãos autárquicos da nossa Vila correram dentro na normalidade esperada. Também neste campo se notou um decréscimo de população; tanto que pela primeira vez só havia uma secção de voto.



Quanto aos vencedores e aos vencidos não há muito a dizer; só esperamos que a freguesia de Ruivães seja a vencedora daqui por quatro anos.

 




Resultados eleitorais


Eleitores Inscritos - 948

Eleitores Votantes - 664

Abstenção - 29,96 %

A eleição para os órgãos autárquicos da nossa Vila correram dentro na normalidade esperada. Também neste campo se notou um decréscimo de população; tanto que pela primeira vez só havia uma secção de voto.


Quanto aos vencedores e aos vencidos não há muito a dizer; só esperamos que a freguesia de Ruivães seja a vencedora daqui por quatro anos.



domingo, 25 de setembro de 2005

Foto do dia

 


2005.09.25.JPG


 


 


Contrastando com o post da semana passada, desta feita temos que registar uma limpeza num caminho da nossa freguesia que se encontrava intransitável. Começa nos “eucaliptos” e segue serra fora até à estrada que depois nos leva até à Serradela.

Da nossa parte foi a primeira vez que por lá passamos, mas com vistas destas, de certeza que será de repetir.

 


 


 


2005.09.25 (1).JPG


 


2005.09.25 (2).JPG


 


 

domingo, 18 de setembro de 2005

Foto do dia

 


2005.09.18.JPG


 


 


A Vila de Ruivães tem destes sítios especiais que bem gostamos e que de vez em quando sabe bem visitar mais uma vez para descansar a mente e depois voltar com as “baterias” carregadas. A Ponte Velha (ou de Pedra) de Ruivães é um desses sítios que vale a pena ser visitado sempre que houver um tempo livre.




Na visita efectuada hoje, deparamo-nos com este cenário que é uma ramada caída para o caminho, impedindo assim a circulação no mesmo, convenientemente.




Não sabemos se fruto do acaso ou obra de algum iluminado – terra fértil para os ditos – mas tentaremos alertar as autoridades competentes para o facto.




Fica aqui o registo, mas acima de tudo a sugestão para uma visita à Ponte Velha de Ruivães; que não seja o facto aqui registado o motivo para não a visitarem.

 


 

terça-feira, 13 de setembro de 2005

Saltadouro

 


2005.09.13.jpg


 


 


Não tem havido notícias de relevo para esta nossa página; primeiro porque a Vila regressou à "normalidade" depois do regresso dos emigrantes ao seu país de acolhimento, depois porque os Ruivanenses continuam a não querer colaborar na feitura desta página.


 


Como num dos últimos post mostravamos a Ponte do Saltadouro e incentivávamos a ida até lá, achamos que é melhor fazer um aviso antes de se meterem a caminho.


 


Sábado passado, quatro turistas de bicicleta ficaram lá retidos, mais propriamente no monte por trás de Vale, devido ao intenso mato que por lá existe. Foram recolhidos cerca das dez da noite pelos Bombeiros de Ruivães, juntamente com a patrulha da Guarda Nacional Republicana.


 


Não queremos que percam a vontade de visitar aquele local que, voltamos a dizer é magnifico, mas nunca é demais avisar.


 


 

quarta-feira, 31 de agosto de 2005

Ainda a Ponte do Saltadouro

 


canoagem saltadouro.jpg


 


 


E esta fotografia tirada há cerca de um mês atrás, em plena barragem, de canoa. Uma perspectiva diferente da ponte e do rio!!!


 


 

domingo, 28 de agosto de 2005

Saltadouro

2005.08.28 1.jpg


 


 


Nada estava combinado, mas quiseram assim seis amigos Ruivanenses, que às três da tarde decidiram ir até ao Saltadouro dar um mergulho no rio.




Infelizmente o caminho por Frades, que percorre toda a encosta por trás de Vale está intransitável e o melhor percurso tem que ser feito por Salamonde, mais concretamente pelo caminho que começa junto à Capela das Almas do Rio Mau; felizmente, dois desses amigos têm veículos todo-o-terreno e foi rápido chegar ao destino. Mesmo assim ainda houve alguns contratempos, entre os quais um furo no pneu, que não estava previsto.

