domingo, 8 de outubro de 2006

O Talefe no Outono

Nesta tarde de Outono, uma subida lá acima ao alto do Talefe, entre eólicas (agora), cavalos e vacas, tudo no meio de muito calhau.

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Antiga cabana de pastor na "Chã de Lousas".



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Zebral visto do Talefe.



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Lá no fundo, Vale e a Vila.



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Algumas casas da Botica



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"O Talefe no Verão" pode ser visto aqui; no Outono de há dois anos (2004), aqui.

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A aproveitar o sol desta manhã de Outono . . . 


Bom dia!!!

Final de tarde

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O de ontem, com o Talefe como referência.

sábado, 7 de outubro de 2006

Inicio de tarde

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Este inicio de Outono mais parece de Inverno e estas imagens tiradas ao principio da tarde de hoje na Picota demonstram isso bem.


 


Continuação de bom fim de semana.

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Ponte de Frades

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Depois de a termos fotografado bastante no Verão passado, fomos aos arquivos e encontramos estas duas fotografias da Ponte de Frades tiradas aquando da sua construção 2002/2003.


Na altura dizia-se, em jeito de brincadeira, que só quando as tábuas atravessassem de um lado para o outro é que acreditavam que ela seria construída ; ainda faltava chegar essa parte.

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Algumas casas da Vila e a Serra da Cabreira lá no alto, por trás.

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Igreja Paroquial

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Ao tirar esta fotografia, em Setembro passado, perguntavam-me se não tinha já fotografias da Igreja, ao que eu respondi que o meu interesse era ir fotografando para ver as alterações, porque, basta o céu estar diferente para a cor ser diferente.


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Paulo Miranda


 

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Ruivães nas Invasões Francesas I

(...)


Deste modo a 14 de Maio, o Marechal Soult em Guimarães conseguia reunir tudo o que lhe restava do II Corpo – cerca de 18 000 homens, salvo urna pequena guarnição que se mantinha em Tuy.

Deixava atrás de si 1200 feridos e doentes nos hospitais do Porto e 800 nos hospitais de Viana e Braga.

Se o mau tempo dificultava a marcha das tropas; tanto francesas como Luso-Britânicas, também conservava grande parte das populações recolhidas nas suas casas, o que permitiu a Soult chegar até ao Pombeiro sem ser muito molestado, contudo a partir desta localidade as guerrilhas do Minho formadas na base de elementos das Ordenanças não mais irão deixar em paz as suas tropas.

Em Guimarães, ao deparar com as pesadas e ricas impedimentas bem engordadas com os assaltos e rapinas de Loison e Lorges, Soult mantém a férrea decisão de destruir tudo o que pudesse embaraçar a marcha do seu exército, tal como fizera em Paredes.

Os cavalos e muares da Artilharia, que foi aqui igualmente destruída, foram carregados com viveres para o exército e munições para espingarda.

Tirando partido do terror que o nome do «Maneta» inspirava às populações, de momento a sua principal dificuldade, Soult colocou no comando da sua guarda avançada o General Loison com a divisão Heudelet e os Dragões de Lorges; seguiam-se os cavalos e mulas da Artilharia com as munições e víveres que se puderam transportar; marchavam depois as divisões de De Laborde e Merrnet; a guarda da retaguarda, comandada directamente pelo Marechal que assim destinava para si o posto de maior risco, era formada pela Infantaria de Mede e a Cavalaria Ligeira de Franceschi.

Enquanto o II Corpo se preparava para prosseguir na sua marcha a partir de Guimarães, Wellesley que deixáramos em Vila Nova de Gala, passa ainda a 12 para o Porto, onde foi usufruir do almoço que Soult, na sua pressa não pudera comer, e à noite tem o prazer de deparar com uma cidade que festejava com luminárias a sua chegada.

Os dias 12 e 13 gastou-os Wellesley a transportar a Artilharia, o trem e as bagagens das suas forças, de Gaia para a margem norte do Douro, servindo-se para o efeito das embarcações que pôde encontrar, já que a Ponte das Barcas havia sido destruída por Soult no dia 11, circunstância que tornou a operação bastante morosa.

