domingo, 25 de abril de 2021
sábado, 24 de abril de 2021
«Sentir Espindo!»
«Perante a evolução favorável da pandemia de Covid-19, resultante das medidas tomadas ao abrigo do estado de emergência, e em linha com o plano faseado de desconfinamento, entende-se contudo que deve imperar a cautela, salvaguardando todas as precauções associadas!
Porém, em abril é mês de ode à poesia da natureza na Serra da Cabreira. Tal noiva vaidosa, desejosa de ser contemplada, a serra veste-se de várias cores num espetáculo deslumbrante digno de se ver.
Locais privilegiados para contemplar esta paisagem, assinalada pela minha “caneta”, são mesmo os montes da Costa ao Talefe, passando pela Arandosa, Bordoada de Jadêlo, Serradela, Cabeça da Vaca aos Porditeiros, tudo isto na aldeia de Espindo.
Com as temperaturas a subir e a natureza a chamar, o que não faltam “por aí” são sugestões para “ir” e novos trilhos para conhecer nesta serrana aldeia de Espindo (Aldeia de Portugal), da freguesia de Ruivães do concelho de Vieira do Minho.
Em notícias já publicadas neste jornal, para alem da tranquila e fantástica paisagem, muitos são os motivos de interesse para descobrir nesta aldeia, da simplicidade das suas gentes ao seu edificado e onde que se destacam: a casa do forno comunitário, a casa dos alpinistas, os tanques comunitários, o polo interpretativo do lobo, os nichos das alminhas, o cruzeiro – sino – capela de Santa Isabel e sua réplica, os parques de merendas da Serradela, concelho de Baldios/Associação juntos pela aldeia de Espindo e de Santa Isabel, o castanheiro centenário do ai do rio do Brás e da vide americana, também centenária, da casa do Manuel da Cera que em fotos aqui hoje se destaca, não apenas pela sua longevidade, altura, mas também pela grandeza da sua copa que cobre toda a ramada!
Nesta aldeia, em alojamento de gestão particular, é possível pernoitar na Casa da Gaiteira, que dispõe de quartos com paredes em pedra exposta. A unidade apresenta uma piscina exterior rodeada de espreguiçadeiras e guarda-sóis, para que no final da visita/passeio/caminhada possa aproveitar de um merecido descanso!
Obrigado por visitar a nossa aldeia!»
«O Senhor "Cunha"!»
«Quando era pequeno, em conversa com os amigos, vinha sempre à baila aquela pergunta sacramental “que queres ser quando fores grande”?
Ora, numa terra do interior e no tempo em que era, não tínhamos muitos exemplos em que nos basear. Por isso, uns queriam ser “doutores”, outros padre e outros ainda professores.
No meu caso, cedo se deu uma mudança brusca da aldeia para a grande cidade, e aí, embevecido com tanta coisa que desconhecia, o meu futuro ficou baralhado porque raro era o dia em que não aspirasse vir a ter uma profissão diferente. A minha família ria-se das minhas opções, porque ora queria ser bombeiro, no dia seguinte polícia, taxista, marinheiro, aviador, enfim! Uma panóplia de profissões, que levou a família a achar que o ideal era ir para a Casa Pia, onde ensinavam múltiplas profissões e se podia tirar vários cursos.
Lá me levaram até Belém, para regressar com uma desilusão, pois não havia vagas. A não ser que.. conhecessemos o senhor Cunha. Não conheciam. Tentou-se então as Oficinas de São José, afamada escola de ofícios, mas lá vem uma vez mais à baila o senhor Cunha. Seguiu-se a “Fragata de D. Fernando”, escola de marinheiros que desde os doze anos (a minha idade nessa altura) ali se alistando, teriam depois passagem chegados à adolescência para a Marinha de Guerra.
Mas…então, e o senhor Cunha? Não há cunhasinho, não há alistamentosinho!...
Nunca roguei tantas pragas a alguém como fiz a esse senhor Cunha, tão poderoso e ninguém o conhecia!