 


Chegados ao destino, havia que dar uns mergulhos e desfrutar de toda a zona envolvente ao rio, com as suas quedas de água, que neste fim de verão já vão diminutas.




Quisemos partilhar estes momentos com todos os Ruivanenses, em parte, uma vez que era impossível colocar aqui todas as fotografias.




Se lá quiserem ir, não se esqueçam de levar calçado e roupa apropriada porque é preciso.

 


 


 


 


2005.08.28 2.jpg


 


2005.08.28 3.jpg


 


 

quinta-feira, 25 de agosto de 2005

Festas de Ruivães

 


2005.08.21 final.jpg


 


2005.08.21 final 1.jpg


 


 


Assim terminaram as Festas de Ruivães, com a caminhada até à Capela da Roca de toda a gente a acompanhar a Banda de Música, seguindo assim uma tradição de longos anos. Foi o culminar de uma actuação da Banda de Riba d' Ave que deliciou todos os presentes.




Pela noite dentro a actuação do conjunto "PBX" (pensamos que é assim que se escreve) e o anúncio da mesma comissão para o próximo ano.




Da nossa parte tudo faremos para cá estar no próximo ano a relatar em cima do acontecimento as Festas de Ruivães 2006.


 

domingo, 21 de agosto de 2005

Festas de Ruivães

 


2005.08.21 procissão.JPG


 


 


Ao fim da manhã de domingo, a Missa, celebrada pelo Padre Martinho Araujo e brilhantemente acompanhada pelo Coro Musical da Paróquia de Ruivães.




Depois segui-se a procissão, com o trajecto habitual percorrido pelas principais artérias da Vila de Ruivães.


 

Manhã de domingo

 


2005.08.21 alvoradas.JPG


 


 


A manhã de domingo começou com o grupo "Alvoradas da Cabreira", que apesar de eternamente em re-definições (permitam a crítica), não deixou de alegrar os poucos Ruivanenses que já estavam acordados, bem como os que iam acordando.


 


Uma palavra muito especial, aqueles (muitos) que tiveram a amabilidade de pôr à disposição uns cálices de Vinho do Porto e umas bolachinhas para os Alvoradas da Cabreira.


 


 


2005.08.21 alvoradas (1).JPG


 


2005.08.21 alvoradas (2).JPG


 


2005.08.21 alvoradas (3).JPG


 


2005.08.21 alvoradas (4).JPG


 


2005.08.21 alvoradas (6).JPG


 


2005.08.21 alvoradas (7).JPG


 


 


 

sábado, 20 de agosto de 2005

Festas de Ruivães

 


2005.08.20 1.jpg


 


 


Aí estão as Festas de Ruivães 2005!!! Já começaram ontem com a procissão de velas entre a Capela da Roca e a Igreja Matriz, seguidas de cantares ao desafio.




Fora do programa oficial, alguns artistas da terra decidiram presentear os resistentes com um concerto improvisado em plena rua, sem palco nem aparelhagem. Pena é que não haja registos fotográficos dessa passagem.




Hoje pela manhã tivemos a tradicional prova de atletismo desde o Cambedo (Campos) até à Vila. Novos e velhos, mais ou menos preparados, o mais importante, para alguns, foi mesmo participar em mais este evento desportivo, que já é uma referência das Festas de Ruivães.




Algumas fotografias de alguns dos participantes, uma vez que era de todo impossivel colocar aqui fotos de todos os participantes; perto de quarenta.


 


Mas há mais previsto no cartaz das Festas que continuam hoje todo o dia e amanhã.


 


2005.08.20 2.jpg


 


2005.08.20 3.jpg


 


2005.08.20 4.jpg


 


2005.08.20 5.jpg


 


2005.08.20 6.jpg


 

domingo, 14 de agosto de 2005

Passeio B.T.T.

 


2005.08.14 11.JPG


 


 


A uma semana das Festas de Ruivães, o pessoal do Ruivães Ciclo Club realizou um passeio ao S. Bento da Porta Aberta. Ao que parece, tudo correu bem, mas podem comprovar isso no seu sítio oficial em http://ruivaescc.blogs.sapo.pt


 


A propósito das Festas, em breve será aqui colocado o programa oficial.


