terça-feira, 9 de março de 2021

sábado, 6 de março de 2021

Pelourinho de Ruivães - Talefe

 



Hoje de manhã desde o Pelourinho de Ruivães, Santo Amaro, Corneda, Botica, Campos, Ponte Românica de Campos, Lameira, Alto Trovão, Nascente do Ave, Talefe, Chã de Prado, Portela, Ponte do Poldro, Espindo, Ponte de Ruivães, Roca, e Pelourinho novamente. 26 km.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

“Ruivanês”!

 


“Ruivanês”!

           

Tenho o pressentimento de que quanto mais avanço na idade, mais me vem à lembrança a minha infância, toda ela vivida em Rui­vães, e o meu coração trans­borda com essa evocação.
Um dia parti, ainda ra­pazinho, trocando a vida de aldeia pela grande urbe, e muito me custou adaptar nalguns aspectos, sendo o mais dificil o sotaque tipicamente minhoto que era mo­ti­vo de chacota.


Carregava nos “esses”, tro­­cava os “vês” pelos “bês”, tudo que envolvia o “che” era bem carregado.
Os anos passaram, e aos poucos acabei por me integrar linguisticamente, tal co­mo noutras situações.
Agora, vem-me à lembrança a linguagem com que aprendi a falar em Rui­vães, e nem mesmo ao frequentar a escola se como é natural corrigi muita coisa, o sotaque permaneceu e acompanhou-me por muitos anos.
Era de facto uma linguagem estranha, e se hoje se empregassem a maioria des­ses termos, estas últimas gerações não perceberiam patavina.
Pena é, que nenhuma en­ti­dade tenha tido o cuidado de elaborar um registo desse pseudo dialeto, tal como do cancioneiro, de usos e costumes e outros elementos identificativos de uma região e de um povo, e assim se perde um patrimonio histórico e moral que devia ser preservado.
Essas falas, estou em crer que em parte se devem à proximidade da Galicia, porque alguns sinonimos e terminologias de palavras, são comuns ao galego. Prova disso, numa das minhas idas à Galicia, levei um ras­panete em Orense quan­­do me expressei em caste­lha­no (que domino bem) e o su­geito ao topar que eu era por­tuguês, disse-me meio ofendido em “portugalego”:
- Amigo; aqui na Galicia se é português fale em por­tu­guês! Entendemo-lo melhor do que em castelhano.
Aprendi a lição, e vejamos alguns exemplos de ori­gem galega que em Rui­vães empregavamos; “Ca­chi­­­cha” (porcaria), “chi­cha” (car­­ne), “guicho” (esperto), “tri­­lhar” (magoar), “quilhar” (tra­mar), “assistar” (saltar, do tipo «uma fulme­ga as­sis­tou-me para o olho»)”. Mais ain­da, “es­ca­bichar” (raspar), “es­car­rachar” (abrir as per­­nas com uma que­da), “pin­char” (saltar), “espichar” (sal­­picar”), “ati­lho” (fio), “en­ga­ranhar” (mãos parali­za­­das pelo frio), “esbugalhar” (ar­­regalar os olhos), “car­ra­nha” e “moncos” (ranho), etc.
Outras palavras eram pro­nunciadas que hoje não se utilizam, como “cisco” (im­pureza na vista), “bulha” (confronto de porrada), “be­gueiro” (burro), “esga­çar” (es­forçar), “arremedar” (imitar gozando), etc.
A estas expressões e terminologia de fala na nossa vila, porque não considerá-las um dialeto local a que por exemplo poderiamos chamar “ruivanês”.
E termino com uma expressão 100% espanhola, mas que muito se utilizava em Ruivães no meu tempo. - “Canté!...” (Oxalá!...)
Manuel Joaquim F. Barros
2021-01-29


domingo, 7 de fevereiro de 2021

Gentes de Zebral (2013)

 



Passagem dos Alvoradas da Cabreira pela Festa de S. Pedro em Zebral, no ano 2013. Na primeira fotografia - recortada desta - o Sr. António Gonçalves de Campos, que faleceu ontem.

s/t