terça-feira, 8 de abril de 2008

Algures perto da Ponte da Mua ....

vistas para:


 


 


a barragem


 


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trás de Vale


 


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Ruivães


 


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Ruivães e parte de Vale


 


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terça-feira, 1 de abril de 2008

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Abril 04/2008


Os festejos da Páscoa terminaram e brevemente teremos a estação da Primavera com todo o seu esplendor, por isso as actualizações do sitio não oficial de Ruivães continuarão, continuando com certeza a contar com as vossas visitas, sugestões, comentários e contributos, tudo para ver em http://vilaruivaes.blogs.sapo.pt .


 


 


Saudações ruivanenses


domingo, 30 de março de 2008

Os nossos escritores: A Cigana



São apenas sessenta páginas de “Linda da Serra”, edição de autora. Mas, é uma corrente límpida de beleza e simplicidade que, por vezes, entontece de encanto. Sim, belo e simples, porque o belo banha-se sempre de simplicidade. Nesta corrente, há ondas de mística, e a mística expressa-se no sublime. Este, que é normalmente indizível, torna-se palavra neste livrinho, porque envolve a vida e toca a transcendência: “Toda a palavra é pouca para falar do indizível, para mostrar o inefável... a beleza que têm as coisas simples não passa pelo discurso e tão só pela comunhão de um sentimento partilhado no silêncio...” (pág. 42). Como escreve a autora na contra-capa: “Este pequeno texto mistura prosa com poesia sobre a mesma temática: a saga da vida e a mística da experiência...”. E, assim, torna-se “palavra”. Toda esta obra se banha de divino: “O nosso dono é o ontem, o “hoje e o amanhã. É Deus, Criador e Senhor de tudo quanto existe...” (p. 55). Mas é também muito humana: “Quando casada civilmente me preparava para descer ao Alentejo, vislumbrei que, de novo, me enganara no caminho... Afinal, nunca vivi com o noivo e nunca nos casámos verdadeiramente, porque só há casamento diante de Deus. Os papéis para mim nada significam…” (p. 56). O livrinho é um triângulo amoroso: a Cigana, a Autora, o Alentejo: “Este pequeno livrinho conta a história de uma égua, a Cigana, e não menos importante, é a história paralela de alguém que quis experimentar a vida num Monte Alentejano muito antes de se ter apaixonado” (p. 4). …, portanto, biográfico, real, até porque “a perfeição é um ideal, um valor absoluto; nós somos seres finitos sujeitos a cair... Falhamos e erguemos o rosto na direcção do Poente...”. Li e reli, porque o belo, por vezes, não se capta à primeira, sobretudo os dois capítulos mais belos: “O Amanhecer no Monte” e “O Pôr-do-Sol no Monte”, e ainda os três poemas. São testemunhos de simplicidade, autenticidade (e de beleza) os capítulos mais biográficos “O Dono da Cigana” e “A Cigana e Nós”. Para terminar esta tentativa de análise de uma obra que me tocou (e uma análise não é necessariamente descomovida) mais uma citação exemplar: “Dentro do Monte, o sol arredondado e livre aqueceu o Lar e a lua baila frente á porta atravessando a escuridão, iluminando o rosto dos que esperam o último Sol, Fonte de Luz, Criador e Senhor de toda a Vida”. Não perca, leitor, a oportunidade de se banhar na luz deste belo livro.