terça-feira, 2 de agosto de 2016

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

«Armindo Rodrigues, um ilustre ruivanense»



Ilustre, é a pessoa que se distingue por qualidades dignas de louvor.
Tanto pode ser aquele que ganhou fama em diversas áreas como o desporto, as artes ou a politica, como aquele que se destacou pelos dotes pessoais, humanos, sem mácula que se lhe aponte.
E Ruivães, teve os seus ilustres cidadãos, e eu quero homenagear aqui a figura de um grande ruivanense infelizmente já desaparecido. Refiro-me ao Armindo Rodrigues, aqui nascido e criado, rodeado por um ambiente familiar que lhe foi um pouco adverso, só terminando essa fase má da sua vida quando aos doze anos foi levado para a capital. Partimos ao mesmo tempo, pois ele era da minha idade, e em Lisboa convivemos até à idade adulta, tendo oportunidade de constatar a transformação que lhe aconteceu, para melhor, claro.
Era com frequência que recordávamos as nossas brincadeiras em Ruivães, a escola que frequentamos juntos, e apesar do que ali passou não guardava rancor, e prometia que um dia haveria de voltar a Ruivães para matar saudades.
Em Lisboa, nas oficinas de um dos maiores armazéns de lanifícios (A Lanalgo), aprendeu o oficio do pai (alfaiate), e a partir de certa altura deu-se o nosso desencontro, vindo a saber que partiu para os Estados Unidos da América.
Muitos anos depois, viemos a reencontrar-nos em Ruivães, e contamos a nossa vida um ao outro, sem outra intenção que não fosse dessa forma ficarmos conhecedores do que vivemos no espaço de tempo em que não nos vimos.
No principio a vida dele foi difícil, chegou à América com meia dúzia de dólares e trabalhou no que aparecesse, chegando mesmo a conduzir um Táxi, só mais tarde em Filadélfia viria a sorte a sorrir-lhe, trabalhando então sim na arte que aprendeu.
Criou fortuna, teve mais que um casamento, deu estabilidade aos filhos, e numa fase já mais descansada da sua vida, passou a vir com mais frequência a Ruivães, onde proporcionou melhor viver ao pai aqui a residir, o extrovertido Sr. Luís do Guarda (ou o Luisinho como era conhecido), e claro, o seu amor pela terra como é apanágio dos emigrantes, levou-o a construir uma estupenda casa onde vinha passar parte das suas férias.
Em dada altura, convidou-me para o baptizado do filho Armindo Jr., que aconteceu em Portugal, na igreja da Parede, seguido de um lauto banquete no Forte de Oeiras, trazendo uma grande comitiva dos USA.
Fez-me também o convite para o visitar em Filadélfia, proporcionava-me tudo, mas declinei pelo medo que minha esposa tem de andar de avião.
Era mesmo o que se chama um homem bom. Para a festa, anualmente, não olhava a meios contribuindo com gorda nota, sentindo o pessoal que tal benemérito merecia uma homenagem, e assim comprados uns cabritos fez-se uma farra que durou até às tantas.
Não menosprezou a família. Os irmãos e mais familiares obtiveram dele a atenção devida.
A abastança não o embebedou, era a bondade em pessoa, humano quanto baste, e cultivava a amizade como o bem mais precioso da sua vida, mais que o ouro como ele dizia.
Um dia, foi-lhe diagnosticada uma doença grave, os médicos deram-lhe seis meses de vida, durou um pouco mais, mas o seu grande desejo era regressar à terra que o viu nascer, e assim foi, encontra-se sepultado no cemitério de Ruivães onde quando lá vou não deixo de o confortar com as minhas orações, porque sei que um dia, lá em cima, falaremos o que ficou por dizer cá na terra.
Paz à sua alma.
Manuel Joaquim F. Barros
2016-07-28





domingo, 31 de julho de 2016

Julho 2016 (filme)





Apresentação com as fotografias publicadas  no sítio "Vila de Ruivães" no mês de Julho de 2016


Este mês de Julho voltamos a publicar uma fotografia antiga cedida pelo nosso conterrâneo Manuel Joaquim F. Barros, desta feita sobre os Moinhos do Abel no ano de 1988. O melhor será aproveitar as férias deste Verão para visitar o local e verificar in loco as diferenças que são mais que muitas. E podem também aproveitar estas férias para fazerem como este nosso conterrâneo e partilharem connosco as vossas fotografias, vídeos, lembranças, textos, etc., da freguesia. Registos novos ou antigos tudo tem aqui lugar, assim o queiram partilhar com todos os ruivanenses. Ficam os desafios. Por agora!