 

sábado, 13 de agosto de 2005

Ponte Nova: Frades - Cabril

 


 


2005.08.06.JPG


 


 


Já está em fase de conclusão a nova Ponte de Frades para Cabril. Faltam ultimar os acessos, para a inauguração esperada antes de Outubro.




Esta ponte ansiada pelas populações das duas margens, há mais de 50 anos, vai ser um pólo dinamizador do turismo por estes lados.


 

terça-feira, 9 de agosto de 2005

Central de Frades

001d7y5w



001d85yq



001d9eea



001da0ex



001dbd0s



001dcdzb



001ddpqc



001de9aq






«Encontra-se em fase de conclusão a obra do Túnel de Frades, ou melhor, o aproveitamento hidroeléctrico de Venda Nova II, altura ideal para uma visita guiada por quem lá trabalha.

Não foi uma visita vulgar, pois o senhor é entendido e soube explicar muito bem o funcionamento daquela que é uma das maiores obras publicas efectuadas em território nacional.

Na impossibilidade de relatar aqui toda essa visita, ficam apenas algumas fotografias lá tiradas.»



Para ver o resto da notícia, aqui.

sexta-feira, 5 de agosto de 2005

Tradições


2004.11.27 007.jpg

Temos estado ocupados, mas não podíamos deixar de mostrar nesta página o cumprimento de uma tradição, que foi a passagem da Banda de Vilarchão pela Vila de Ruivães, no passado dia 11 de Julho.
Quanto à tradição em si, podem saber mais sobre ela nesta mesma página, há um ano atrás, essa sim, em devido tempo.

2004.11.27 006.jpg

quinta-feira, 4 de agosto de 2005

Reviver o passado em Ruivães

Reviver o passado em Ruivães




 


Cont. da penúlt. edição




 


 




 


Para mim, porém vejo essa agressividade da Natureza com um tom de beleza carregada de mistério sim, mas bela na mesma pela imponência daquela cordilheira que cresci a admirar, e que da janela de minha casa espreitava quando ainda nem ao parapeito chegava. No Inverno então, quando a neve cobria a serra, pensava para mim que o Paraíso era ali!




 


Voltando ao meu observatório, à minha esquerda não me nos imponente, a serra da Cabreira verdejante como sempre, com o “Tôco” lá no alto, pertinho do Céu, qual cortina coloca da pelo Criador para protecção de Ruivães que se aconchega no seu sopé.




 


Completando o cenário, destaca-se ao fundo o lugar de Vale, já que Ruivães não se avista, e o Cemitério onde descansam os meus antepassados. Essa é a visão que mais me choca, mas evito pensar nisso, antes me embrenho nos outros trechos da paisagem.




 


Estendo-me sobre o rochedo, banhado pelo sol, fecho os olhos e aspiro o meu cachimbo deixando o pensamento retroceder no tempo, cinquenta anos atrás, até à minha infância vivida nesta aldeia.




 


Nessa altura, calcorreava os caminhos entre campos que me conduziam até aqui, em busca de ninhos, aos “choteiros” no tempo deles, ou simplesmente numa peregrinação em busca do desconhecido, pois acabada a escola, nada fazia e tinha de matar o tempo de qualquer forma.




 


Lembro-me destes campos tão férteis, onde se cultivava o milho, feijão, batata, etc. Hoje são matagais intransponíveis, imperam os fentos e as silvas.




 


Lembro-me da chiadeira dos carros de bois e dos gritos de incitamento aos pobres animais, que arrastavam pesadas cargas por estes caminhos de piso tão irregular, castigados ainda por cima por desumanas vergastadas e aguilhoadas. Mas tinha de ser, era a lei dos homens. Hoje nada define esses caminhos, intransitáveis, carros de bois já não há e até gado é uma raridade.




 


Tudo está diferente, agora é o silêncio que impera na vida campesina. Já não há desfolhadas nem vindimas com cânticos que enchiam estes ares de alegria, se vê vivalma, parece que os pássaros abalaram e não mais voltaram.




 


Lá no fundo, passa a estrada e é o ruído dos carros o único som que escuto nesta queda melancolia. Passam numa correria descrevendo as curvas como ranger dos pneus, e isso me faz voltar à realidade e concluir que este nada tem do Ruivães do meu tempo.




