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sábado, 24 de abril de 2021

«Sentir Espindo!»

 

«Perante a evolução favorável da pandemia de Co­vid-19, resultante das medi­das tomadas ao abrigo do estado de emergência, e em linha com o plano fa­sea­do de desconfina­mento, en­ten­de-se contudo que deve imperar a cautela, salvaguardando todas as precauções associadas!
Porém, em abril é mês de ode à poesia da natureza na Serra da Cabreira. Tal noiva vaidosa, desejosa de ser contemplada, a serra ves­te-se de várias cores num es­pe­táculo deslum­bran­te digno de se ver.
Locais privilegiados para contemplar esta paisagem, as­sinalada pela minha “ca­ne­ta”, são mesmo os montes da Costa ao Talefe, pas­san­­do pela Arandosa, Bor­doa­da de Jadêlo, Serra­de­la, Cabeça da Vaca aos Por­di­tei­ros, tudo isto na aldeia de Espindo.
Com as temperaturas a su­bir e a natureza a chamar, o que não faltam “por aí” são sugestões para “ir” e novos tri­lhos para conhecer nesta serrana aldeia de Espindo (Aldeia de Portugal), da freguesia de Rui­vães do concelho de Vieira do Minho.
Em notícias já publicadas neste jornal, para alem da tranquila e fantástica paisagem, muitos são os motivos de interesse para descobrir nes­ta aldeia, da simplicidade das suas gentes ao seu edificado e onde que se des­tacam: a casa do forno comunitário, a casa dos alpinistas, os tanques comunitários, o polo interpretativo do lo­bo, os nichos das al­mi­nhas, o cruzeiro – sino – ca­pe­­la de Santa Isabel e sua réplica, os parques de merendas da Serradela, concelho de Baldios/Associação juntos pela aldeia de Espin­do e de Santa Isabel, o cas­ta­nheiro centenário do ai do rio do Brás e da vide ame­ricana, também centenária, da casa do Manuel da Cera que em fotos aqui hoje se destaca, não apenas pela sua longevidade, altura, mas também pela grandeza da sua copa que cobre toda a ramada!
Nesta aldeia, em alojamento de gestão particular, é possível pernoitar na Ca­sa da Gaiteira, que dispõe de quartos com paredes em pe­dra exposta. A unidade apresenta uma piscina exterior rodeada de espreguiçadeiras e guarda-sóis, para que no final da visita/passeio/caminhada possa aproveitar de um merecido descanso!
Obrigado por visitar a nossa aldeia!»

domingo, 8 de novembro de 2020

«Vindima da Casa do Brás»





O tempo quente e seco que se fez sentir este ano, le­vou a uma antecipação das vindimas em cerca de duas semanas. A partir da segunda semana de outubro é, por norma, a altura das vindimas em Espindo, no entanto, este ano a safra foi antecipada devido às altas temperaturas e baixa humi­da­de que se fizeram sentir.
Na data prevista para a vin­dima, 4 de Outubro, o S. Pe­dro rodou as chaves e eis que se abateu uma valente tempestade no concelho de Vieira do Minho na noite de 3 para 4. Porém, os meus familiares que estavam a passar uns dias de férias na aldeia, ao aperceberem-se deste fenómeno climaté­ri­co, anteciparam a colheita, o que foi determi­nante para que as uvas fossem salvas.
Como sempre, a vindima foi feita “à moda antiga”, mo­vida a energia humana, quer na colheita, quer na pisa, que este ano, motivada pela pan­demia, foi muito restrita apenas a familiares próximos.
Durante o dia 3 apanhou-se a uva e encheram-se os cestos, que foram transportados para o lagar.
No dia seguinte, após um longo, saboroso e nutritivo almoço, embalado por bom vinho e boa disposição, foi tempo de pisar as uvas com grande determinação.
A vindima da Casa do Brás na sua edição do ano de 2020, foi mais um momento de emoções fortes que a re­cria­ção desta tradição comunitária deixará na memória coletiva da Aldeia.
Um grande agradecimento ao meu cunhado Albino, irmã Albina, sobrinhos Jorge, Ro­meu, Albina e Ana Sofia que vieram suar e celebrar comigo e com a Pal­mira mais um ano de abundância. Com as suas preciosas ajudas, iremos produzir mais um vinho único, cu­jo aroma e paladar co­nhe­ceremos daqui a uns tempos!
Guilherme Gonçalves (Casa do Brás – Espindo)
2020-10-28

terça-feira, 4 de agosto de 2020

«Árvores monumentais»







