sexta-feira, 15 de novembro de 2013
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Acidente em túnel de Vieira do Minho faz dois mortos e cinco feridos
O acidente num túnel da EPD perto de Ruivães, Vieira do Minho, matou duas pessoas e fez cinco feridos, um dos quais se encontra em estado grave. As operações de socorro já foram dadas por concluídas, informou o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.
O túnel, de 4,5 quilómetros de comprimento, servia para acesso à Central Hidroeléctrica Venda Nova II e fica situado entre as albufeiras de Venda Nova e Salamonde, no concelho de Vieira do Minho.
Segundo Freitas Costa, engenheiro da EDP, uma concentração de pedras estaria a acumular água no tecto do túnel, onde se estava a abrir uma chaminé de respiração. Os homens apanhados pelo desmoronamento, que ocorreu por volta das 19h30, eram precisamente técnicos destacados pelo consórcio construtor (Somague e M.F.F.) para acompanhar a execução do furo. Freitas Costa assume que a operação era delicada, “arriscada” até, mas afiança que tinha sido previamente delineado um plano de segurança.
O acidente matou dois homens, ambos naturais de Montalegre: Armindo Gonçalves, de 65 anos, encarregado de obra e residente na freguesia de Vila Nova; e Manuel Silva, de 50 anos, técnico de segurança e morador na freguesia de Venda Nova.
Com a garantia de que não se encontrava qualquer outro trabalhador no local, as operações de socorro chegaram ao fim já esta madrugada com a retirada do segundo cadáver, uma operação complexa na qual os técnicos foram auxiliados por 12 bombeiros.
Entre os feridos, o caso mais grave é o de um engenheiro de 47 anos que se encontra ainda internado na Unidade de Cuidados Intermédios do Hospital de S. Marcos, em Braga. A chefe de equipa do hospital, Maria Sameiro Ferreira, explicou que este "é um doente poli-traumatizado, com um contusão cerebral e num quadro que obriga a vigilância completa, embora já não corra perigo de vida".
O outro ferido ainda internado, uma mulher com cerca de 35 anos, "já está numa situação estabilizada, que não oferece preocupações", adiantou a responsável. "A senhora foi sujeita a uma cirurgia ortopédica aos membros inferiores e foi transferida para o serviço de ortopedia, que agora acompanhará o seu estado", acrescentou a clínica.
Engenheiros absolvidos da morte de trabalhadores
As duas vítimas estavam a trabalhar na obra de um túnel, em Vieira do Minho
O Tribunal Judicial de Vieira do Minho absolveu esta quarta-feira os dois engenheiros que eram acusados pelo Ministério Público de responsáveis pela morte de dois trabalhadores na obra de um túnel, naquele concelho.
«A parte criminal naufraga por falta de factos», referiu o juiz presidente do colectivo, noticia a agência Lusa.
O tribunal considerou que a perigosidade daqueles trabalhos «não tem discussão» e que «restam fundadas dúvidas sobre as causas do acidente».
Sublinhou ainda que a obra «era muito complexa, excepcional, com caraterísticas únicas», pelo que, perante as novas questões que foi suscitando, os próprios arguidos se viram transformados «em meros aprendizes».
O acidente ocorreu a três de Maio de 2003, durante a construção de túnel da EDP, com 4,5 quilómetros de comprimento, para acesso à central hidroeléctrica Venda Nova II.
Na altura, tentava-se proceder à remoção das pedras e da água que se haviam acumulado na chaminé de respiro do túnel, com 409 metros de altura e cinco de diâmetro.
Registou-se um desmoronamento, que apanhou sete trabalhadores, dois dos quais morreram soterrados.
Segundo a acusação, na chaminé estariam acumuladas toneladas de escombros, entre pedras e água.
«Qualquer pessoa avisada sabe que aquilo é um perigo iminente», alegou Gomes Rebelo, um dos advogados de acusação.
No entanto, o tribunal considerou que os escombros desmoronaram «de forma altamente imprevisível», tendo-se registado um refluxo que chegou a 57 metros a montante, atingindo os trabalhadores que estavam num ponto elevado e, em princípio, seguro.