 


Tudo está diferente, mais civilizado, o progresso tomou conta da aldeia, mas nada disso me cativa. O que amo nesta aldeia, são os campos mesmo sem cultivo, a serra da Cabreira ainda que desfigurada por inestéticas hélices lá no alto, o rio, a pureza do ar que ainda por aqui se respira, mas o que mais amo ainda, é recordar a minha infância aqui vivida, e só por isso esta será sempre a ditosa terra minha amada.




 


Um dia parti, sem saber quando voltava, ou se voltava mesmo, pela graça de Deus voltei e voltarei enquanto o Criador o entenda, e com Ele fiz um pacto, de um dia voltar para não mais partir!




 


 




 


Manuel Joaquim F. Barros

segunda-feira, 1 de agosto de 2005

ADSL

Temos o prazer de informar todos os Ruivanenses que após o próximo dia 18, já será possivel aceder à Internet na nossa Vila, através da linha ADSL.




Não sabemos se teve alguma coisa a ver com a nossa petição, mas mesmo assim, podemos dizer que valeu a pena.


 


A todos os que se interessaram por esta causa, o nosso Obrigado


 


 

domingo, 10 de julho de 2005

Rio de Ruivães - "Traves"

 


2005.07.09.JPG


 


 


2005.07.09.1.JPG


 


 


2005.07.09.2.JPG


 


 


 


Triste cenário este que encontramos desde há vários dias no rio de Ruivães, mais propriamente, onde as mulheres iam antigamente lavar a roupa. Ao que tudo indica estão a preparar a construção de uma presa, falta saber com que utilidade.

Esqueceram-se é que o rio assim vai negro com a terra e logo na altura de banhos.

Até esta hora ainda não conseguimos saber quem foi o "iluminado" empreendedor, mas depois daremos conta.


 

quinta-feira, 7 de julho de 2005

ADSL

 


Como é do conhecimento dos Ruivanenses cibernautas, a nossa Vila não dispõe de linha ADSL, o que implica um tempo exagerado para poder aceder à net, quando o poderiamos fazer em segundos (até para actualizar esta página).


Já por diversas vezes tentamos, infrutiferamente, junto da PT que essa situação fosse resolvida. Foi-nos dito que era uma situação que estava a ser trabalhada, pelo que deviamos esperar.


Esperar porquê? Todas as centrais telefónicas à nossa volta têm disponibilidade para o ADSL, apenas a nossa não permite a ligação ao ADSL. Sim, só os numeros 253 658 XXX, não têm acesso ao ADSL.


É por isso que achamos que é altura de tomar uma atitude. Pedimos a todos os Ruivanenses que façam uma reclamação e a enviem para o mail mail16200@telecom.pt, todos os dias que se lembrem, até que a nossa pretensão seja aceite e remetendo cópia para o mail pdmiranda@sapo.pt.


Vamos fazer com que a era das novas tecnologias não fique nos limites da nossa freguesia e com que vençamos mais esta batalha.


 

terça-feira, 28 de junho de 2005

Festejos



benfica 6.jpg



benfica 5.jpg



benfica 4.jpg



benfica 3.jpg



benfica 2.jpg



benfica 1.jpg





Os festejos dos adeptos do Benfica pela conquista do campeonato nacional de futebol, decorreram com normalidade. Assim como um pouco por todo o mundo, também os Benfiquistas Ruivanenses quiseram mostrar a sua alegria por esta conquista, onze anos depois. As nossas sinceras desculpas, mas só agora é que foi possível recolher estas fotos dos festejos; mas lá está, mais vale tarde do que nunca.




sábado, 18 de junho de 2005

Reviver o passado em Ruivães

Cont. da últ. edição


Foram anos para me readaptar e consolidar a minha vida, quer a nível profissional, quer psicológico, pois a ausência forçada destruiu todos os meus planos de futuro.


Chegada a hora de constituir família, o meu ideal e tendo Ruivães sempre na mente, era unir o meu destino a uma conterrânea, o que parecia difícil, pois passou tanto tempo, e as moças casadoiras da minha geração tinham dono, agravando o facto de agora ser quase um estranho na aldeia, passados que estavam tantos anos desde que de lá saí.


Quis o destino, porém, que a comunidade residente na capital organizasse uma excursão pela Páscoa à terra, na qual me integrei e nela conhecesse a que veio a ser a mulher da minha vida, com quem partilho os bons e os maus momentos há mais de trinta anos.