«Árvores centenárias, co­mo a Carvalha do Lombo, a Car­valha da Pedreira, a Car­­va­lha das Chêdas e o Cas­ta­nheiro do Ai do Rio do Brás, foram no seu tempo - e esta última ain­da é - alguns dos ex-libris da Aldeia de Es­pindo.
As 3 Carvalhas que aqui recordo, não resistiram aos ca­prichos do homem e da na­tureza, fazendo, infelizmente, já parte do passado. Todas elas deram nome aos lo­cais onde nasceram e floresceram, se desenvolveram e testemunharam en­con­tros e de­sencontros.
Ainda que a Carvalha da Pe­­­­dreira e a Carvalha das Chê­­­das não constituíssem pe­rigosidade para a popula­ção, a Carvalha do Lombo es­­sa sim, havia quem te­mes­se que um dia caísse em cima da casa contígua ou pa­ra a Rua Central e admitia-se que a mesma fosse der­rubada; porém, provo­ca­da por desco­nhe­cidos, uma fogueira de grandes dimensões feita no interior do seu enorme tronco oco, determinou antecipadamente o seu fim. À data, houve quem tenha chorado quando deu de caras com a que­da da companheira de memórias de infância.
Era pequeníssimo, mas ao ver a minha tia Albertina e a D. Antónia do Quintas a cho­­rar, não me contive, ten­­­do chorado também quan­do vi no chão os restos daquele tron­co em brasas que a par de mim e de muitos ra­pazes da minha idade e mais velhos serviu de esconderijo!
Felizmente, a es­cassos 200 metros da Poça do Pa­lhei­ro, no campo do Aido Rio do Brás, ergue-se ainda um cas­tanheiro centenário, da espécie comum Cas­tanea sativa (Mill.), ao que me pa­rece, com um perímetro circunfe­ren­­­cial de 10 metros. De co­pa e altura (entre 14-16 metros estimados de altura), a in­vulgar característica desta árvore é a sua forma: tem 9,50 metros de “an­ca” (a 2 metros do so­lo), 6 metros de “cintura”, e cer­ca de 10 me­­tros de “pei­­to”– em boa forma física, por­quan­to ape­sar da ida­de, ain­­da dá castanhas. Aci­ma do “pei­to” er­­gu­em-se, co­mo ser­­­­pen­tes em cabeça de Me­du­sa, uma meia dúzia de tron­­cos secundários que lhe formam a copa.”
Este castanheiro cen­tenário é conhecido pela maioria dos habitantes, mas pela sua antiguidade, forma e fa­cili­da­de de acesso, será mais um local que me­rece ser visitado, alar­gando-se as­sim o já considerável leque de motivos de interesse para visitar a Aldeia de Es­pindo, sugerindo que esta árvore, ainda que pertença da minha irmã Albina Gonçalves da Casa do Brás, deva intentar-se, junto do Ins­ti­tu­­to da Conservação da Na­tu­r­eza e das Florestas via Jun­ta de Fre­gue­sia e/ou Câ­mara Municipal de Vieira do Minho, a sua datação e a sua classificação como Pa­tri­mónio de Interesse Público.»
Guilherme Gonçalves (Casa do Brás – Espindo)
2020-07-14

terça-feira, 10 de setembro de 2019

«ESPINDO – X Caminhada à Serra da Cabreira»


Agosto é sinónimo de regresso às origens. São muitos aqueles que estando fora, seja no estrangeiro ou espalhados pelo país, escolhem esta altura do ano para gozar férias na sua Terra Natal. E aproveitando este facto, a AJA Espindo - Associação Juntos pela Aldeia de Espindo promove, anualmente, no 2.º domingo de agosto, a Caminhada à Serra da Cabreira e no final um almoço convívio. Este ano não foi exceção e no dia 11 de agosto de 2019 a população voltou a juntar-se para um dia desportivo e de convívio. A Aldeia recebeu algumas dezenas de participantes para corporizarem a X Caminhada à Serra da Cabreira, que se iniciou às 8:30h e percorreu um total de 12,3 quilómetros, com passagem por alguns emblemáticos e bem conhecidos cantos da aldeia - Portela da Avelã, Rio Velho, Ponte do Meio, Folgueira, Estalhas, Montes do Sapateiro, Sortes de Mixões, Porditeiros, Placas, Confurco, Chã da Arandosa, Encosta da Arandosa em direção à parte inferior direita dos Azevinheiros, Terroeirão, Jadêlo, Portela onde ainda se encontram alguns vidoeiros, (espécie de árvore conhecida por “noivas da cabreira”), Curral do Tôco, Volta Grande, Costa e entrada na aldeia pela zona nascente até à sede da Associação. Incluiu visita a moinhos, cabanas de pastor, levada de água e passagem por locais de rara beleza. Foi possível ver pastar imensos garranos e outros animais de raça bovina, etc., a que se seguiu um almoço convívio, que contou com a presença de António Cardoso e Elsa Ribeiro, Presidente e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Vieira do Minho, Manuel Pereira, Presidente da União de Freguesias de Ruivães e Campos, Amadeu Pereira dos Santos, Presidente do Conselho de Baldios de Espindo, a par das cerca de 9 dezenas de caminheiros e habitantes da nossa aldeia. Às Instituições que nos patrocinaram, aos dirigentes da AJA e a todas as pessoas que direta ou indiretamente colaboraram, não se poupando a esforços, a todos, expresso o meu muito obrigado pela dedicação e brioso empenho demonstrados em prol do êxito deste evento. 

Guilherme Gonçalves (Presidente da AJA Espindo)



























































Créditos das fotos: Manuela Soares, Marta Gonçalves, Palmira Gonçalves, Tina Pereira e Guilherme Gonçalves