Apareceu então e por fim uma hipótese. Uma tia conhecia uma freira que disse poder internar o menino num colégio interno, na Cova da Iria em Fátima, de nome “Refúgio da Mãe do Céu”, onde poderia tirar um curso ou aprender uma profissão. Ainda perguntei à tia: - « E o senhor Cunha? Não é preciso?»
Uff! Não era. E então, de Ruivães com uns mesitos em Lisboa, lá fui parar à Cova da Iria. Foram cerca de dois anos. Ali fui muito feliz, aprofundei a minha educação católica mas outros interesses começaram a povoar o meu espírito, porque nem curso nem profissão. Foi-me informado que chegado aos dezoito anos, ou entrava no seminário ou deixava o colégio. Aproveitei então uma visita da minha mãe e impuz a minha vontade de deixar o colégio.
Ao longo da minha vida me cruzaria algumas vezes com esse asqueroso senhor Cunha, mas como ninguém alguma vez me disse onde pudesse encontrá-lo, nunca lhe pude dar um murro nos queixos.
Sejam felizes.»
«João Mota Campos (1927-2021)»
«João Mota Campos, especialista em Direito Comunitário e antigo Secretário de Estado da Agricultura e ministro do Governo de Salazar e de Marcelo Caetano, morreu em 03 de Abril, aos 94 anos de causas naturais.
Nascido na freguesia de Ruivães, do concelho de Vieira do Minho em 1927, era filho de João Luís Mota Campos e Maria Irene Mota Campos. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, doutorou-se na mesma área em Estrasburgo e foi professor catedrático. Aderiu ao CDS quando o Professor Adriano Moreira liderava o partido, tendo-se candidatado a deputado pelo círculo de Leiria.
(1927-2021)
O seu papel mais intenso na política foi desempenhado durante o Estado Novo, altura em que se cruzou com Adriano Moreira. Entre 1960 e 1962 foi secretário de Estado da Agricultura (o mais jovem governante) e quase uma década depois voltou ao executivo para desempenhar o cargo de ministro do Estado e do Plano (de 1971 a 1973). De 1968 a 1973 foi também presidente da Comissão de Planeamento da Região Norte. Até 1974, foi ainda ministro da Agricultura e do Comércio, no Governo de Marcelo Caetano.
O seu funeral realizou-se pelas 11h30, do dia sete de Abril com missa de corpo presente, na Igreja de São Sebastião da Pedreira, Lisboa. As suas cinzas, conforme seu desejo, foram repartidas entre os três jazigos da família, em Vieira do Minho, Beira Baixa e Lisboa.»
quinta-feira, 22 de abril de 2021
quarta-feira, 21 de abril de 2021
terça-feira, 20 de abril de 2021
domingo, 18 de abril de 2021
sábado, 17 de abril de 2021
Rio 12 Abril 2021
Vídeo feito com vários outros vídeos mais pequenos, no Traves, Chabouco e Maria Pereira.
terça-feira, 13 de abril de 2021
segunda-feira, 12 de abril de 2021
domingo, 11 de abril de 2021
sábado, 10 de abril de 2021
«Manuel Pereira, presidente da União de Freguesias Ruivães/Campos, ao Jornal de Vieira»
Manuel Pereira, presidente da União de Freguesias Ruivães/Campos, ao Jornal de Vieira
“O programa eleitoral vai ser cumprido quase na totalidade”
Manuel Pereira, de 71 anos, aposentado da função pública, iniciou em 1975 a carreira profissional como Guarda-rios, acabando na Agência Portuguesa do Ambiente A.P.A em 2011.Desde 1976 participa na vida política ativa como presidente e membro da Assembleia de Freguesia. Em 2017, foi eleito presidente de junta pela lista PSD/CDS, obtendo 325 votos em Ruivães, donde é natural e 78 na freguesia de Campos.
J.V.- Em ano de eleições autárquicas que avaliação faz das obras realizadas neste mandato?
Manuel Pereira (M.P.)- O balanço é extremamente positivo enaltecendo, sobretudo todo o apoio prestado às populações, quer com melhoramento das infraestruturas, quer como criação de equipamentos para a prática de exercício físico e diversão infantil, quer com a conservação de património e não menos importante, o apoio social, humanitário, cultural, educativo e de proximidade de alguns serviços como atendimento permanente ao público e posto de recolha de análises clínicas.