A “casita” que minha mãe possuía vagou entretanto, e feitas obras proporcionou-me a possibilidade de voltar enfim, a Ruivães, sempre que quisesse.


E volto todos os anos, cheio de saudade como da primeira vez que lá fui após ter partido.


 


****


 


Sempre que volto a Ruivães, o intuito é passar uns dias de férias para retemperar forças que o corpo vai requerer em mais um ano de trabalho até novas férias.


Mas o espírito, esse sofre, fica abalado e mais carregado por tudo que essa aldeia me traz à memória. Não de mágoa ou más recordações, mas urna vontade férrea de que o tempo voltasse para trás de forma a eu passar pelo mesmo, reviver tudo de bom que vivi em Ruivães.


Mal chego, na primeira oportunidade que tenho palmilho os caminhos que me levam ao local favorito para as minhas divagações, una elevação rochosa com um panorama espectacular, onde o silêncio impera, o que me permite absorver nos meus pensamentos.


Há quem lhe chame o “Cemitério Antigo”, mas “São Cristóvão” foi como sempre lhe ouvi chamar, e é ali que me sinta Senhor do Mundo.


Sento-me na maior formação rochosa que já vi, um penedo gigante, olho em redor e pergunto a mim mesmo se há sitio mais lindo que aquele. À minha direita, vislumbro a mais inóspita parte da serra do Gerês, montes agrestes de aspecto vulcânico, onde duvido que alguma vez o homem ali tenha estado. Observo com os binóculos, e vejo ravinas inacessíveis, ausência de vegetação, só penedos onde por certo nem as aves procuram abrigo, porque a paisagem é desoladora medonha mesmo. Essa, é ideia que transmite ao comum dos mortais.


 


Manuel Joaquim F. Barros


(Continua)


 


 


 


2005.06.18 1.jpg


 


 


 

sábado, 4 de junho de 2005

Reviver o passado em Ruivães

Cont. da últ. edição



 





 

Não, Ruivães já não era o mesmo! Mas apesar de tudo. Seria sempre minha aldeia, por quem derramei lágrimas na hora em que a deixei. Que mudem as casas, os campos, as pessoas, esse torrão apegado à Cabreira, será sempre a minha terra, e nada mudará o meu sentimento por ela..



 

Foi apenas uma semana que ali passei, num regresso tão desejado, e na hora da partida não chorei como da primeira vez, mas não deixaram de me humedecer os olhos enquanto no meu íntimo pensava: e agora, quando voltarei?



 

Com a tropa à porta, quem diz tropa diz Ultramar – cruel destino a que os jovens dessa geração de sessenta não podiam fugir – quantos anos iriam passar mais até que ali voltasse?



 

Por capricho do destino, voltei bem mais depressa do que julgava. Pouco depois, estava precisamente na tropa, e mobilizado para o Ultramar, voltei a Ruivães para o funeral de meu avô, o ‘Tio João Latoeiro”.



 

Então, sim desta vez é que tinha certeza que iria levar tempo até voltar, pois com a morte do meu avô desapareceu o último elo familiar em Ruivães.



 

Agora vazia, a velha casa onde meu avô criou sete filhos, era o último elemento que ligava o que foi uma grande família a Ruivães. Para agravar esta situação, inesperadamente, uma falcatrua bem montada retirou aos legítimos herdeiros o direito à casa, que foi parar às mãos de uma enteada de meu avô, que mal um dos senhores de capital do burgo lhe abanou com algumas “milenas” logo a despachou.



 

Mas que raio! Tudo se conjugava para que Ruivães, a aldeia do meu coração, a minha terra, fosse no futuro um fruto proibido. Como iria ali voltar? Fazendo turismo?



 

Apertava-se-me o coração sempre que pensava nisso. Porém, minha mãe que ali enviuvara, havia comprado uma casita que entretanto alugou no regresso capital para refazer a sua vida.



 

Era uma réstia de esperança para mais tarde ali voltar.



 

Passaram-se mais alguns anos, o destino entretanto empurrou-me para os confins, até Timor donde voltei adulto e pronto para enfrentar as agruras do destino.