Os dois engenheiros, que pertenciam ao consórcio construtor do túnel, eram acusados do crime de infracção de regras de construção.
Um deles também ficou ferido no desmoronamento, o que ajudou o tribunal a fundamentar a convicção de que foi um «fenómeno invulgar».
A defesa pediu a absolvição, considerando que aquele crime «é uma norma penal em branco», já que «não há um enquadramento normativo que determine como se deve proceder» naquele caso, até porque se tratava «da primeira obra do género» em Portugal.
Durante o julgamento, a grande questão foi tentar definir a altura da água que estaria acumulada dentro da chaminé, por cima das pedras.
Técnicos da EDP admitiram que haveria água com uma altura de 100 metros, o Instituto de desenvolvimento e inspecção das Condições de Trabalho (IDICT) falou em 236 metros, a defesa apontou para 30 a 40 metros.
Em tribunal, a EDP alegou que tinha ficado estabelecido que os trabalhos de limpeza da chaminé só avançariam se a altura da água não fosse superior a cinco metros.
Para a defesa, esta foi a forma encontrada pela empresa pública de electricidade para «sacudir a água do capote» e passar a culpa para o consórcio construtor.
«É uma história inventada a posteriori», sustentou a defesa, para alegar que «não há qualquer fundamento para a condenação» dos arguidos.
Neste processo, foram ainda fixadas indemnizações às famílias de três vítimas, a pagar pela companhia de seguros, nos valores de 90 mil, 10 mil e oito mil euros.
Retirado daqui:
Engenheiros responsáveis por acidente em túnel conhecem sentença a 23 de Novembro (2011)
Publicado em 2011-11-16 | Jornal de Notícias | retirado daqui
O Tribunal Judicial de Vieira do Minho marcou, esta quarta-feira, a leitura da sentença de dois engenheiros acusados de serem os responsáveis pela morte de dois trabalhadores na obra de um túnel para 23 de Novembro.
Os advogados de acusação basearam-se em relatórios periciais, nomeadamente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), para pedir a condenação dos arguidos, alegando que eles, como responsáveis directos pelos trabalhos no terreno, "não fizeram uma avaliação correta dos riscos" e "não tiveram o cuidado necessário".
O acidente ocorreu dia três de Maio de 2003, durante a construção de túnel da EDP, com 4,5 quilómetros de comprimento, para acesso à central hidroeléctrica Venda Nova II.
Na tentativa de proceder à remoção das pedras e da água que se haviam acumulado na chaminé de respiro do túnel, com 400 metros de altura e cinco de diâmetro, registou-se um desmoronamento, que apanhou sete trabalhadores, dois quais morreram soterrados.
"A chaminé tinha milhões de toneladas suspensas, qualquer pessoa avisada sabe que aquilo é um perigo iminente. Portanto, há responsáveis", alegou Gomes Rebelo.
A defesa pediu a absolvição, considerando que aquele crime "é uma norma penal em branco", já que "não há um enquadramento normativo que determine como se deve proceder" naquele caso, até porque se tratava "da primeira obra do género" em Portugal.
Os dois arguidos são engenheiros do consórcio construtor, mas a defesa, através de Luís Marçal, disse que quem deveria estar a ser julgado era a EDP, dona da obra.
Durante o julgamento, a grande questão foi tentar definir a altura da água que estaria acumulada dentro da chaminé, por cima das pedras. Técnicos da EDP admitiram que haveria água com uma altura de 100 metros, o Instituto de desenvolvimento e inspecção das Condições de Trabalho (IDICT) falou em 236 metros, a defesa apontou para 30 a 40 metros.
Em tribunal, a EDP alegou que tinha ficado estabelecido que os trabalhos de limpeza da chaminé só avançariam se a altura da água não fosse superior a cinco metros.
Para a defesa, esta foi a forma encontrada pela empresa pública de electricidade para "sacudir a água do capote" e passar a culpa para o consórcio construtor. "É uma história inventada a posteriori", sustentou a defesa, para alegar que "não há qualquer fundamento para a condenação" dos arguidos.
Colocação do "caracol" do Grupo II

Central de Venda Nova III (Frades II). Colocação do "caracol" do Grupo II. Foto de Sérgio Ferreira (Outubro de 2013)
Retirado da página da empresa Reforço de Potência da Barragem da Venda Nova III, ACE na rede social facebook.