Orgulhámo-nos imenso de ter sido parte da solução, quer com obras de melhoramento, quer com financiamento, para que o Posto Avançado de Socorro de Ruivães se mantivesse operacional prestando total auxilio às populações. Tal, também, só foi possível com o apoio dos Conselhos Diretivos dos Baldios de Zebral e Espindo, Município de Vieira do Minho e a própria Corporação dos Bombeiros.
JV- A realização dessas obras cumpriu o programa eleitoral? O que ficou por realizar?
M.P.- Podemos afirmar que o programa eleitoral vai ser cumprido quase na totalidade. Apenas não fica completo pela dependência da vontade de terceiros. O caso da aquisição de terreno para a construção de parque de estacionamento em Campos. No entanto, realizamos outras obras em compensação, como a requalificação dos passeios da parte antiga do cemitério de Campos e a paragem de autocarros em Campos.
Destacam-se também a execução de outras obras e sobretudo apoios que não constavam no nosso Programa Eleitoral.
JV- Como tem sido o relacionamento da Junta de Freguesia com o Executivo camarário?
M.P.- O relacionamento com o Executivo Camarário não podia ser melhor. Houve sempre total colaboração e compreensão institucional. Esta total cooperação está refletida no cumprimento do Programa Eleitoral e conjunturas que foram surgindo. Só assim se poderá prestar um serviço de responsabilidade às populações.
JV- Quais as Associações e Instituições da freguesia que mereceram apoio da Junta?
M.P.- Temos várias Associações/Instituições na União das Freguesias e todas elas foram correspondidas sempre que pediram colaboração. Logicamente, foram mais apoiadas aquelas de caráter social e humanitário, caso dos Bombeiros, Centro Social e de Saúde e CCLS. Entendemos que é um dever a cooperação, pois é para o bem comum das populações.
J.V.- A cerca de oito meses das eleições está no seu horizonte a recandidatura?
M.P.- Neste momento ainda não decidimos, nem estamos preocupados. Estamos focados em cumprir o programa eleitoral e prestar o melhor serviço possível às populações neste tempo de pandemia. A seu tempo tomaremos uma decisão bem ponderada e certamente consensual.
J.V.- Que mensagem quer deixar aos eleitores?
M.P.- Gostaríamos de deixar uma mensagem de esperança e de compromisso. Vivemos tempos difíceis, mas que certamente nos tornaram mais unidos. Haverá sempre por parte do Executivo o compromisso e responsabilidade a ajudar a ultrapassar estes tempos de pandemia. Este é o nosso principal foco neste momento, e não politiquices como estão a tentar usar. Assumimos o compromisso e a responsabilidade pela qual fomos eleitos. É nesta base que nos debatemos até ao fim deste mandato. Neste momento, está a decorrer o Plano de Vacinação. Gostaríamos de informar que a União de Freguesias de Ruivães e Campos em articulação com o Município presta o serviço de transporte a todos os utentes, principalmente mais idosos, para a toma da vacina.
Para terminar gostaríamos de prestar homenagem a todos aqueles que estão envolvidos nesta luta contra a Pandemia e podem contar com este executivo para o que for necessário: Presidente da Junta: Manuel Pereira; Secretário: Jorge Filipe Pereira do Gago; Tesoureiro: António Lajas Pereira.
Assembleia de freguesia: Presidente: Paula Maria Fernandes; 1º secretário: João Pires Pereira; 2.ª secretária: Silvina Azevedo Cerqueira; 3º Luís Miranda Alves.
2021-03-29
«Moradores “opõem-se firmemente” à passagem da linha de alta tensão»
A Associação de Preservação da Identidade da Freguesia de Campos (APIFC), e todos os moradores dos lugares de Campos, Lamalonga e Zebral, detentores do comércio local, casas de turismo, produtores de gado e outras associações locais “opõem-se firmemente à passagem da linha de alta tensão pelo Corredor Norte, na área do Concelho de Vieira do Minho”, corredor este que está em fase de discussão pública.