 

Manuel Joaquim F. Barros



 

(Continua)



 





 

in Jornal de Vieira nº 764 de 1 de Junho de 2005


quinta-feira, 26 de maio de 2005

Foto do dia

 


2005.05.26.JPG


 


 


Uma paragem (não forçada) no passeio de bicicleta, levou-me a observar estas "alminhas" que ficam à saída da Botica, pelo caminho velho até Ruivães.




Embora aparentemente ao abandono, o que conta é a intenção de quem as ali colocou e de quem ao passar por elas aproveita para pensar um pouco.

 


 


 

segunda-feira, 23 de maio de 2005

Os passeios B.T.T.

 


Devem os meus caros Ruivanenses estar a perguntar se não tem havido passeios de bicicleta realizados pelo pessoal da Vila, ao que nós respondemos que sim. Então porque não têm aparecido fotografias desses passeios no nosso sítio? A razão pela qual não temos colocado nesta página fotografias desses passeios, é que o Ruivães Ciclo Club têm página própria; ainda está em construção mas já podem ver nela algumas fotografias dos passeios realizados um pouco por toda a Serra da Cabreira. Aqui segue a ligação que podem utilizar e não se esqueçam de divulgar mais esta nossa página.


 


 


www.ruivaescicloclub.blogs.sapo.pt


 


 

sábado, 14 de maio de 2005

Reviver o passado em Ruivães



            Foi num dia de Inverno, chuvoso, triste, que eu deixei sem saber ate quando, a minha aldeia.



Os primeiros cinquenta quilómetros da viagem que me levariam até Braga, fi-los chorando copiosamente, humedecendo com as lágrimas o vidro da janela da camioneta, ao mesmo tempo que do lado de fora, no mesmo vidro, as golas de chuva deslizavam como de uma competição se tratasse.

Ruivães ficava cada vez mais para trás. Depois da camioneta, o comboio, tudo conjugado mais me parecia um rapto. De nada adiantava dizer que não queria ir pois um puxão de orelhas punha logo fim à minha impertinência.

Conforme o comboio com destino a Lisboa se distanciava, mais aumentava a tristeza de ter deixado a minha aldeia. Tinha partido nessa manhã, e já sentia saudades!

Tinha doze anos, soberbos de alegria, vívidos sempre naquela terra tão linda, e agora levavam-me para um mundo que eu não conhecia, sei lá o que me esperava!

Se calhar não voltaria a ver os meus amigos de infância, o meu avô – a quem chamava pai porque foi ele quem me criou, a Serra da Cabreira e o rio que tanto amava! …

Sentia-me perdido, apetecia-me saltar pela janela do comboio e correr, correr por aqueles montes fora de volta à minha aldeia.

Passaram-se muitos anos, até voltar a Ruivães.

Quando isso aconteceu, fui encontrar a aldeia desfigurada, se bem que nalgumas coisas para melhor. A estrada estava alcatroada, as ruas calcetadas, algumas casas novas outras arranjadas, mas.., acima de tudo, já havia electricidade!

Tudo estava diferente, mas a Cabreira mantinha-se indiferente ao progresso, imponente lá no alto, como eu a amava. E o rio? Tal como na canção, este meu rio, não o outro, continuava lindo!...

A primeira coisa que fiz, foi mergulhar nos poços onde tanto chapinhei, como o do Chabouco, Maria Pereira, das Traves, foi mesmo uma romagem de saudade,

E os meus amigos? Procurei por eles, só um ou dois por lá se mantinham. Alguns, mais velhos que eu, foram para a tropa e consequentemente para o Ultramar, outros emigraram “a salto” e por isso nem à terra podiam vir, só os velhinhos mantinham viva a recordação que eu tinha da aldeia que deixei.



NOTA: Artigo gentilmente copiado d' O Jornal de Vieira nº 763 de 15 de Maio de 2005. Desconhecemos o seu autor, mas o artigo tem continuação no próximo número.


sexta-feira, 22 de abril de 2005

Gentes de Ruivães (2005)




A nossa Vila de Ruivães é feita de gente única, acolhedora e simpática, como estas duas senhoras, Srª Silvina e Aurorinha.

Fotografia gentilmente cedida pelo Humberto Ribeiro.

sábado, 9 de abril de 2005

Foto(s) do dia

 


IM000406.JPG


 


 


Eis uma panorâmica diferente da nossa freguesia, vista de Pincães sobre Frades e Soutelos.