terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Natal 2013 de Portugueses pelo Mundo

A necessidade de encontrar melhores condições de vida, sem que com isso tivéssemos e sei que somos muitos, esquecido o “cantinho” que nos viu nascer, muitos filhos da freguesia de Ruivães, concelho de Vieira do Minho, espalharam-se pelos mais variados cantos da rosa-dos-ventos, o que determinou que pontualmente o Natal de muitas famílias ainda que obedecendo tanto quanto possível a uma vincada tradição, se realize em locais diferentes dos das nossas origens!

Assim aconteceu há cerca de um quarto de século, na companhia da minha mãe e dos pais do meu cunhado, quando os levei de comboio até Paris para passar o Natal com a minha irmã Albina, cunhado Albino e filhos Carlos e Bruno. Este ano, não me sendo possível, infelizmente, ter por companheiros de viagem as pessoas que atrás refiro (já não estão entre nós), fiz-me ao caminho com a minha mulher e as minhas filhas para com os familiares aí residentes passarmos esta data festiva em fraterna comunhão.

Durante o dia 24 preparou-se tudo para o jantar de consoada, que começou por volta das 20 horas. Nos preparativos foi prestada especial atenção ás doçarias que, tradicionalmente constavam de rabanadas, aletria, mexidos, leite-creme, formigos, sonhos, pão-de-ló, bolo-rei, figos, uvas, passas, fatias-douradas, azevias...

As crianças (filhos do Custódio e Carmen e dos meus sobrinhos Carlos e Delfina), eram uma presença constante e barulhenta que emprestavam um ar festivo, com as suas brincadeiras e correrias. O Carlos e o Albino ajudavam as mulheres (D. Arlinda, Albina e Delfina), nas tarefas mais pesadas e tratavam das bebidas e dos aperitivos, enquanto eu, as minhas filhas e o Bruno localizávamos na saída da auto-estrada de uma das inúmeras portas do “Phréferique de Paris” o meu cunhado Arlindo que viajou da Suiça para nos fazer companhia neste jantar familiar.

Para um português, como manda a tradição natalícia do norte, na nossa consoada foi servido o bacalhau cozido e o polvo, acompanhados por couves portuguesas, batatas e ovos cozidos, tudo bem regado com azeite e servido um vinho tinto de excelente casta!

No entanto, os portugueses emigrantes (os meus familiares não foram exceção) têm adoptado como seus os sabores de outros países, servindo-os como petiscos a consumir. Foi o caso do champanhe, dos patés e foie-gras, das ostras, do camarão e do caviar, símbolo de opulência e bem viver que nos fará, segundo eles, entrar no Ano Novo de 2014 com o pé direito!

Durante o jantar, para além de outros familiares, lembramos os nossos conterrâneos que estão perto ou longe, os mais pobres, os mais sofredores da crise e aqueles que vão perdendo a esperança no Menino que sempre quer estar connosco, para todos um Santo Natal com promessas de Novo Ano melhor!

Por fim, veio o ritual das prendas, que nada tem a ver com a nossa tradição de há alguns anos. Outrora as prendas colocavam-se nos sapatos e tamancos junto à lareira e abriam-se pela manhã do dia 25. Hoje, espera-se pela meia-noite para se abrirem os presentes. Batidas as 12 badaladas, as crianças, sem conseguir conter a excitação, correram para junto dos presentes deixados pelo Menino Jesus, os quais entregues pelo Bruno, vestido de Pai Natal, rasgaram sofregamente os papéis dos embrulhos, na ânsia dos brinquedos novos!

Sendo o Natal sinónimo de reencontro da família, o qual têm um grande pendor religioso, no dia seguinte, não dispensei e a maior parte dos meus familiares, de assistirmos à missa solene do Natal na “Basilique du do Sacré-Coeur de Montmartre, présidée par Monseigneur Michel Aupetit, évêque auxiliaire”, para festejar o nascimento de Jesus.

A todos, saudações de Boas Festas!



Guilherme Gonçalves (Casa do Brás – Espindo)


(carregar nas fotografias para melhor visualização)




















































segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Torneio de truco na Botica

Sábado, 18 Janeiro 2014

Bom Ano para todos, por Amadeu Costa






«Bom ano Paulinho.
Não te vi em Ruivães e verdade que este ano foi terrível o tempo.
Abraço
»

Amadeu Costa

Casa de Amadeu César (vista do largo)