Segundo esta associação, tal oposição deve-se a diversos factos que enumera e considera muito mais expressivos do que os factores que levaram a chumbar o Corredor Sul a ser substituído pelo denominado Corredor Norte. Entre eles estão o Turismo e a Agricultura, onde, nos últimos anos, se fizeram “enormes investimentos com ajudas de fundos comunitários e ajudas de Estado”.
Em carta enviada ao Ministro do Ambiente e da Transição Energética, à Agência Portuguesa do Ambiente e ao presidente do Conselho de Administração da REN, a APIFC, juntamente com os residentes da União de freguesias de Ruivães/Campos, propõem um percurso alternativo e de “menor impacto ambiental” ao chamado “Corredor Norte”.
Segundo os subscritores da proposta, há vários argumentos a favor da mudança desta linha de alta tensão. A freguesia de Campos tem duas aldeias classificadas como ALDEIAS DE PORTUGAL: a “Aldeia de Campos”, que foi distinguida com prémio de Boas Práticas Locais Para o Desenvolvimento Sustentável, atribuído pela Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local.
Entre os investimentos financeiros dos últimos anos naquela aldeia, destacam “a criação do Centro Interpretativo de Campos, e a Requalificação do seu Património (Moinhos, Fornos Comunitários e Canastros), Zona da Quebrada (Minas de Volfrâmio e Represa Fluvial), Casas Particulares, Casas de Turismo, Comércio Local e várias Rotas (Rota do Pão e do Volfrâmio), razões suficientes que justificam as pretensões dos seus habitantes”.
Para os habitantes de Campos, “a linha de alta tensão pode ser desviada para sul, evitando o desbaste do corredor florestal, o trilho pedestre e a Rota do Volfrâmio” que iria coincidir com o itinerário daquela linha.
Ainda segundo os defensores desta alternativa, “está em fase de preparação uma candidatura para a construção do “Passadiço dos Moinhos de Campos”, com início junto à Ponte de Zebral, percorrendo o rio Lage e os seus 29 moinhos, até à “ponte, submersa”, de Castelões. O início deste Passadiço coincide com o cruzamento da linha de alta tensão junto à Ponte de Zebral que, certamente, porá em causa a realização do projeto.
Também a paisagem da Serra da Cabreira, uma das principais atrações turísticas, tal como a fixação de pessoas nesta freguesia envelhecida, tem de ser preservada. “Com a passagem desta linha de alta tensão esta paisagem irá desaparecer dando lugar a um estendal de fios em frente às janelas das nossas casas. Com o aparecimento da pandemia tem havido procura de investimento e de fixação das pessoas na freguesia pelo esplendor das aldeias e pela paisagem da Serra da Cabreira”, diz o comunicado.
“A Aldeia de Zebral terá como cartão de visita, a linha de alta tensão, já que o seu principal acesso irá ser percorrido por esta linha eléctrica de alta tensão”.
Neste lugar existem vários carvalhos centenários, um deles e o mais emblemático levará com esta linha mesmo por cima. Os proprietários propuseram este Carvalho para Árvore Centenária Classificada, certamente uma atração turística.
A União das Freguesias de Ruivães e Campos já exprimiu a vontade de levar à próxima Assembleia de Freguesia a proposta para classificar este Carvalho de Interesse Público.
Concluindo, todo o investimento e esforço feito, quer por autarquias, particulares e associações será desvalorizado. Lembramos que foram feitos enormes investimentos com ajudas de fundos comunitários e ajudas do Estado. Futuros projectos serão postos seriamente em causa levando à desistência e ao desincentivo. Grande parte da sustentabilidade destes lugares deve-se ao turismo e cremos firmemente que este Corredor Norte [a ser levada à prática] será o princípio do fim da decadência”, concluiu o comunicado daquela associação, enviado à nossa redacção.
sexta-feira, 9 de abril de 2021
quinta-feira, 8 de abril de 2021
quarta-feira, 7 de abril de 2021
terça-feira, 6 de abril de 2021
segunda-feira, 5 de abril de 2021
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