sábado, 27 de dezembro de 2008

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Casa de Dentro (exteriores)

 







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Descida da neve










Artigo actualizado em 7 Agosto 2018 com a colocação do vídeo. Antes estava só a ligação para o álbum com as fotografias todas

Casa de Dentro (exteriores)

 



 


 


Esta manhã ...


 


 

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Mesa de Natal








Um presente presente no Café Cantinho Ruivanense, esta manhã. Fotografia gentilmente cedida por Manuel Miranda. 


quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Boas Festas - Paulo Miranda

 

 

 


 

 

 

 

Um Feliz Natal e um Próspero Ano 2009 para todos os meus amigos são os meus sinceros desejos. Como não posso dar prendas a todos, deixo-vos estas fotografias como postal de Natal; espero que gostem. Beijinhos e abraços

 

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Pelourinho de Ruivães


 


 

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Prenda de Natal de David Machado



Branco







Fui eu que reparei primeiro que quem jogava com o batalhão das peças pretas quase sempre ganhava. O Gabriel ficou um minuto pensativo, passando em revista todas as nossas partidas de xadrez das últimas semanas e por fim concordou comigo. Jogávamos todas as tardes, depois do almoço, sentados em duas enormes poltronas de pele no escritório da sua casa, porque desde que metemos os papéis para a reforma, aquela era, para todos os efeitos, a nossa profissão. Ele sugeriu, por brincadeira, que pintássemos as peças brancas também de preto, só para ver o que acontecia. E eu, muito sério, disse: «Não, vamos antes pintar as pretas de branco, porque assim o jogo é mais difícil para os dois.» Foi assim que começou. Mal começámos a jogar, percebemos a natureza fantástica e libertadora daquele novo jogo acabado de inventar. À oitava jogada, sem querer, o Gabriel moveu um dos meus bispos para comer o seu pião mais avançado no tabuleiro, mas nenhum de nós se deu conta. A partir daí as peças confundiram-se de tal maneira que no final sabíamos que um de nós tinha ganho, só não sabíamos qual dos dois. Jogámos esse jogo durante algumas semanas, até que um dia Gabriel me recebeu no escritório com uma sugestão ousada: «Vamos pintar de branco os quadrados pretos do tabuleiro.» Eu percebi imediatamente a sua intenção e aceitei: assim as peças moviam-se sem entraves no terreno da batalha, tornando possíveis estratégias até aí nunca imaginadas. Além disso, algumas peças brancas desapareciam camufladas no tabuleiro nevado proporcionando verdadeiros ataques inesperados. Uma semana mais tarde – estávamos tão embrenhados naquela nova modalidade de xadrez que já nem nos lembrávamos que um mês antes o tabuleiro havia sido, de facto, um xadrez – eu tinha a minha rainha encosta a um canto, prestes a ser abatida pela última torre do Gabriel quando de súbito recorri a uma estratégia improvisada para escapar: peguei na latinha de tinta branca que mantínhamos no chão ali por perto e com o pincel pintei área ao lado do tabuleiro da mesa em que jogávamos. Depois avancei com a rainha para essa zona. O Gabriel não moveu sequer uma sobrancelha e continuou circunspecto à procura da sua próxima jogada. Nessa noite, a mulher dele encontrou-nos perdidos na luminosidade ofuscante do escritório, a jogar xadrez no tabuleiro indistinguível das silhuetas das duas poltronas, do tapete, da secretária e das estantes com livros, tudo pintado de branco, no mesmo instante em que o Gabriel, com o pincel na mão, se preparava para pintar as próprias calças, na tentativa de fugir com o seu rei ao xeque-mate iminente do meu cavalo.




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Paulinho,



aqui vai o ficheiro com o conto prometido. É a minha prenda de Natal para o Blog de Ruivães. Espero que gostem.



Bom Natal e um grande abraço para todos,

David

sábado, 20 de dezembro de 2008

Arco-iris sobre Espindo

 


 


 



 


 


Outubro 2008.


 

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Em extra vão mais fotos da noite lisboeta natalíciamente iluminada tiradas dia 12 , sexta-feira que passou.

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Paula Alves


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Junto envio fotos que tirei em Ruivães no passado dia 8 de Novembro numa das minhas visitas relâmpago ao Norte. Não explorei o blogue suficientemente e não sei se já tens , mas as fotos demonstram um pouco do que se viveu no lar ,em dia de desfolhada , actuação de rancho e magusto (apenas assisti ao rancho e magusto ).



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Paula Alves

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

S. Cristóvão

 



 



 



 



 



 


 


Lugar: Ruivães


Freguesia: Ruivães


Concelho: Vieira do Minho


Código Administrativo: 031114


Latitude:41.40.40


Longitude: 1.05.30


Altitude: 650 metros


 


 


Acesso: O acesso ao local faz-se a pé, com dificuldade pelo antigo caminho carreteiro lajeado, hoje desactivado, que conduzia da aldeia de Ruivães a S. Cristovam, ou mais facilmente, mas também a pé, pelo caminho vicinal que sai da estrada nacional EN.103 ao kilómetro 89, para Sudeste. Atingindo-se a vacaria, deve seguir-se junto à levada de água até cruzar o antigo caminho de Ruivães.