Para mais, grande parte dos mantimentos necessários às tropas tinha ficado em Coimbra e era preciso fazer avançar essa parte do trem, já que na Cidade nada foi encontrado, senão Vinho do Porto em abundância, e do qual era necessário afastar as tropas, caso contrário haveria resultados desastrosos para a disciplina.

Durante esses dois dias de grande azáfama, Sir Artur tomou duas medidas que se impunham de imediato, e foram bastante importantes:

Proteger da vingança popular os feridos e doentes que Soult deixara nos hospitais da Cidade, e impor com mão férrea a disciplina e a ordem nas ruas do Porto, onde a sua falta já fora a origem de graves desastres anteriormente; para tal nomeou Governador Militar com poderes civis o Coronel Trant.



Porque tem interesse e nos dá de modo lapidar um testemunho de que a ética militar atingira já estádios de grandeza, aqui se transcreve a Proclamação do Marechal-General do Exército Britânico e General-em-Chefe das forças conjuntas Luso-Britânicas aos habitantes do burgo portuense:


PROCLAMAÇÃO Arthur Wellesley, General-em-Chefe do Exército Britânico em Portugal, e Marechal-General do Exército de S.A.R o Príncipe Regente. = FIABITANTES DO PORTO: —As tropas Francesas foram expulsas desta Cidade pela bravura e disciplina do Exército que comando. Eu exijo dos habitantes, que compassiva e humanamente se comportem para com as referidas Tropas, que aqui se acharem doentes ou prisioneiras.

Pelos Leis de Guerra eles têm direito à minha Protecção e é m dever prestar-lha, e será mui consciente com a generosa Magnanimidade dá Nação Portuguesa o não serem vingados nestes infelizes indivíduos os ultrajes e calamidades que a mesma Nação sofreu, porque eles só foram instrumentos de outros mais Poderosos, que ainda existem em armas contra nós.

É pois por conseguinte que eu ordeno, que os habitantes desta Cidade permaneçam tranquilos nas suas casas, e que pessoa alguma que não seja pertencente ao Corpo Militar se apresente armado nesta Cidade; ficando na certeza que no caso de contravenção, ou de se acharem ultrajados, ou atacados os referidos indivíduos, serão punidos os réus, como transgressores das minhas ordens.

Tenho nomeado ao Coronel Trant, Comandante desta Cidade, até que as determinações do Governo de S. A. R. não hajam de obstar a esta nomeação; e ao mesmo Comandante tenho ordenado que se use de todas as medidas necessárias para que esta Proclamação seja obedecida, e produza os desejosos efeitos de uma completa tranquilidade, e sossego, do que depende a paz, que ansiosamente solicito.

Quartel-General do Porto. 13 de Maio de 1809.

(a)     Arthur Wellesley




Até ao fim do dia 13, Wellesley ainda com grande parte da sua artilharia em falta, desconhecia por onde, misteriosamente) desaparecera Soult e as suas tropas.

Só a meio da tarde deste dia recebeu a informação enviada por Murray, que com a Legião Alemã e dois esquadrões avançara até Baltar, de que tinha sido ouvida uma fortíssima explosão para os lados de Penafiel, e de que grandes núvens de fumo eram avistadas à distância; tal facto deixava supor, entre outras possibilidades, o que se teria passado naquela área, mas a confirmação do ocorrido e o destino de Soult só foram obtido quando se apresentou às avançadas de Murray o secretário português do General Quesnel que fora (pela segunda vez) o encarregado francês da Administração Civil da cidade do Porto

O volúvel e prestimoso secretário, ao perceber que os seus patrões estavam na mó de baixo e não apreciando muito os ásperos atalhos por onde se metera o Duque da Dalmácia com as suas tropas, montou a cavalo e tranquilamente veio procurar os novos senhores da Cidade, a quem, para garantir a sua aceitação «forneceu preciosas informações que o haviam de salvar de ser acusado de traição por ter servido o inimigo.

