quarta-feira, 29 de abril de 2015

Fojo da Alagoa





















Fotografias obtidas em Fevereiro 2009. 



Designação: Fojo da Alagoa
Tipo de Sítio: Fojo
Período cultural: Idade Moderna – Idade Contemporânea
Estilo artístico: Arquitectura Vernácula
Classificação: Não

Na Encosta do Sol, na vertente que desce em frente ao parque de merendas das Casas da Serradela, localiza-se o Fojo da Alagôa. Construído em mamposteria granítica, com paredes com cerca de 1 metro de espessura e menos de 1 metro de altura nas partes conservadas, que se estendem cada uma por mais de 200 metros de comprimento, o fojo desenvolve-se numa característica planta em V, descendo dos 800 metros até aos 750 metros de altitude, fechando na ribeira num poço com cerca de 8 metros de diâmetro.


Património Arqueológico e Arquitectónico de Vieira do Minho, Luís Fontes e Ana Roriz - Município de Vieira do Minho - 2007




Casa de Amadeu César: epígrafe




Casa de Amadeu César: epígrafe




domingo, 26 de abril de 2015

«O país que existiu durante 800 anos entre Portugal e Espanha»


Couto Misto (em galego: Couto Mixto, em espanhol: Coto Mixto) é uma zona localizada a norte da serra do Larouco, na bacia intermédia do rio Salas, na Galiza (Espanha), na atual província de Ourense, na fronteira norte do atual Concelho de Montalegre, em Portugal.

Muito do que se conhece sobre este território raiano, suas normas, usos e costumes, provém dos relatórios diplomáticos produzidos à época das negociações do Tratado de Lisboa (1864).
O Couto Misto foi um microestado independente de facto encravado entre Espanha e Portugal, com existência entre o século X e 1868. Embora se desconheça a origem de sua instituição, ligada desde a Baixa Idade Média ao Castelo da Piconha, posteriormente vinculado à poderosa Casa de Bragança, constituía-se numa pequena área fronteiriça de cerca de 27 km² com organização própria, que não estava ligada nem à Coroa de Portugal e nem à da Espanha.
Entre os direitos e privilégios deste pequeno território encontravam-se o de asilo para os foragidos da justiça portuguesa ou espanhola, o de não dar soldados nem para um reino nem para o outro, o de isenção de impostos, o de liberdade de comércio (como o sal, objeto de estanco até 1868), a liberdade de cultivos como o do tabaco, e outros. Até à assinatura e entrada em vigor do Tratado de Lisboa (1864), em 1868, cada habitante do Couto elegia livremente a nacionalidade espanhola ou portuguesa.
A partir do Tratado, os seus domínios passaram para a soberania da Espanha, integrados nos Concelhos de Calvos de Randín (aldeias de Santiago e Rubiás ou Ruivães) e Baltar (aldeia de Meaus ou Meãos). Em contrapartida, passavam para a soberania de Portugal os chamados “povos promíscuos”, até então divididos pela linha da raia, atuais Soutelinho da Raia, Cambedo e Lama de Arcos (Chaves).
O território do Couto Misto ainda incluía uma pequena faixa desabitada que hoje integra o município português de Montalegre. Os habitantes do Couto Misto não se encontravam obrigados a uma ou outra nacionalidade, podendo inclinar-se, dependendo de razões geográficas, familiares ou tradicionais, por uma, por outra, ou por nenhuma.
O momento em que tradicionalmente se exercia essa opção era no dia das bodas: os que optavam por Portugal bebiam um cálice de vinho pela honra e à saúde do rei português, inscrevendo a letra “P”, de Portugal, à porta do domicílio conjugal; aqueles que optavam pela Espanha, brindavam à honra e saúde do rei espanhol, inscrevendo a letra “G”, de Galiza, em seu domicílio. A prática foi substituída pela inscrição de outras simbologias, a partir de meados do século XIX, quando as autoridades de ambos os países começaram a questionar os privilégios do Couto. Concretamente, os seus habitantes não estavam obrigados a utilizar documentos de identidade pessoais, não estando sujeitos aos efeitos jurídicos de uma nacionalidade: eram considerados como “mistos”.
Como território independente de facto, os habitantes do Couto Misto detinham vários privilégios, como a isenção de serviço militar e de impostos, e podiam conceder asilo a estrangeiros ou opor-se ao acesso a forças militares estrangeiras.



http://www.vortexmag.net/o-pais-que-existiu-durante-800-anos-entre-portugal-e-espanha/

Vila




Vila



quarta-feira, 22 de abril de 2015

Casa do Capitão-mor ou Casa de Dentro












Designação: Casa do Capitão-mor ou Casa de Dentro
Tipo de Sítio: Casa / Edifício
Período cultural: Idade Moderna
Estilo artístico: Arquitectura Vernácula
Classificação: Não

A Casa do Capitão-mor, como é hoje designada, é a antiga Casa de Dentro, solar rural armoriado, com pedra de armas sobre o portal, que terá sido mandada gravar em meados do século XVIII por António José de Magalhães Laborão de Almeida, capitão-mor de Ruivães e cavaleiro professo da Ordem de Cristo. Trata-se de uma característica casa senhorial rural, de planta L com pátio interior, portal de aparato e capela anexa (dedicada a Nª Srª da Conceição). É uma construção em aparelho misto de alvenaria e cantaria graníticas aparentes, que hoje apresenta já algumas transformações. Para além do brasão no portal, existe ainda uma outra pedra de armas, que integra uma tampa sepulcral guardada no interior da capela. Numa das guias graníticas que bordejam a eira, também de lajeado granítico, conserva-se uma inscrição, que não se conseguiu ler, existindo ainda uma outra junto a um tanque.

Património Arqueológico e Arquitectónico de Vieira do Minho, Luís Fontes e Ana Roriz - Município de Vieira do Minho - 2007


Ver mais aqui: www.casadedentro.com