Fala-se muito de politicas de proximidades, enquanto a desertificação vai avançando. A maior dor de cabeça é a falta de dinheiro, porque a maquia quase total vai para o litoral e as grandes cidades, enquanto o interior pena a mendigar. Falta também muita imaginação.
Há dias, num café da nossa terra, alguém disse que apesar da extensão do Centro de Saúde, da “filial” dos Bombeiros de Vieira, da estrada pela Cabreira, alcatroada pelo actual executivo, e da estrada e ponte que nos liga, em Frades, às freguesias de Cabril e de Ferral e suas aldeias do concelho de Montalegre, Ruivães não tem um projecto que a transforme num segundo centro do concelho vitalizador e dinamizador de um progresso, numa politica que nos aproximasse às restantes freguesias vieirenses da zona e ao concelho vizinho, estudando e realizando um projecto comum Outra pessoa avançou, nessa conversa animada, que nem a riqueza da história da freguesia serviu para “uma pega de frente” para arrancar a nossa terra de um marasmo doentio e mortal, à medida que vamos envelhecendo e ficando cada vez mais sós. Em jeito de conclusão, um outro conversador sugeriu que talvez o bicentenário das invasões francesas nos faça acordar para essas realidades. E acrescentou acreditar que, tendo Ruivães um presidente de Junta jovem e dinâmico, embora prisioneiro da escassez de meios, algum dia se arranque, no mínimo, para uma reflexão sobre o nosso futuro comum. Aqui fica a sugestão: Vamos todos pensar no amanhã!
Um Ruivanense
2008-02-28