Ele deu meticulosos e detalhados informes de tudo o que tinha acontecido à coluna de Soult, e tinha presenciado a sua partida na senda atribulada para Guimarães.

Apenas sobre Loison ele não tinha certeza; este oficial, disse ele continua provavelmente em Amarante, a conter Silveira e Berestord».

Murray, após se ter assegurado, na manhã de 14, de que Loison também partira para Guimarães lançou-se através da Serra de Santa Catarina no encalço de Soult, levando consigo duas peças de Artilharia, o que constituiu sem dúvida uma proeza, mas também um retardamento para a sua marcha.

Não conseguindo alcançar a retaguarda do I Corpo, «ele apanhou, contudo, vários Franceses extraviados e contemplou os corpos de muitos mais que tinham sido assassinados pelos camponeses».

Enquanto Wellesley, aguardando que chegassem de Coimbra os mantimentos para as suas tropas, estava relativamente paralizado, Berestord, chegado a 13 a Amarante, enviava Silveira a 14 com as suas forças para barrar na área de Salamonde a marcha de Soult para Chaves.

Contudo o duro Marechal britânico vai inexplicavelmente demorar 3 dias em Amarante, para só a 15 partir para Vila Real a caminho de Chaves, que só atinge na madrugada de 17.

Do lado francês a marcha prosseguia, em condições duríssimas, na manhã de 14 partida de Guimarães e à noite foi atingido o vale do Cavado a norte de Póvoa de Lanhoso.

O gosto um pouco romântico da época levou alguns autores a compor aqui uma cena tão impregnada de um sabor de gesta alexandrina como de irrealidade: Soult a formar as suas tropas nos locais onde, meses antes travara a «Batalha de Póvoa de Lanhoso» ou seja o Combate de Carvalho de Este contra o Barão de Eben, e a reanimar, com um belo discurso, as suas tropas abatidas. A realidade era outra, era a fome generalizada, os pés descalços e em ferida dos seus homens, os uniformes rotos e sujos, uma chuva inclemente e um inimigo a morder-lhe nos calcanhares.

Também Le Noble concorreu para a criação desta fábula, quando escreve: «O marechal fez formar todas as divisões sobre os mamelões que se levantam em anfiteatro, desde a ribeira do Lanhoso até abaixo de São João de Rei, ele modo que de todos os lados cada um visse como ainda éramos numerosos e que as perdas se reduziam à artilharia destruída voluntariamente...», mas tanto Naylies como o próprio Soult são omissos neste episódio, nítido produto do estilo panegirista do ordenador Le Noble.

Soult ainda nesta altura foi tentado a seguir a linha de retirada do Alto Minho e para tal, a 15, lançou um reconhecimento sobre Braga, com a Cavalaria de La Houssaye; mas quando os franceses se aproximavam da Cidade dos Arcebispos já ali acabavam de entrar as avançadas de Wellesley, o que levou a pôr definitivamente de parte aquela opção.

È verdade que Soult tinha ainda a possibilidade de tentar bater Wellesley e abrir caminho para Tuy, mas com Silveira nas proximidades de Ruivães a sua posição continuava crítica: «O tempo urgia, porque o exército inglês iria entrar em Braga e eu não podia impor-lhe uma batalha com o exército português nas costas».

Só restava ao Duque da Dalmácia lançar-se afoitamente na direcção de Salamonde através das íngremes vertentes da Serra da Cabreira sobre o rio Cavado.

Desde o vale do rio Ave as populações, conduzidas pelos clérigos e elementos preponderantes das localidades próximas, ata cavam sem descanso a tropa francesa, a quem o mau tempo e os péssimos caminhos dificultavam a marcha tornando-a numa autêntica via dolorosa para os imperiais.

«Perto de Guimarães dois infantes doentes não podiam mais marchar; a guarda da retaguarda quis fazê-los montar a cavalo para os salvar, mas eles estavam tão sucumbidos pelo cansaço que se recusaram.

Apanhados rapidamente pelos camponeses que nos perseguiam, foram, ainda vivos e aos nossos olhos, atirados às chamas de um incêndio».