 


Descrição Física: O sítio arqueológico corresponde a um pequeno alvéolo que, virado a poente, é limitado a NE pelo outeiro de S. Cristovam e a SO pela colina designada Outeiro do Curral. Zona de meia vertente, muito recortada e bem drenada, conhece uma ocupação do solo diferenciada. A parte agricultada, a de maior extensão, é dominada por parcelas armadas em socalcos, onde se conservam espessos solos antrópicos; a maior parte das leiras estão abandonadas, apresentando uma cobertura vegetal rasteira, com predominância de giestas e tojos. A zona de monte apresenta uma cobertura vegetal dominada por matos e arbustos rasteiros (tojo, giestas, fetos e herbáceas). O substrato rochoso, granítico, é recoberto por um solo pouco espesso, que frequentemente deixa a descoberto a arena de alteração (saibro) ou as massas rochosas que afloram em caos de blocos. Dispersos pelo terreno abundam pequenos blocos graníticos afeiçoados.


 


Descrição Arqueológica: Dispersos pela plataforma superior e vertente NE do Outeiro do Curral, que se estende armada em socalcos pelo alvéolo em direcção à elevação de S. Cristovam, encontram-se abundantes fragmentos de cerâmica de construção tipo imbrex e tegulae, bem como grandes quantidades de blocos graníticos afeiçoados, de tamanho médio, reaproveitados nos muros de divisão das parcelas. No solo das diferentes plataformas identificam-se alguns alinhamentos incipientes de pedras, reveladores da existência de estruturas enterradas, e recolhem-se fragmentos de cerâmica doméstica (p.ex. de dolium). Na banda Norte do alvéolo, ao meio da coroa do outeiro de S. Cristovam, conservam-se vestígios de 4 sepulturas escavadas na rocha granítica - duas completas, de forma antropomórfica bem desenhada e duas incompletas, de que restam o topo das cabeceiras. Destinadas a enterrar adultos, têm os pés orientados para nascente e a cabeça para poente. Nos terrenos contíguos ao afloramento rochoso onde foram escavadas as sepulturas observam-se inúmeros alinhamentos de paredes arruinadas, desenhando edificações de planta rectangular e quadrada. A edificação que ostenta paredes mais espessas que as restantes é considerada pela população local como ruína de uma antiga igreja. Nas proximidades, abandonada contra um muro de divisão de propriedade, encontra-se a taça fragmentada de uma provável pia baptismal. Por aqui passa o caminho lajeado que ainda há poucos anos ligava o lugar a Ruivães, para Sudoeste e a Botica, para Este.


 


Interpretação: Com base na ergologia dos materiais, interpretamos o primeiro conjunto de vestígios como ruínas de um povoado ocupado em época romana. Dominando a encosta que faz a passagem do vale do rio Cávado ao vale do rio Rabagão, o povoado de S. Cristovam revela uma estratégia de implantação claramente relacionada com a passagem da via romana XVII, que ligava Bracara Augusta a Aquae Flaviae. Pode até admitir-se, tendo presente o achado dos miliários da Portela de Rebordelos (ou Rebordendo) e de Botica, que o seu traçado servia directamente o povoado de S. Cristovam. Considerando o contexto arqueológico próximo, em que se destacam os povoados fortificados de Outeiro do Vale, Ruivães e de Linharelhos, Salto, pode considerar-se que o povoado romano de S. Cristovam seria um importante vicus, podendo inclusivamente colocar-se a hipótese de corresponder à mansio Salacia, uma das três que serviam a via XVII entre Braga e Chaves. O segundo grupo de vestígios interpretam-se como ruínas de um povoado medieval, o qual julgamos corresponder à sede de S. Martinho de Vilar de Vacas, freguesia referenciada nas Inquirições de 1258 e da qual terá evoluído a actual aldeia de S. Martinho de Ruivães. Da aldeia medieval de S. Martinho de Vilar de Vacas pode dizer-se que era sede de um território bastante povoado - no século XIII incluía as aldeias da actual freguesia de Campos, factor que terá contribuído para que mais tarde, já como Ruivães, tenha atingido o estatuto de concelho.


 


Cronologia: Pela tipologia dos materiais e pelo contexto histórico-arqueológico, o sítio de S. Cristovam terá conhecido uma ocupação que se terá prolongado, não necessariamente de modo contínuo, dos primeiros séculos da nossa era até ao fim da Idade Média.


 


Bibliografia: ALARCÃO, Jorge de (1982) - Roman Portugal, II, (Gazetteer/Inventário), (Fasc. 1), Warminster.


           (INQ.1258), Portugaliae Monumenta Historica. Inquisitiones, I, Academia das Ciências, Lisboa, 1888, pp.1510-1511.


           PEIXOTO, Rocha (1967) - Sepulturas abertas em rocha, Obras, I, Câmara Municipal de Póvoa de Varzim, Póvoa de Varzim, pp.370


           VIEIRA, J.C. Alves (1925) - Vieira do Minho. Notícia Historica e Descriptiva, União Gráfica, Vieira do Minho, pp.342


 


Observações: As coordenadas reportam-se a um ponto central da estação arqueológica. O sítio designado por povoados romano e medieval de S. Cristovam é, pelas características fisiográficas de implantação e pelos contextos histórico-arqueológicos que associa, um local de grande interesse científico e inegável valor histórico e cultural, sendo o seu estudo fundamental para a compreensão das modalidades e hierarquização dos povoamentos romano e medieval da região do alto Cávado. Pelas razões acima aduzidas, e porque conserva um enquadramento paisagístico sem grandes perturbações, a Câmara Municipal de Vieira do Minho propôs que o local designado por povoados romano e medieval de S. Cristovam fosse classificado como Imóvel de Interesse Público (ou Sítio de Valor Regional). O local é conhecido da bibliografia arqueológica que, contudo, apenas refere a existência de duas sepulturas escavadas na rocha e restos associáveis a um antigo templo. Nenhum autor faz referência aos vestígios associáveis a uma ocupação romana do local.


 


 


Fonte: Sítios e Achados Arqueológicos da vertente Alta da Serra da Cabreira.