sexta-feira, 12 de julho de 2019

Levada 2019




Serra do Gerês - Junho 2019




O Manuel Fraga indicando um potro que foi mordido pelo lobo ...

Festas de Vale (ornamentação)




Horta no Arco


«A Festa da minha Aldeia!»

ESPINDO – A Festa da minha Aldeia!

Claro que a nossa Festa é um factor agregador da Aldeia, já que muitos dos seus naturais não residentes aproveitam essa data para regressarem à terra, para rever a família e os amigos e para agradecer a Santa Isabel as graças concedidas!
Todos os anos, e já lá vão muitos, que acordo pela manhã com os estrondos dos foguetes a lembrar que é dia de Santa Isabel.
É impossível não me lembrar deste dia, porque esta festa traz-me sempre boas recordações, principalmente da minha meninice.
Tal como anteriormente divulgado, a festa deste ano teve o seu início no dia 5 de julho, sexta-feira. Às 21 h, como previsto, realizou-se a Procissão de Velas, não sendo este, habitualmente, um dia ainda muito forte, pois muitos conterrâneos vêm à terra de fim de semana e vão chegando aos poucos, já pela noite dentro.
No sábado realizam-se as mil e uma tarefas relacionadas com a festa, para no final do dia o conjunto - este ano o Calhambeque -, animar o baile que se veio a prolongar pela madrugada fora.
No domingo, dia destinado à vertente religiosa, o destaque vai para a missa e procissão, num cenário magnificamente decorado, com a procissão a percorrer o circuito já habitual pelas ruas da aldeia, os cinco andores decorados onde descansam os santos da nossa capela, a encher a vista das gentes, perfumando o ar; a banda de música de Vilar Chão que acompanha num compasso ritmado a procissão, toca músicas adequadas à cerimónia.
Durante os três dias de festa, houve animação, e o público, mas especialmente os imigrantes naturais e seus familiares, marcaram entusiasticamente presença, sobretudo durante a noite de sexta-feira, sábado e domingo de manhã, uma vez que a missa teve, infelizmente, o seu início alterado das 11h, como secularmente é tradição, para as 15:00h, a que se seguiu a procissão. Esta alteração teve grande impacto negativo para umas dezenas largas de confessados, já que não permitiu a sua participação na procissão e muitos outros mesmo no momento alto da Festa, já que para muitos naturais e seus familiares havia que encetar a viagem de regresso às suas residências, com largas dezenas de quilómetros para percorrer.
A Festa de Santa Isabel tem sido e ainda é muito participada, principalmente por gentes que dos vários cantos do mundo acorrem à sua aldeia natal, pelo que há necessidade de repensar este novo horário da missa, já que o grande e mais importante objectivo desta festa é honrar a Santa e promover a festa de convívio, fundadas na tradição e no sentimento de fidelidade às raízes!
A Festa de Santa Isabel faz-me recordar o que é a Saudade , invadindo o coração e fazendo deslizar no rosto as lágrimas impregnadas das emoções de quem ama de verdade a sua querida aldeia.
Saudade das saudades das festas dos anos passados da aldeia de Espindo!

Guilherme Gonçalves (Casa do Brás)






Para ver outras fotografias e vídeos sobre esta Festa de Espindo também enviados pelo Guilherme Gonçalves, carregar aqui e aqui.

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«Espindo prepara-se para turismo rural de excelência»





(carregar nas imagens para aumentar)



Notícia retirada do jornal Diário do Minho de 12 de Julho de 2009.

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Levada 2019




Serra do Gerês - Junho 2019





Vencendo o desnível ...

«Festa da Misarela 2019»


Voltou a realizar-se em Sidrós, na freguesia de Ferral, concelho de Montalegre, a "Festa da Ponte da Misarela". Um evento num local histórico, de beleza admirável, que honra concelho barrosão. A representação das duas lendas da ponte esteve a cargo da companhia de teatro Filandorra. O momento continua a reunir muitos visitantes e curiosos.



















LENDA
Reza a história que este estranho namoro nas terras do Barroso, que esta gente era simples e forte, crente e temente a Deus e "medrosa" do diabo. Tudo começa quando um criminoso, que vagueava escondido pela região, foi perseguido e descoberto pelas autoridades locais. Numa fuga, pois era bem conhecedor do local, deparou-se com um obstáculo. Um rio, de Rabagão de seu nome, entre os enormes penhascos. Apelou ao diabo e aquele fez aparecer a ponte a troco da alma. O negócio ali foi selado, e o criminoso passou a ponte e, após estar bem assente do outro lado, o diabo fez esfumaçar a ponte. Dessa forma, as autoridades não conseguiriam apanhar o "fuinha". Mais tarde, já arrependido, confessou-se a um frade e, criminoso que é criminoso, volta sempre ao local do pecado, e este dirigiu-se para o lugar, mas acompanhado do frade. Quando o "fuinha" apelou novamente ao diabo, este fez aparecer a fria ponte, mas o frade - quando o criminoso ia a meio da travessia -, benzeu-a e a ponte ali ficou até aos dias de hoje, fazendo também como que o "fuinha" recuperasse a alma. A história correu de boca e boca, e passou a ser local de "fertilidade". Daí para a frente, quando uma mulher não "levava os filhos a cabo", deslocava-se à "ponte do diabo" e pernoitava lá até alguém passar. O primeiro a chegar teria que ser padrinho ou madrinha da criança, que haveria de se chamar Gervásio, se fosse rapaz, e Senhorinha, se fosse rapariga, numa espécie de um prébaptismo para que a gravidez fosse a bom termo.

Retirado da página da Câmara Municipal de MOntalegre (carregar aqui).

Levada 2019