A caça ao II Corpo era um desafio que desde o início estava perdido para os seus perseguidores que utilizavam tropas regulares com Artilharia e as suas pesadas impedimentas.

Para mais tanto Wellesley como Beresford partiam da falsa premissa de que a Soult só restavam dois itinerários possíveis para a sua retirada: ou o de Braga a Tuy, ou o de Braga a Chaves. Silveira tinha sido enviado para os desfiladeiros da Serra da Cabreira dentro desta errónea convicção.

Aliás Wellesley, alguns dias depois, por não ter conhecimento do itinerário seguido pelos franceses, justificava a fuga com sucesso do inimigo «atendendo que ele tomara caminhos por onde se não emprega um exército que não tenha feito os mesmos sacrifícios»

Mas vejamos quais as posições relativas das diferentes tropas, com base na data de 14 de Maio:

Wellesley mantinha-se no Porto com o grosso das suas tropas e só a 15 as suas avançadas atingirão Braga;

Murray entra ao fim do dia em Guimarães;

Beresford continuava em Amarante, de onde sairá para Vila Real e Chaves a 15.

Silveira sai neste dia de Amarante, na direcção da área de Ruivães a fim de cortar a passagem aos franceses para Chaves.

Soult atinge ao fim do dia a região de São João de Rei, junto ao Cavado, sobre a estrada para Salamonde; é pois notório o seu avanço.

Apesar do mau tempo e das chuvas contínuas que então se fizeram sentir, apesar dos péssimos caminhos e das dificuldades do terreno que eram sentidas por todos os corpos das diferentes tropas, Soult, graças à sua capacidade de decisão e à audácia firme da sua atitude, tinha uma grande vantagem: um exército aligeirado, sem os carros lentos e pesados dos trens, sem as carretas da Artilharia, apto a marchar rapidamente através dos piores caminhos, aspectos que se não verificavam nos seus perseguidores.

Além do mais, tanto Wellesley como Beresford perderam tempo precioso, o primeiro entre os dias 12 e 15 de Maio, no Porto, à espera da Artilharia e Trens das suas torças; o segundo em Lamego de 8 a 12 e depois em Amarante de 13 a 15 de Maio o que lhe não permitiu atingir Chaves antes das primeiras horas do dia 17, data em que Soult passa a fronteira de Montalegre.

Teria sido impossível a Beresford interceptar a marcha de Soult?

Difícil talvez, mas impossivel julgo que não o foi: No dia 14 Berestord ainda em Amarante, enviou por Cabeceiras de Basto até Ruivães, dois Oficiais do seu estado-maior, o Major Warre e o Capitão Gomes que vieram em reconhecimento e pesquisa de informações; Soult estava ainda nos arredores de São João de Rei, e torna-se assim evidente que Beresford teve a possibilidade de ter cortado em Salamonde a passagem do I Corpo se em vez de se ter limitado a enviar com uma pequena escolta dois Oficiais, tivesse feito avançar uma companhia que fosse, capaz de guardar qualquer das difíceis passagens por onde Soult teria de se aventurar, orientando e dirigindo a defesa das pontes do Saltadouro, de Rês e da Misarela, a fim de demorar ali os franceses até que o grosso das suas forças e as de Wellesley pudessem cair-lhe em cima.

Afinal quem acabou por impor a Soult um novo itinerário e barrar a progressão do II Corpo para Chaves foi o General Silveira, posicionado em Ruivães sobre a estrada para aquela praça.

Se é fácil a posteriori fazer a crítica dos acontecimentos, também evidente que as acusações dos autores ingleses a Silveira atribuindo-lhe o insucesso da perseguição a Soult são infundadas e procuram escamotear a falta de uma audaz inspiração que oportunamente iluminasse a mente de Beresford repousado em Amarante.

O próprio Soult explica muito claramente porque tomou a direcção de Montalegre: «eu não podia, também, retomar a direcção de Chaves, o caminho pelo qual tínhamos vindo aquando da minha entrada em Portugal. Na sequência do abandono de Amarante, Silveira pôde marchar para o norte tão rapidamente como os ingleses. Ele tinha ultrapassado Chaves e cortado a ponte de Ruivães, sobre a qual passa a estrada de Braga.

