segunda-feira, 22 de março de 2021
domingo, 21 de março de 2021
quinta-feira, 18 de março de 2021
quarta-feira, 17 de março de 2021
terça-feira, 16 de março de 2021
segunda-feira, 15 de março de 2021
domingo, 14 de março de 2021
quarta-feira, 10 de março de 2021
terça-feira, 9 de março de 2021
«26º Aniversário da Secção de Ruivães da AHBVVM»
«A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vieira do Minho está novamente de parabéns, desta vez para comemorar o 26º aniversário da Secção de Ruivães dos Bombeiros Voluntários de Vieira do Minho.»
Reportagem da Vieira do Minho TV, retirada daqui.
domingo, 7 de março de 2021
sábado, 6 de março de 2021
Pelourinho de Ruivães - Talefe
Hoje de manhã desde o Pelourinho de Ruivães, Santo Amaro, Corneda, Botica, Campos, Ponte Românica de Campos, Lameira, Alto Trovão, Nascente do Ave, Talefe, Chã de Prado, Portela, Ponte do Poldro, Espindo, Ponte de Ruivães, Roca, e Pelourinho novamente. 26 km.
sexta-feira, 5 de março de 2021
terça-feira, 2 de março de 2021
domingo, 28 de fevereiro de 2021
Fevereiro 2021
Apresentação com algumas das fotografias publicadas durante o mês de Fevereiro que agora termina.
sábado, 27 de fevereiro de 2021
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
“Ruivanês”!
“Ruivanês”!
Tenho o pressentimento de que quanto mais avanço na idade, mais me vem à lembrança a minha infância, toda ela vivida em Ruivães, e o meu coração transborda com essa evocação.
Um dia parti, ainda rapazinho, trocando a vida de aldeia pela grande urbe, e muito me custou adaptar nalguns aspectos, sendo o mais dificil o sotaque tipicamente minhoto que era motivo de chacota.
Carregava nos “esses”, trocava os “vês” pelos “bês”, tudo que envolvia o “che” era bem carregado.
Os anos passaram, e aos poucos acabei por me integrar linguisticamente, tal como noutras situações.
Agora, vem-me à lembrança a linguagem com que aprendi a falar em Ruivães, e nem mesmo ao frequentar a escola se como é natural corrigi muita coisa, o sotaque permaneceu e acompanhou-me por muitos anos.
Era de facto uma linguagem estranha, e se hoje se empregassem a maioria desses termos, estas últimas gerações não perceberiam patavina.
Pena é, que nenhuma entidade tenha tido o cuidado de elaborar um registo desse pseudo dialeto, tal como do cancioneiro, de usos e costumes e outros elementos identificativos de uma região e de um povo, e assim se perde um patrimonio histórico e moral que devia ser preservado.
Essas falas, estou em crer que em parte se devem à proximidade da Galicia, porque alguns sinonimos e terminologias de palavras, são comuns ao galego. Prova disso, numa das minhas idas à Galicia, levei um raspanete em Orense quando me expressei em castelhano (que domino bem) e o sugeito ao topar que eu era português, disse-me meio ofendido em “portugalego”:
- Amigo; aqui na Galicia se é português fale em português! Entendemo-lo melhor do que em castelhano.
Aprendi a lição, e vejamos alguns exemplos de origem galega que em Ruivães empregavamos; “Cachicha” (porcaria), “chicha” (carne), “guicho” (esperto), “trilhar” (magoar), “quilhar” (tramar), “assistar” (saltar, do tipo «uma fulmega assistou-me para o olho»)”. Mais ainda, “escabichar” (raspar), “escarrachar” (abrir as pernas com uma queda), “pinchar” (saltar), “espichar” (salpicar”), “atilho” (fio), “engaranhar” (mãos paralizadas pelo frio), “esbugalhar” (arregalar os olhos), “carranha” e “moncos” (ranho), etc.
Outras palavras eram pronunciadas que hoje não se utilizam, como “cisco” (impureza na vista), “bulha” (confronto de porrada), “begueiro” (burro), “esgaçar” (esforçar), “arremedar” (imitar gozando), etc.
A estas expressões e terminologia de fala na nossa vila, porque não considerá-las um dialeto local a que por exemplo poderiamos chamar “ruivanês”.
E termino com uma expressão 100% espanhola, mas que muito se utilizava em Ruivães no meu tempo. - “Canté!...” (Oxalá!...)
Os anos passaram, e aos poucos acabei por me integrar linguisticamente, tal como noutras situações.
Agora, vem-me à lembrança a linguagem com que aprendi a falar em Ruivães, e nem mesmo ao frequentar a escola se como é natural corrigi muita coisa, o sotaque permaneceu e acompanhou-me por muitos anos.
Era de facto uma linguagem estranha, e se hoje se empregassem a maioria desses termos, estas últimas gerações não perceberiam patavina.
Pena é, que nenhuma entidade tenha tido o cuidado de elaborar um registo desse pseudo dialeto, tal como do cancioneiro, de usos e costumes e outros elementos identificativos de uma região e de um povo, e assim se perde um patrimonio histórico e moral que devia ser preservado.
Essas falas, estou em crer que em parte se devem à proximidade da Galicia, porque alguns sinonimos e terminologias de palavras, são comuns ao galego. Prova disso, numa das minhas idas à Galicia, levei um raspanete em Orense quando me expressei em castelhano (que domino bem) e o sugeito ao topar que eu era português, disse-me meio ofendido em “portugalego”:
- Amigo; aqui na Galicia se é português fale em português! Entendemo-lo melhor do que em castelhano.
Aprendi a lição, e vejamos alguns exemplos de origem galega que em Ruivães empregavamos; “Cachicha” (porcaria), “chicha” (carne), “guicho” (esperto), “trilhar” (magoar), “quilhar” (tramar), “assistar” (saltar, do tipo «uma fulmega assistou-me para o olho»)”. Mais ainda, “escabichar” (raspar), “escarrachar” (abrir as pernas com uma queda), “pinchar” (saltar), “espichar” (salpicar”), “atilho” (fio), “engaranhar” (mãos paralizadas pelo frio), “esbugalhar” (arregalar os olhos), “carranha” e “moncos” (ranho), etc.
Outras palavras eram pronunciadas que hoje não se utilizam, como “cisco” (impureza na vista), “bulha” (confronto de porrada), “begueiro” (burro), “esgaçar” (esforçar), “arremedar” (imitar gozando), etc.
A estas expressões e terminologia de fala na nossa vila, porque não considerá-las um dialeto local a que por exemplo poderiamos chamar “ruivanês”.
E termino com uma expressão 100% espanhola, mas que muito se utilizava em Ruivães no meu tempo. - “Canté!...” (Oxalá!...)
Manuel Joaquim F. Barros
2021-01-29
2021-01-29
terça-feira, 23 de fevereiro de 2021
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