Carta de um velho amigo, por Paula Alves


Lisboa, 30 de Dezembro de 2013

Amigo Tempo,

Espero que esta missiva te encontre bem disposto e de boa saúde!
Deves estar a pensar há quantas luas não falas comigo, ora eu não te sei responder pois a me-mória já me falha mas como ainda sei escrever qualquer coisita, aqui te dedico estas letras em-bora reumáticas e cansadas.
Andas por aí, a passear nas curvas da aurora, a espreitar pelas esquinas, a lançar-me pragaspor que ainda cá ando mas não páras para me cumprimentar, nem para me dizer onde vais,nem por quê, pelo quê, sem mais quê.
Ontem adormeci no banco do jardim e ninguém me acordou quando caí adormecido. Nesta al-tura não há cidade, só silêncio e chuva.
Passaste por mim e não me disseste que estava a cair, sem destino num sono profundoa seguir à refeição esquecida. Despertei sem me conseguir levantar sozinho e felizmente láapareceu o Fortunato que me pegou como pôde, também ele coxo, trôpego e artrítico mas combom aparato sempre alguém repara e uma senhora simpática lá se dispôs para pegar nos doisvelhos tontos e colocá-los no seu lugar.
Bem te vi ali, claramente a rires-te na minha cara, a mostrar-me o quadro da minha infância, acorrer pelos campos atrás dos animais cheio de vigor e de uma força que não se sente no mús-culo, que não se sabe se é pouca, se muita, se sem medida, que apenas está lá na celeridadeda vida!
Pois bem, dizem que se passou o Natal e é hora de renovar votos para o novo ano.Que me dizes tu disso? Sabes bem que foste inventado para nos guiarmos e não cairmos dasbalizas da convenção para fora, vá-se lá o homem desorientar!... E agora, que planeias para onovo ano?
Não haja dúvida, estás velho, camarada, e eu, cá por mim, ainda não tenho votos para imagi-nar. Pensei que escrever a carta me ajudasse a desvendá-los. Queres dar uma ajudinha? Leva-me ou mantém-me mas caso queiras responder a esta carta, fá-lo só em 2014, que eu vou celebrar noutra dimensão ou no centro de dia!

Sempre teu, 

Um velho amigo.




Conto de Paula Alves, publicado no www.varaldobrasil.com, mais conretamente aqui http://pt.scribd.com/doc/186257469/Varal-No-26b-Dez-2013

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Quintã: Centro Social, Residência Paroquial e casa do Torgal



Moinho em Zebral (III)




Olá Paulo!

Como mesmo o não prometido é devido...

Aqui vai o dizer de Zebral ao amassar a massa do pão antes de esta ser posta a levedar:

(versão partilhada por Ana Alves Canela, de "Jandias")



São Vicente te acrescente

São Mamede te alevede

São José te ponha a mão

Deus te ponha a virtude

Que eu de mim fiz quanto pude



Feliz 2014 a todas e a todos!

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Passagem 2013-2014


Este ano que agora termina foi o ano em que passamos a barreira dos 1000 artigos num ano só. Foram 1420 artigos publicados este ano 2013! Para tal contamos com a ajuda de alguns ruivanenses que nos vão enviando artigos para publicação e que nos ajudaram a chegar a esse número e a passar a barreira dos 5000 artigos a que nos tínhamos proposto no final do ano.

Quanto às visitas que tivemos, mantemos a média de cerca de 100 visitas diárias, acompanham-nos 665 amigos através da rede social facebook (mais 219 do que no ano passado) e, assistiram aos nossos vídeos no canal youtube por 7496 vezes (mais 3196 do que no ano passado).

Para o ano 2014 contamos continuar com as actualizações diárias. No ano que agora vai começar 10 anos sobre a criação deste sítio, facto que será celebrado no dia 9 de Fevereiro. Estejam atentos a esse facto.

Fechamos o ano desejando que o ano que aí vem seja melhor do que o que agora termina.


Saudações ruivanenses

Estrada de Espindo




Decreto de 31 de Dezembro de 1853




(carregar nas imagens para melhor visualização)


No dia 31 de Dezembro de 2013 passam 160 anos sobre a extinção do Concelho de Ruivães. Nesse dia, em 1853, as freguesias de Ruivães e Campos transitaram para o concelho de Vieira do Minho e todas as outras (Cabril, Covelo do Gerês, Ferral, Pondras, Reigoso, Salto, Venda Nova, e Vila da Ponte) para o concelho de Montalegre.
A extinção do concelho de Ruivães decorreu no âmbito das reformas liberais do século XIX que se propuseram racionalizar a administração segundo o modelo francês de distrito, concelho e paróquias, onde os delegados do Governo (governador civil, administrador de concelho, regedor de paróquia) preponderavam sobre os corpos eleitos. Foram assim eliminadas a maior parte das câmaras municipais. De cerca de 816 em 1826, foram reduzidas para 373 em 1836 e em 1855 seriam apenas 284. Acabaram espaços de vida autónoma em comum e os centros de poder foram deslocalizados de uma povoação para outra.
Ruivães, que até então tinha sido sede de concelho com Carta de Foral de 27 de Julho de1363, perdia a sua importância administrativa. Conta-se que a esta extinção não foi alheia a morte do Capitão-Mor de Ruivães a 8 de Julho de 1832, a caminho do Gerês.
Neste ano que agora termina, as freguesias de Ruivães e Campos foram de novo sujeitas a uma reforma territorial administrativa que as agregou na nova União de Freguesias de Ruivães e Campos. Esta união continua a pertencer ao concelho de Vieira do Minho que no ano 2014 comemora os 500 anos do seu foral.

Paulo Miranda

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Caminho em Zebral, por Maria Leonilde Ferreira



Ponte do Caldeirão, por Maria Leonilde Ferreira



Zebral, por Maria Leonilde Ferreira



Vila




Pontilhão em Zebral, por Maria Leonilde Ferreira



s/t




Ribeiro em Zebral, por Maria Leonilde Ferreira



Zebral, por Maria Leonilde Ferreira



Zebral, por Maria Leonilde Ferreira




Zebral, por Maria Leonilde Ferreira




Festas de Ruivães (ainda)