terça-feira, 24 de julho de 2012
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Paula Alves com publicação no Brasil
Paula Alves é natural de Lisboa, filha de mãe e pai Ruivanenses (Vale e Zebral respetivamente ).
Estudou Línguas e Literaturas Modernas e teve o privilégio de estagiar tradução no Parlamento Europeu, no Luxemburgo. Publicou alguns poemas em 3 Prémios Literários Valdeck Almeida de Jesus e na antologia Ecos Machadianos do movimento cultural Artpoesia tendo mais recentemente participado no Varal antológico II, sob organização de Jacqueline Eisenman, com um conto. Vê agora esta crónica epistular contemplada na antologia a lançar na Bienal de São Paulo dia 10 de Agosto.
"Prezado Amado,
(desculpe-me a redundância da repetição com que o visito em jeito de adjetivação de um vocativo chamativo, visado)
Não me lerá certamente e no entanto, todo um íntimo do seu pensamento ficou gravado para a eternidade nas formas de registo que a escrita e tradução lhe permitiram.
Prezado Amado, ainda não lhe conheço o âmago pois ainda não o consumi inteiro. Não confesso aqui uma mea culpa porque o prezado Amado tem chegado a mim gabrielo, tieto, cravo, açúcar, canela, sinhando, intermitente, malhado. A juventude permite-me poder sonhar e planear a sua plena leitura para o ir sorvendo, assim devagarinho.
Amado, permite-me o seu nome prezado? A noção de finitude diz-me contudo que não há tempo para ler tudo aquilo que podemos acolher no nosso espírito. Como leria Amado, prezado Amado? A noção de leitura prende-se a uma rebeldia do espírito talvez. Como distinguir então o rebelde académico entre os rebeldes? Como conseguir filtrar os grãos de areia e escolher sua capitã leitura? Sabe? Consigo sentir saudades de um tempo que não vivi, esse tempo com que se premiou a sua existência... Suponho que à época, um íntimo retrato só se mostraria à fundação da família. Hoje sem barreiras, à frente de um computador, chega-me facilmente um bafo visual do que foram partes da sua vida, episódios de um mundo com outras gentes, outras destrezas, outras escritas, outras necessidades presentes. Outras críticas a um lamechas jovem considerado pouco profissional na escrita, concordaria com elas, Amado? Ou remeter-se-ia ao desprezo do cinismo?
O que levaria um amado (des) prezado a deixar de ser rebelde? Apenas um mundo que não fosse necessário consertar e, todavia, volte a este tempo agora! Acredite: vai querer escrever de novo, vai querer usar o poder da palavra, quebrando, requebrando, dançando, rebeldando. Hoje não vai ter que bater à porta de ninguém com a sua mão física, pode estar aqui sentado a abraçar o mundo todo, sorvendo o mundo todo, desnudando todo o mundo do mundo todo onde estamos todos.
Amado, vou declinar-me em frente ao ecrã para ver o filme que sua neta produziu, a Cecília (perdoe-me a familiaridade), lembra? Qual o filme? Os capitães! Isso mesmo, aceita pipoca?"
Mais informações:
Alminhas da "Casa David"
«A aldeia possui duas “Alminhas”. A primeira, no sentido ascendente, está encaixada num nicho rasgado na parede da “Casa David”, estrategicamente situada em local visível para quem passa. A segunda é um abrigo aprimorado, com painel figurado encimando o cofrezinho das doações, protegido pela grade e ferrolho. A que a foto documenta é-me tão familiar, pois está situada a escassos 10 metros da casa que me viu nascer!»
Guilherme Gonçalves
Pelourinho de Ruivães
(carregar na fotografia para aumentar)
Uma fotografia tirada de uma outra exposta no restaurante Luimar na Portelada (S. João da Cova) e depois um pouco trabalhada ...
Paulo Miranda
Uma pêra na garrafa
Uma pêra em crescimento dentro de uma garrafa que depois será cheia de aguardente. Fotografia tirada ontem de manhã no lugar de Zebral.
Cardume
Quatro fotografias de ontem de manhã, tentando registar um cardume de pequenos peixes no "Poço das Mulheres", esperando que possam crescer antes de serem pescados ...
domingo, 22 de julho de 2012
sábado, 21 de julho de 2012
Canastro(s)
«os canastros são construções de pedra com paredes e portas de ripes de madeira, que assentam em quatro, seis ou mais pilares de pedra com uns discos de pedra na parte superior, para impedir o acesso aos roedores, que são avidos de cereais.»
JORGE DIAS, Vilarinho das Furnas. Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1981, p.57.
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