sábado, 17 de abril de 2021

Rio 12 Abril 2021

 



Vídeo feito com vários outros vídeos mais pequenos, no Traves, Chabouco e Maria Pereira.

sábado, 10 de abril de 2021

«Manuel Pereira, presidente da União de Freguesias Ruivães/Campos, ao Jornal de Vieira»


Manuel Pereira, presidente da União de Freguesias Ruivães/Campos, ao Jornal de Vieira
“O programa eleitoral vai ser cumprido quase na totalidade”

Manuel Pereira, de 71 anos, aposentado da função pública, iniciou em 1975 a carreira profis­sio­nal como Guarda-rios, acabando na Agência Portuguesa do Ambiente A.P.A em 2011.Desde 1976 participa na vida política ativa como presidente e membro da Assembleia de Freguesia. Em 2017, foi eleito presidente de junta pela lista PSD/CDS, obtendo 325 votos em Ruivães, donde é natural e 78 na freguesia de Campos.

J.V.- Em ano de eleições autárquicas que ava­liação faz das obras realizadas neste mandato?

Manuel Pereira (M.P.)- O balanço é extremamente po­sitivo enaltecendo, so­bre­­tudo todo o apoio pres­ta­do às populações, quer com melhoramento das in­fraestruturas, quer como criação de equipamentos para a prática de exercício fí­­sico e diversão infantil, quer com a conservação de património e não menos im­portante, o apoio social, hu­manitário, cultural, edu­ca­ti­vo e de proximidade de al­guns serviços como atendi­mento permanente ao pú­bli­co e posto de recolha de análises clínicas.
Orgulhámo-nos imenso de ter sido parte da solução, quer com obras de me­­lhoramento, quer com financiamento, para que o Posto Avançado de Socorro de Ruivães se mantivesse ope­racional prestando to­tal auxilio às populações. Tal, também, só foi possível com o apoio dos Conse­lhos Diretivos dos Baldios de Zebral e Espindo, Mu­ni­cí­pio de Vieira do Minho e a própria Corporação dos Bombeiros.

JV- A realização dessas obras cumpriu o programa eleitoral? O que ficou por realizar?
M.P.- Podemos afirmar que o programa eleitoral vai ser cumprido quase na tota­li­­dade. Apenas não fica completo pela dependência da vontade de terceiros. O caso da aquisição de terreno para a construção de par­­que de estacionamento em Campos. No entanto, rea­lizamos outras obras em com­pensação, como a re­qua­­lificação dos passeios da parte antiga do cemitério de Campos e a paragem de autocarros em Campos.
Destacam-se também a exe­cução de outras obras e so­bretudo apoios que não cons­tavam no nosso Pro­gra­ma Eleitoral.

JV- Como tem sido o relacionamento da Junta de Freguesia com o Executivo camarário?
M.P.- O relacionamento com o Executivo Camarário não podia ser melhor. Houve sempre total colaboração e compreensão insti­tu­cio­nal. Esta total cooperação está refletida no cum­pri­mento do Programa Elei­to­ral e conjunturas que foram surgindo. Só assim se poderá prestar um serviço de responsabilidade às po­pu­lações.

JV- Quais as Associações e Instituições da freguesia que mereceram apoio da Junta?
M.P.- Temos várias Associações/Instituições na Uni­ão das Freguesias e todas elas foram correspon­didas sempre que pediram cola­bo­­ração. Logicamente, foram mais apoiadas aquelas de caráter social e humani­tá­rio, caso dos Bombeiros, Centro Social e de Saúde e CCLS. Entendemos que é um dever a cooperação, pois é para o bem comum das populações.

J.V.- A cerca de oito meses das eleições está no seu horizonte a recandi­datura?
M.P.- Neste momento ainda não decidimos, nem es­ta­mos preocupados. Es­ta­mos focados em cumprir o programa eleitoral e prestar o melhor serviço possível às populações neste tempo de pandemia. A seu tempo tomaremos uma decisão bem ponderada e certa­men­te consen­sual.

J.V.- Que mensagem quer deixar aos eleitores?
M.P.- Gostaríamos de dei­­xar uma mensagem de es­perança e de compromisso. Vivemos tempos difíceis, mas que certamente nos tornaram mais unidos. Haverá sempre por parte do Executivo o compromisso e responsabilidade a ajudar a ultrapassar estes tempos de pandemia. Este é o nosso principal foco neste momento, e não politiquices como estão a tentar usar. As­sumimos o compromisso e a responsabilidade pela qual fomos eleitos. É nesta ba­se que nos debatemos até ao fim deste mandato. Neste momento, está a decorrer o Plano de Vacinação. Gostaríamos de informar que a União de Freguesias de Ruivães e Campos em articulação com o Muni­cípio presta o serviço de trans­porte a todos os uten­tes, principalmente mais idosos, para a toma da vacina.
Para terminar gostaríamos de prestar homenagem a todos aqueles que es­tão envolvidos nesta luta con­tra a Pandemia e podem contar com este exe­cu­­­tivo para o que for necessário: Presidente da Junta: Manuel Pereira; Secretário: Jorge Filipe Pereira do Gago; Tesoureiro: Antó­nio Lajas Pereira.
Assembleia de freguesia: Presidente: Paula Maria Fernandes; 1º secretário: Jo­­ão Pires Pereira; 2.ª secretária: Silvina Azevedo Cerqueira; 3º Luís Miranda Alves.