Este mês de Julho também foi profícuo na publicação de vídeos tão do agrado de muitos visitantes. Foram eles: fim de tardefim de trabalhotransportesons do campo em Zebrallevada em Zebral e na Canela (também em Zebral) e, um directo que a Comissão das Festas de Ruivães 2016 fez quando andou por Zebral a fazer o peditório. 

Também de Zebral trouxemos várias panorâmicas, no Largo do Rodeiro e não só; depois fomos a Frades buscar mais três, a rua principal e com a vista para a barragem, e no largo em frente à Capela; por fim, duas tiradas na Vila, uma no Chamado e outra no Largo da Vila numa noite de luar

Também por Zebral continuamos este mês a nossa recolha sobre a nova toponímia da freguesia, recolha essa que depois se prolongou por Frades e Ruivães. São 21 ruas novas que adicionamos ao nosso mapa, a saber: Rua da CruzesRua do CarvalhalRua de MinaTravessa das LajesRua das LajesLargo do RodeiroRua dos Moinhos da PonteRua de Além, no lugar de Zebral; Travessa Nossa Senhora do AmparoRua da Pena RedondaRua daTorrenteTravessa da PortelaRua do PinheiroRua da PortelaRua da VendaTravessada Poça do Chamil, no lugar de Frades; Rua do Pinhal de Santo AmaroRua daFonte da PicotaTravessa do Outeiro das CruzesRua de Parada, no lugar da Vila; e, Rua de Pomarelhos, no lugar da Quintã. Fica aqui também o desafio a quem quiser aproveitar as férias para nos ajudar nesta recolha, pois ainda nem a meio chegamos!

Voltando a falar em luar, esta fotografia tirada no largo da Vila também merece destaque, assim como estas fotografias avulsas que aqui publicamos: vista para a estrada nacional em Ruivães e para o Largo da Vila (para comparar com outras antes da requalificação), um final de tarde no mesmo largo da Vila e uma vista geral sobre toda a Vila (e Espindo), vista para a barragem do largo de Frades, algumas casas em Frades e, mais uma do nosso rio sempre belo, sempre cristalino, sempre límpido.

A fauna existente não tem sido muito explorada por nós (infelizmente), mas este mês mostramos dois espécimes diferentes: a Osga e o Percevejo de riscas.

Foram várias as tardes e noites de sueca, retratadas aquiaqui e aqui

Mostramos a reportagem do Guilherme Gonçalves sobre "A festa da minha Aldeia!" que depois foi também publicada n' O Jornal de Vieira. Da festa de Frades mostramos só o cartaz, e da festa de vale também não conseguimos fotografias (já haviamos mostrado o cartaz no mês passado.

D' O Jornal de Vieira recortamos também a notícia do VI Encontro de ruivanenses a residir em Lisboa e arredores, e uma reportagem sobre os prejuízos da obra Venda Nova III

Por último, o aviso sobre o arremate da água previsto para o dia 24 de Julho que ficou sem efeito, a reportagem do jornal Expresso sobre a Ponte da Misarela, que continua a encantar quem a visita, e demos coro ao nascimento da mais jovem ruivanense a bordo da ambulância da Secção de Ruivães dos Bombeiros Voluntários de Vieira do Minho.


Estatísticas:
O melhor frango assado da Europa é destacadamente a segunda publicação mais vista de sempre no site e foi a mais vista este mês, seguida deste vídeo, deste cartaz, do resumo do mês anterior e, desta vista da barragem e desta memória, ex aequo.
Na rede social facebook, o nascimento na ambulância foi sem dúvida o artigo mais visto, seguido deste artigo sobre a festa de Espindo, este do Largo de Ruivães, os interiores da Capela da Botica e, o cartaz da Festa de Frades.

Frades e Barragem (panorâmica)



(carregar na fotografia para aumentar)


Rua de Parada (Vila)





Vila