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sábado, 17 de março de 2018

Sessão Prática de Podas e Enxertos


Decorreu esta tarde na Casa de Dentro em Ruivães uma Sessão Prática de Podas e Enxertos, promovida pela Câmara Municipal de Vieira do Minho no âmbito do programa Sentir Vieira. 
A sessão foi muito participada e foram muitos que acompanharam atentamente o Eng. Assunção da Direcção regional de Agricultura.





























quinta-feira, 8 de março de 2018

A Poda da Casa do Brás - Espindo


A aldeia de Espindo encontra-se situada no sopé da Serra da Cabreira, localidade muito sujeita a geadas que assim colocam em risco as rebentações temporãs, apenas permitindo a poda por volta de fevereiro ou março, tarefa sazonal de que hoje vos quero falar.
Nem sei bem porquê, mas para mim, a recordação da poda remonta ao tempo do meu avô, em que ainda pequenito já o observava com muita atenção.
Adorava andar com ele no campo e ouvir as suas sábias palavras e as suas estórias, neste caso sobre a poda.
Os podadores já por lá andavam na vinha desde cedo, de tesoura em riste e foice pendurada no cinto por detrás das costas; iria ser precisa para cortar as velhas cepas.
Chegado ao campo e depois da salvação, traduzida num "bom dia" a todos, fazia a vistoria ao trabalho feito. Alguma vinha era velha e de tantas pipas de vinho já dali terem saído, andava cansada e por isso deixar varas em excesso era um abuso para a videira tão antiga, por isso as varas deviam ficar com menos olhos; se de antemão se sabia que no ano seguinte dariam menos cachos também se tinha a certeza que a vinha ficava salva.
O meu avô tinha muita confiança nos "seus" podadores, que após o falecimento do meu pai, havia escolhido a dedo, pois aquela actividade manual era ao mesmo tempo cerebral e técnica e eles sabiam isso quando tinham de tomar decisões, já que cada cepa requeria uma abordagem diferente, mas que eles sempre sabiam como resolver.
E assim ia ouvindo as conversas dos adultos sobre o dia-a-dia, quase sempre acerca do trabalho, uma ou outra notícia do povo e do tempo, mas também sobre as tarefas que faziam e que a brincar deixavam em ditos de sabedoria popular.
Volta e meia lá paravam para matar a sede e fumar um cigarro, da onça comprada na venda do Amadeu do Soares ou da Joaquina do José Maria, mas logo retomavam o trabalho com a mesma confiança e entrega de sempre.
Sentia-me num mundo de magia! E essa magia aumentou quando um dia, com 13 anos apenas, passei a ser eu próprio a dar conta deste recado!
A busca de melhores condições de vida determinou a debandada das gentes deste interior norte para o estrangeiro ou para o litoral, mas o “bichinho” deste trabalho ficou em nós!
Assim, ano após ano ele nos chama e quase todos - Manuel da Vessada, Alvarino, Américo Pereira, Aníbal Pereira, Amadeu Santos, Amadeu Pinto, Norberto Barroca, José Pinto (Joca), André Pinto, Manuel Pereira, Manuel Cera e Ricardo Martins, para além do Romeu Fernandes, Albino Costa, Jorge Rosa e eu próprio -, respondemos à chamada e marcarmos presença.
Para que estas maneiras de trabalhar não fossem esquecidas, a AJA Espindo – Associação Juntos Pela Aldeia de Espindo incluiu a poda da Casa do Brás no âmbito do seu Plano de Atividades e este ano complementou-a com várias execuções de enxertia, até porque podar é também uma arte!
Muita arte se ficou a dever também à Balbina, à Albina e à Palmira, que nos permitiram desfrutar de um excelente repasto.
Guilherme Gonçalves (Casa do Brás – Espindo)












sábado, 1 de abril de 2017

«Espindo "sabe da poda"»







A poda, operação realizada anualmente, durante o período de descanso vegetativo das videiras, é uma actividade da viticultura que os habitantes desta região minhota ainda não esqueceram. 
Ano após ano, em Espindo, continua a realizar-se a poda, com o objectivo de dar a conhecer e de manter bem vivos os costumes e as tradições desta Aldeia. 
Dada a grande exuberância que atingem as vinhas, há necessidade de se proceder ao correcto dimensionamento da carga a deixar em cada planta. Essa avaliação é considerada individualmente, para que daí resulte o correcto equilíbrio e o regular desenvolvimento da planta, mas também uma boa relação entre a quantidade e a qualidade das uvas da próxima vindima.
Por estas razões, a poda é uma operação exigente e por consequência um trabalho moroso, que consome muita mão-de-obra e experiência, e que implica o recurso às mãos experimentadas das gentes mais jovens e menos jovens da Aldeia, tal como vem acontecendo, por razões diferentes, desde há muitos anos. 
A atestá-lo está a foto da poda do P.e Alberto em Ruivães, de há quase 40 anos, e também a foto da última podada da Casa do Brás em Espindo, que se realizou no dia 25 de fevereiro, que tem uma particularidade: há em ambas um podador em comum, que aqui queremos homenagear não só pela ajuda concedida, mas sobretudo pelos ensinamentos que nos seus 90 jovens anos de idade ainda nos consegue transmitir! Parabéns amigo Amadeu Santos! 
Também a todos os outros amigos, designadamente Manuel G. Pereira, Alvarino, Aníbal Pereira, Amadeu Pinto, Romeu Fernandes, João Pinto e Manuel Pereira, sem esquecer a Balbina do Brás e a Palmira, que nos permitiram saborear os petiscos e pratos tradicionais desta Aldeia, os meus sinceros agradecimentos e um bem hajam!
Guilherme Gonçalves (Casa do Brás)
2017-03-29

segunda-feira, 13 de março de 2017

«A poda da Casa do Brás em Espindo»














A poda é uma operação realizada anualmente, durante o período de descanso vegetativo das videiras.
Em Espindo, ano após ano, continua a realizar-se a poda, com o objectivo de dar a conhecer e de manter bem vivos os costumes e as tradições desta Aldeia.
Dada a grande exuberância que atingem as vinhas, há necessidade de se proceder ao correto dimensionamento da carga a deixar em cada planta. Essa avaliação é considerada individualmente, para que daí resulte o correto equilíbrio e o regular desenvolvimento da planta, mas também uma boa relação entre a quantidade e a qualidade das uvas da próxima vindima.
Por estas razões, a poda é uma operação exigente e por consequência um trabalho moroso, que consome muita mão-de-obra e experiência, e que implica o recurso às mãos experimentadas das gentes mais jovens e menos jovens da Aldeia, tal como vem acontecendo, por razões diferentes, desde há muitos anos.
A atestá-lo está a foto da poda do Padre Alberto em Ruivães, de há quase 40 anos, e também a foto da última podada da Casa do Brás em Espindo, que se realizou no passado dia 25 de fevereiro, que tem uma particularidade: há em ambas um podador em comum, que aqui queremos homenagear não só pela ajuda concedida, mas sobretudo pelos ensinamentos que nos seus 90 jovens anos de idade ainda nos consegue transmitir! Parabéns Amigo Amadeu Santos!
Também a todos os outros amigos, designadamente Manuel G. Pereira, Alvarino, Aníbal Pereira, Amadeu Pinto, Romeu Fernandes, João Pinto (Joca) e Manuel Pereira, sem esquecer a Balbina do Brás e a Palmira, que nos permitiram saborear os petiscos e pratos tradicionais desta Aldeia, os meus sinceros agradecimentos e um bem hajam!

Guilherme Gonçalves (Casa do Brás - Espindo)