O General português, instalado à retaguarda dessa ponte, ocupava uma posição impossível de forçar».

Vê-se deste modo que a missão de Silveira era a de uma defesa estática apoiada nos obstáculos quase intransponíveis que na região a orografia levanta ao avanço de um exército; as suas forças, aliás, não tinham qualquer capacidade para se oporem em combate aberto às forças francesas.

O Duque da Dalmácia tinha a seu favor importantes vantagens:

Tropas aligeiradas e cerca de dois dias de marcha de distância e avanço sobre o seu mais próximo perseguidor — Wellesley, A sua retaguarda será atingida apenas no desfiladeiro de Salamonde e na passagem da Ponte da Misarela, onde o aperto da mesma impôs uma demora e um alongamento à coluna de marcha excessivos.





(continua na proxima quarta-feira)



Para ler o texto na integra, aqui.

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Alguns fios, algumas placas identificativas, os telhados da Vila e a Serra da Cabreira lá no alto.

terça-feira, 3 de outubro de 2006

Pelourinho

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Outrora o centro da Vila, agora mais um sítio onde se sente o abandono da nossa terra.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

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Vista da estrada EN 103, a Vila de Ruivães com a Serra da Cabreira por trás, sob os últimos raios de sol do verão.


15 Set 2006

domingo, 1 de outubro de 2006

Zebral

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Hoje de manhã, de novo por Zebral.

 


Está actualizado o sítio do Ruivães Ciclo Club, com relatos fotográficos do passeio realizado na manhã de hoje. Para ver aqui.


 

As nossas férias

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Entre os penedos do Saltadouro ultrapassados como "profissionais" e os rápidos de Vila Nova, as nossas férias foram em parte passadas a correr a Barragem de Frades de uma ponta à outra de canoa. Ficamos a conhece-la bem, especialmente as suas correntes, ponto essencial para passar o apelidado "Cabo das Tormentas".

Vitor Alves

sábado, 30 de setembro de 2006

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Igreja Paroquial

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É uma perspectiva diferente esta que apresentamos nestas imagens da Igreja Paroquial da Vila de Ruivães.

 


O dia-a-dia de Ruivães também no Abrupto de José Pacheco Pereira. Para ver aqui.


 

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

As nossas bandeiras 44

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Arco

Dia-a-dia em Ruivães







Retratos do trabalho ao final da tarde na Quintã. São poucas as pessoas que ainda vão tendo ovelhas aqui pelo lugar da Vila; pensamos até que só mesmo o Sr. João d' Amaro e a sua esposa (aqui nas fotos) é que ainda vão mantendo essa ocupação.

Foi por acaso que tiramos estas fotografias, mas não podíamos deixar de as colocar aqui.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Carta de Foral

1363, Julho, 27, Ponte de Lima. - Carta de foro de Uillar de Uacas (hoje Ruivães).


 


PUBLICAÇÃO:


 


- Chancelaria de D. Pedro I, pp. 371-372, nº 826.


 


Dom Pedro [pela graça de Deus rei de Portugal e do Algarve]. A quantos esta carta uirem faço saber que eu dou a foro deste dia pera todo sempre aos moradores e pobradores do concelho de Uillar de Uacas e a todos aqueles que no dicto logo por moradores e pobradores uierem todollos dereitos e foros que eu ey e de direito deuo a auer no dicto logo de Uillar de Uacas e em seu termho pella guisa que os de mim tragia Pero Ueloso scudeiro meu uasalo o qual foro a elles aço sob tal preito e condiçom que o dicto concelho e moradores deI dem a mim em cada huum anno por dia de Sancta Maria d Agosto cento e dez lIibras e o dicto concelho e moradores del nam deuem uender nem dar nem doar nem escambar nem êalhear os dictos direitos como sua cousa própria mais estarem compridamente em sua força e em seu estado outrossy os nom deuem a uender a nehua pessoa poderosa nem dona nem caualeyro nem escudeiro nem a clérigo nem a outra nehûa pessoa religiosa e se o fizerem nom ualha nem tenha e se os uender quiserem a pessoa de sua condiçom elles o deuem antes fazer saber a mim ou aos meus sucessores se os queremos de tanto por tanto quanto outrem por elles der e se os nos quisermos deuemo lIos a auer quanto outrem por elles der e se os nom quisermos entom os deuem elles a uender a tal pessoa que nom seia de mayor condiçom que elles com o dicto foro como dicto he e seiam taaes pessoas que paguem a mim o dicto foro pella guisa susodicta.


