quinta-feira, 1 de março de 2018

Vila à noite

«Cabreira»




Nada me move mais do que uma boa caminhada pelos rudes caminhos da minha aldeia, ora sob o manto da folhagem caída das árvores, ora sob as ervas espontâneas rebeldes e os matos desorganizados, apreciando em deleite a paisagem serrana, respirando o ar inebriante que refresca e alimenta a alma de um provinciano. 
E contemplo o espaço; aquele espaço que rodeia o meu ponto de observação, do qual sempre descubro algo de diferente aqui ou acolá; algo que ainda não havia retido na minha mente: uma árvore, uma rocha, um arbusto, etc.. , sempre a descobrir… 
E a Serra da Cabreira lá está. Aquela serra que me oferece uma paisagem de belo postal, que me saúda e eu saúdo todas as manhãs quando me levanto pela manhã nos dias da minha estadia naquelas paragens. E da varanda da minha casa percorro com o olhar toda a encosta norte, desde Zebral, subindo ao Talefe, descendo a Espindo, voltando a subir à serradela em observação de todos os seus recortes, riachos, colos, caminhos, etc… e paro; paro no negrume com que em Outubro foi coberta depois de flagelada pelas chamas que lhe consumiram o manto verde e lhe levaram a alegria, deixando-a despida, sem vida.
Já o Inverno vai a meio do seu curso e o negrume persiste, dando a sensação de que a serra perdeu o fulgor, que no seu ventre já não existem forças capazes de criar, de se regenerar e dar alegria, como que em sinal de castigo daqueles que a ignoram, a ultrajam, a exploram e não a respeitam. 
Que triste estará aquela cabreira que se apaixonou pelo cavaleiro elegante, e que triste cenário eu vejo decorrido este tempo todo após o flagelo do fogo. O tempo passa, as chuvas lavam a crosta e o homem não intervém: não planta, não semeia, não previne, não acautela, e como se nada se tivesse passado, encolhe os ombros e tapa os ouvidos. 
Devolver a vida à serra não pode passar apenas e só por ações de charme e manifestação de boas intenções, nem esperar que lendas de cabreiras e fidalgos lhe devolvam a beleza, ou que grupos de cidadãos bem-intencionados plantem meia dúzia de espécies num dia de festa. Importa dedicar-lhe trabalho e, com a candidatura aos necessários apoios estatais e/ou comunitários, elaborar estudos que conduzam à valorização do espaço no sentido da criação de infraestruturas (abertura de acessos, construção de reservatórios de água em pontos estratégicos, pontos de observação, etc., etc...) e consequentemente projetos de florestação e reflorestação para que daquela serra se venha a retirar a riqueza que ela há muitos séculos está disposta a dar e que, mesmo mal cuidada, alimentou muitas gerações. 
E nas minhas caminhadas, do ponto de observação, anseio ver o manto verde da Cabreira…
Ruivães, 2018 – 02 – 11 - Fernando Araújo da Silva

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Fevereiro 2018




Apresentação com as fotografias publicadas durante o mês de Fevereiro. 



- da actualidade
- os contributos
Pela Estrada do Tôco, por Sónia Daniela Perdiz
- das gentes
- dos eventos
- fotografias a preto e branco
 Boa Noite (esta e esta)
- fotografias nocturnas
- 2011 (série)
Apenas sete anos passados sobre estas fotografias e algumas já podem ser consideradas históricas: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15;
- fotografias avulsas
Tarde de Sol, Alerta, da Picota, Meia mó, Heras no rio, Traves, Rio, Traves, de Vale (1, 2, 3), da recta da Ponte (1, 2, 3);   
- outras coisas
- pedaços de história
Referências ao Posto da Guarda Fiscal nos anos 1918, 1941, 
- vídeos
Duas noites em Fevereiro: esta e esta.

No passado dia 9 celebramos mais um aniversário desta página, sem pompa mas com alguma circunstância, pois já são 14 anos a ajudar na divulgação da nossa freguesia. Estamos todos de parabéns, pois sem todos os contributos que temos tido e, especialmente, sem o retorno das vossas visitas, seria complicado manter este espaço. Seguimos viagem?

estatísticas: 
- na página: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto artigo mais visto;
- na rede social facebook: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto artigo com mais interacção.

Posto da Guarda Fiscal 1965








Decreto-Lei n.º 46311 - Diário do Governo n.º 92/1965, 1º Suplemento, Série I de 1965-04-27

Ministério das Finanças - Gabinete do Ministro


Promulga a Reforma Aduaneira, que substitui a aprovada pelo Decreto-Lei n.º 31665


Reproduzimos aqui parte da Reforma Aduaneira de 1965, onde aparece o antigo posto da Guarda Fiscal de Ruivães. 

Eucaliptos no rio (2011)





quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Posto da Guarda Fiscal 1941







Diário do Govêrno n.º 273/1941, 1º Suplemento, Série I de 1941-11-22


Data de Publicação:1941-11-22
Tipo de Diploma:Decreto-Lei Número:31665


Ministério das Finanças - Gabinete do Ministro
Promulga a Reforma aduaneira




No seguimento da publicação da semana passada, hoje reproduzimos a Reforma Aduaneira do ano de 1941.