sábado, 16 de fevereiro de 2019

«Vieira desvaloriza Ruivães»





Esta afirmação, sem ferir sus­ceptibilidades, tem a sua ra­­zão de ser, até porque fe­re os sentimentos dos rui­va­nenses que não gostam de ver a sua terra me­nospreza­da nos seus valores históricos e de identidade, menos ainda por quem tem obrigação de os defender. 
Um exemplo disso foi um ar­tigo publicado no Jornal de Vi­eira, na edição de 1 de De­zembro de 2018 na última pá­­­gina e destacado a azul, em que se faz uma resenha da “História do concelho de Vi­eira do Minho”. 
Aí se faz referencia às fre­guesias que integram o Con­celho, onde se valoriza as que estão agraciadas com “Carta de Foral”, mas no que toca a Ruivães, lamentavelmente não mereceu o mesmo tratamento. 
È frequente isso acontecer, não sei se trata de igno­rância ou má vontade, mas neste caso a omissão de Rui­vães como também de­ten­tor de Carta de Foral é imper­doá­­vel, tão só porque a esta vila foi concedida a que é a mais antiga do Concelho.
Efectivamente, em 27 de Ju­­­lho de 1363, D. Pedro I (O justiceiro), atribuiu a “Vi­lar de Va­cas” (assim se cha­ma­va Rui­vães à época), a sua Car­ta de Foral, por se tra­tar de um dos mais im­por­tantes Concelhos do Rei­no. Mas is­so, pelos vistos é de somenos importância para quem faz a história do Concelho de Vieira do Minho. 
Tanto assim, que em 2013, fez seiscentos e cin­quen­ta anos da concessão des­sa hon­ra para a vila de Rui­­vães, data propícia a co­me­­morar, mas tanto a Câ­ma­­ra quanto a Junta de Fre­gue­sia deixaram passar em claro essa efeméride sem uma alusãosi­nha que fosse. 
Outro exemplo; quem for à in­ternet e clicar o site da Câ­­­mara Municipal de Vieira do Minho, quando se busca as suas freguesias, ao chegar a Ruivães aí se afirma le­­vianamente que « as primeiras referências a Rui­vães, datam de 1426». 
«Erro crasso, sonhos meus, amor ardente!» Co­mo é possível a Ruivães ser atri­buída a Carta de Foral no sé­­cu­lo catorze, e a sua Câ­ma­ra Municipal lhe atribuir pri­mei­­ras referências no século seguinte? 
E não só! Convido os se­nho­­­res da Câmara de Vieira do Minho, a na internet cli­ca­­­­rem “Vias Romanas”, de se­gui­da “XVII via”, e pode­rão cons­­­tatar que no principio da era Cristã (pelo menos há dois mil anos), como aí se re­fe­re, a 35 milhas de “Brá­cara Au­­gusta”, mais ou menos a distância actual de Bra­ga a Rui­­vães, se situava uma po­vo­ação denomi­na­da “Outeiro do Vale”, nas pro­xi­mida­des de outro po­voa­do de no­me “Outeiro de São Mar­tinho, no mon­te de São Cris­tóvão”. 
Presumivelmente, esta sim é a primeira referência ao que é hoje Ruivães! 
Dessa via que cruzava Rui­­­vães, ainda hoje se con­ser­­va uma extensa calçada ro­­ma­na, tal como um dos ex-li­­bris da vila são os vestí­gios arqueológicos da outra po­voa­­ção no sítio também ain­da conhecido por “São Cristóvão”. 
Assim, sonegar centenas (mi­lhares) de anos a Rui­vães é ingrato, e para quem ama aquela terra dói muito ver as­sim menosprezada a sua iden­­tidade, mais ainda por quem tem a obrigação de a defender. 
O menosprezo vai mais lon­­­­ge no que a mim diz res­pei­to, porque em tempos en­viei à Câmara de Vieira e ao cuidado da Presidência um extenso processo, docu­men­­ta­do com alguns dados aqui referidos e com­ple­me­ntados com fotos retiradas da net, pa­ra que pelo menos o site fos­­­se re­tificado, mas.. como resposta, apenas recebi o re­ci­­bo do aviso de re­cepção. 
È comum dizer-se que a pa­ternidade falha quando se tem muitos filhos, e daí re­­sul­ta que uns são tratados co­mo filhos da mãe, outros co­mo enteados. 
Mas apesar do meu lame­n­­to, acredito em quem ge­re o nos­so Município, e te­­nho es­­pe­rança que se acabe por “dar a César o que é de Cé­sar”. 
As minhas saudações a to­­­dos os ruivanenses, amem profundamente a vos­­sa terra que tem tanto de be­la quanto de histórica e importante.
Manuel Joaquim F. Barros
2019-02-13

Vale (2019)




Vale




segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Tanque de Ruivães (2019)




«Ruivães: Visitada pelo Executivo Municipal»



Retirada d' O Jornal de Vieira nº 1077 de 1 de Fevereiro de 2019.

O programa de visitas às freguesias do Concelho pe­lo Executivo Municipal de Vi­eira do Minho, voltou a cumprir-se, em 17 de Janeiro, com a deslocação dos au­­tar­­­cas à União de Fre­gue­­sias de Ruivães e Campos. 
Como habitualmente acon­­­­tece, a mesma integrou um percurso pelas re­fe­ridas fre­guesias com o contacto com a população local, sina­li­zando e identificando as ne­cessidades prio­ritárias ao ní­­vel de in­ves­timento e obras a realizar, no curto e mé­­dio prazo.
Na presença do Executivo da Junta da União das fre­­guesias de Ruivães e Campos, o presidente do Mu­­­ni­cí­­pio, António Cardoso, aper­­­­­cebeu-se da necessidade de realização de algumas obras nas duas localidades, tendo sido constatadas as se­guintes prioridades: con­clu­são da obra da Capela Mor­­tuária de Ruivães; con­clu­são do alargamento da es­­trada de ligação a Campos; pavimentação do ca­mi­nho que liga o cemitério ao lu­­­­gar de Lamalonga; pavimentação da Rua e Tra­ves­sa das Pedras Quebradas no lugar de Botica; re­qua­li­fi­cação do adro da Igre­ja Ma­triz de Ruivães e requali­fi­cação do campo de jogos e balneários de Rui­vães.

Ribeira de Chedas




sábado, 9 de fevereiro de 2019

Ribeira de Chedas




15º aniversário



(carregar na imagem para maior visualização)


Há 15 anos atrás foi assim pela noite dentro que iniciamos este projecto "Vila de Ruivães". Fomos andando devagarinho e ao longo destes 15 anos já publicamos perto de doze mil artigos (11.629) entre fotografias novas e antigas, actualidade e lembranças de antigamente, material próprio e contributos de muitos ruivanenses e amigos de Ruivães que engrandeceram e muito esta página. Como se disse muitas vezes - e nunca é de mais repetir - esta página é de todos os que gostam de Ruivães, feita por eles e para eles. 
Hoje assinalamos a data com a alteração da imagem de fundo, para esta que dá corpo a este artigo. 
Continuamos...