E porque eu fuy certo per carta de Martim Dominguez meu almoxarife em Chaues e de Vasco Periz scripuam desse almoxarifado que meteram essa terra em pregom per tres noue dias e muito mais assy como he de custume e que nom acharom quem por esses meus direitos mais desse nem quem em elles mais pusesse que os moradores e pobradores desse concelho que puserom em elles as dictas cento e dez lIibras e que entendiam que era meu seruiço de lhes dar a dicta terra por o dicto foro.


Porem mando e outorgo que o dicto concelho e moradores e pobradores deI e aquelles que depos elles ao dicto logo por moradores e pobradores uierem aiam os dictos foros pella guisa que dicto he e Gonçallo Guauieiras dc Ruynhoos uizinho do dicto logo de UilIar de Uacas procurador suficiente do dicto concelho e moradores e pobradores deI per poder de hûa procuraçom auomdosa pera esto que perante mim mostrou fecta e asignada per maão d Afomso Anes tabeliam em esse logo obrigou todos seus beens moueens e de raiz auudos e por auer do dicto concelho de Uillar de Uacas e dos moradores e pobradores deI a manteer esse concelho e comprir as dictas condiçoms e a pagar a mim e aos meus sucessores em cada huum anno pollo dicto dia de Sancta Maria d Agosto o dicto foro como dicto he e em tetímunho desto mandey dar ao dicto concelho de Uillar de Uacas esta miinha carta e mando ao dicto meu scripuam de Chaues que a registre em seus liuro o qual lhe mando que tenha apartadamente pera esto.


Dante em Ponte de Lima XXVII. dias de Julho. EI Rrei o mandou per Pero Afomso seu uasallo Gomez Periz a fez era de Mil IIII.c e huum annos.


 


MANUSCRITO:


- A. N. T. T. - Chancelaria de D. Pedro I, Livro I de Doações, fls. 85 vº-86


 




     Retirado daqui.

domingo, 24 de setembro de 2006

As nossas bandeiras 41

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" Bonjour comment allez-vous? Eis as fotos da casa com a melhor bandeira do mundo. A bientôt... "

 


Estas fotos foram cedidas por Sabrina Costa, filha de ruivanenses a residir em França.


Obrigado.

Fim-de-semana do porco

No seguimento do que aqui tínhamos relatado na semana passada, era preciso dar saída ao porco arrematado em Salamonde por quatro ruivanenses .


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A matança foi feita ontem à noite, no lugar de Frades (Devesa) numa casa com sobrado e lareira antiga, ideal para uma matança que se queria tão tradicional quanto possível . Comeu-se o sangue, o fígado e outras partes miúdas, acabando-se a noite a comer rojões, tudo isto confeccionado ao lume.


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As fêveras, as entremeadas e os entrecostos ficaram para hoje, grelhados nas brasas preparadas para o efeito na casa da floresta da Lameira em Campos. A chuva não foi problema já que se tomou de assalto o barracão grande, onde foi feito o lume forte com lenha recolhida ali bem ao lado em plena serra.


Foi uma noite e um dia bem passados, entre amigos ruivanenses que, como sempre, sentiram a falta de todos aqueles que não puderam comparecer.


É tudo o que temos para relatar; mais pormenores podem sempre ser pedidos a qualquer um dos quinze  ruivanenses que participou nestes dois dias do apelidado "fim de semana do porco".


 


O mote que fica é: "Tau, tau-tau-tau-tau-tau!!!"