2021-03-29


«Moradores “opõem-se firmemente” à passagem da linha de alta tensão»





A Associação de Preser­va­ção da Identidade da Freguesia de Campos (APIFC), e todos os moradores dos lu­gares de Campos, Lama­lon­­ga e Zebral, detentores do comércio local, casas de turismo, produtores de gado e outras associações locais “opõem-se firmemente à pas­sagem da linha de alta tensão pelo Corredor Norte, na área do Concelho de Vi­eira do Minho”, corredor este que está em fase de discussão pública.
Segundo esta associação, tal oposição deve-se a diversos factos que enumera e considera muito mais expressivos do que os factores que levaram a chumbar o Corredor Sul a ser su­bs­tituído pelo denominado Corredor Norte. Entre eles estão o Turismo e a Agricultura, onde, nos últimos anos, se fizeram “enormes investi­mentos com ajudas de fundos comunitários e ajudas de Estado”.
Em carta enviada ao Mi­nis­tro do Ambiente e da Tran­sição Energética, à Agência Portuguesa do Am­bi­ente e ao presidente do Conselho de Administração da REN, a APIFC, juntamente com os residentes da Uni­ão de freguesias de Rui­vães/Campos, propõem um percurso alternativo e de “me­nor impacto ambiental” ao chamado “Corredor Norte”.
Segundo os subscritores da proposta, há vários argumentos a favor da mudança desta linha de alta tensão. A freguesia de Campos tem duas aldeias classificadas como ALDEIAS DE PORTUGAL: a “Aldeia de Campos”, que foi distinguida com pré­mio de Boas Práticas Locais Para o Desenvolvimento Sus­tentável, atribuído pela Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local.
Entre os investimentos financeiros dos últimos anos naquela aldeia, destacam “a criação do Centro Inter­pre­­ta­­tivo de Campos, e a Re­­qua­­­lificação do seu Patri­mónio (Moinhos, Fornos Co­­munitários e Canastros), Zona da Quebrada (Minas de Vol­frâmio e Represa Fluvial), Ca­sas Particulares, Casas de Turismo, Comércio Local e várias Rotas (Ro­­ta do Pão e do Volfrâ­mio), razões sufi­ci­entes que justificam as pretensões dos seus habitantes”.
Para os habitantes de Cam­­pos, “a linha de alta tensão pode ser desviada para sul, evitando o desbaste do corredor florestal, o trilho pe­destre e a Rota do Vol­frâ­mio” que iria coincidir com o itinerário daquela linha.
Ainda segundo os defen­so­res desta alternativa, “es­tá em fase de preparação uma candidatura para a cons­­­trução do “Passadiço dos Moinhos de Campos”, com início junto à Ponte de Zebral, percorrendo o rio La­ge e os seus 29 moinhos, até à “ponte, submersa”, de Cas­telões. O início deste Pas­sadiço coincide com o cruzamento da linha de alta tensão junto à Ponte de Ze­bral que, certamente, porá em causa a realização do projeto.
Também a paisagem da Ser­ra da Cabreira, uma das principais atrações turísticas, tal como a fixação de pessoas nesta freguesia en­ve­­lhecida, tem de ser pre­ser­­vada. “Com a passagem desta linha de alta tensão esta paisagem irá desaparecer dando lugar a um es­tendal de fios em frente às janelas das nossas casas. Com o aparecimento da pan­demia tem havido procura de investimento e de fixa­ção das pessoas na freguesia pelo esplendor das aldeias e pela paisagem da Serra da Cabreira”, diz o co­mu­nicado.
“A Aldeia de Zebral terá co­­mo cartão de visita, a linha de alta tensão, já que o seu principal acesso irá ser percorrido por esta linha elé­ctri­ca de alta tensão”.
Neste lugar existem vários carvalhos centenários, um deles e o mais emble­má­ti­co levará com esta linha mesmo por cima. Os pro­prie­tários propuseram este Car­valho para Árvore Cen­te­nária Classificada, certamente uma atração turística.
A União das Freguesias de Ruivães e Campos já ex­primiu a vontade de levar à próxima Assembleia de Freguesia a proposta para classificar este Carvalho de Inte­resse Público.
Concluindo, todo o investimento e esforço feito, quer por autarquias, particulares e associações será desva­lo­­ri­zado. Lembramos que foram feitos enormes investimentos com ajudas de fundos comunitários e ajudas do Estado. Futuros projectos serão postos seriamente em causa levando à desistência e ao desin­cen­tivo. Grande parte da sus­ten­­ta­bilidade destes lugares de­ve-se ao turismo e cremos firmemente que este Corredor Norte [a ser levada à prá­tica] será o princípio do fim da decadência”, concluiu o comuni­cado daquela associação, enviado à nossa redacção.