Brochura da Obra de Venda Nova III



Retirado da página da empresa Reforço de Potência da Barragem da Venda Nova III, ACE na rede social facebook.
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Ontem desci à ponte de pedra!...
Ontem desci à ponte de
pedra pelo velho caminho de Vale, Buraca abaixo. As pernas foram-se moldando às
irregularidades da calçada, sempre com preocupação de um solavanco maior, ou de
uma escorregadela numa pedra mais lisa ou numa outra solta. Serpenteei pelos
espaços deixados livres pela vegetação. Curvei-me sob as silvas que procuram
conquistar o espaço do caminho e apreciei, languidamente, a rudeza do acesso, dos
montes e campos, e meditei o quão agreste foi a vida daqueles que construíram
caminhos e muros, amansaram courelas e marcaram as pedras da calçada ao longo
das gerações, com sangue, suor e lágrimas!..
Lá cheguei eu à ponte.
Ali estava ela, como sempre esteve desde que a engenharia humana, por
necessidade de comunicação e circulação, enobreceu as duas margens do
Saltadouro com tão bela obra e as uniu. Parei ao meio do tabuleiro e
direccionei o meu olhar para jusante, mais precisamente para o “poço negro”.
Ali fiquei a meditar e recuei os meus pensamentos ao tempo de meninice. Aquela
ponte, de lajes nuas no tabuleiro, guardas laterais em todo o seu comprimento,
limpa de heras e outros arbustos… Lá no fundo, as águas límpidas do rio
alimentavam o poço negro, onde crianças e adultos em agitação usufruíam da
frescura daquele espaço, ora procurando o melhor e mais alto penedo para um bom
mergulho, ora gozando o Sol de uma tarde de Verão. Ali estava eu, também
despido de preconceitos, à procura de um elogio sobre a minha arte de nadador. Pela
memória passaram-me inúmeras recordações
de companheiros de brincadeira!...
Ao fim de algum tempo
direccionei o olhar para montante, na direcção do velho moinho do “Bárbara”.
Ali estavam aquelas mulheres, de pernas metidas na água até aos joelhos,
debruçadas sobre as pedras do rio, ora centrando a atenção na roupa que lavavam
da prole, ora olhando na direcção do poço negro preocupadas com algum petiz.
Cobrindo o verde dos amieiros a brancura da roupa lavada e sobre as rochas a
roupa a corar ao sol. Mais acima, o rebanho de ovelhas que percorria o leito à
procura do carriço fresco.
Acordei do sonho. A ponte
ali estava com as lajes do tabuleiro
cobertas por espessa camada de terra e pedras para ali arrastadas pelas chuvas;
as gateiras para escoamento das águas tapadas com cimento que cobre tubos de
águas particulares; as guardas laterais incompletas; as heras que se entranham
na estrutura e cobrem a sua beleza, e o
medronheiro que perfura com as raízes as suas entranhas e abalam a obra de
engenharia humana. Ali estava a ponte, em processo de classificação, abandonada…
Rumei em direcção a
Ruivães e percorri parte daquela que foi a XVII via romana. Lá estão, bem
vincadas nas pedras da calçada, as marcas dos ferros dos rodados em testemunho
de vidas passadas de trabalho, de luta, de espírito de sacrifício e ensinamentos
para hoje e amanha!..
Por aqui me fico.
Vale, 2013.11.09
Fernando Araújo da
Silva
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Interrupção
Desde há uns dias que o acesso ao nosso sítio "Vila de Ruivães" não está acessível, devendo-se tal facto à renovação do domínio/endereço que utilizamos (www.ruivaes.com).
Neste momento estamos em fase de validação da renovação do domínio, pelo que contamos que em breve o acesso esteja novamente disponível, sem poder precisar quanto tempo a mesma demorará.
A todos quantos nos enviaram mensagens, obrigado pela vossa compreensão.
saudações ruivanenses,
domingo, 10 de novembro de 2013
sábado, 9 de novembro de 2013
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
terça-feira, 5 de novembro de 2013
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