domingo, 26 de fevereiro de 2017

Ponte de Ruivães

Traves

«Domingo Gordo»


Após o Sábado filhoeiro vem o Domingo Gordo. É dia de fartura. (…) Em todo o Barroso este dia é dia dos pastores. Têm comida melhorada e festa.
Nas igrejas este é o dia das carnes que todos os devotos levam aos santinhos da sua devoção para arrematar. Na maioria das vezes oferecem orelheiras ou parte delas a Santo António, para guardar os outros porcos de doenças mortais. Por vezes oferecem um leitão de mês, chouriças, frangos, bicas e broas de pão de centeio e milho. As almas também são presenteadas nesse dia e outros ao longo do ano. Ao fim da Missa o sacristão no adro em cima do muro ou à porta da igreja leiloa todas as ofertas e ao fim de apregoar os maiores lenços se vê que ninguém dá mais termina dizendo: dou-lhe uma, dou-lhe duas e por fim dou-lhe três, e está entregue o objecto arrematado, que pode ser pago na hora ou ficar apontado no livro das contas. Quando há uma porca para parir, os donos costumam prometer um leitão a Santo António se todos vierem salvos.
A parte mais rica e variada deste dia é pela tarde. Depois de um lauto almoço, a que nós chamamos jantar, que meteu orelheira afumada e caldo com muita gordura de cozer todas as carnes e a orelheira do porco, vestem-se os caretos, e joga-se o galo, ao cair da tarde.

Retirado do livro “Etnografia Transmontana - Crenças e Tradições de Barroso”, de António Lourenço Fontes.

Para ver mais excertos deste livro referidas nesta página, carregar aquiaqui e aqui.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Parque de lazer do Traves

«Os Caretos do Entrudo»


No Domingo Gordo e dia de Carnaval a que nós chamamos simplesmente Entrudo, rapazes, raparigas, homens, mulheres e crianças todos saem para a rua mascarados, com a cara tapada, com roupas velhas ou novas a disfarçar, o mais possível, para ninguém conhecer as pessoas. Os homens vestem de mulheres e estas de homens. Uns vão de bonitos, outros de velho e feios.
(…)
Os rapazes atiram bombas de estourar e rabear às pernas das moças novas.
Os caretos trajam com croças de palha, chapéus velhos, rotos, peles caseiras de cabra, odres de farinha, mantas velhas, etc. Vestem-se de soldados, frazem-se aleijados, coxos, cegos, burssos, mudos. Levam paus para se defenderem de atrevidos, que os rodeiam para tentar saber quem são. Formam-se barulhos grandes, em várias aldeias, com estes motivos. Os que levam paus batem nas pessoas, nas crianças, que fogem dos caretos como os lobos da luz. Embora ninguém deva levar a mal estas coisas, nem sempre se evitam certos dissabores nestes dias.
(…)


Retirado do livro “Etnografia Transmontana - Crenças e Tradições de Barroso”, de António Lourenço Fontes.

Para ver mais excertos deste livro referidas nesta página, carregar aqui e aqui.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Rua dos Muros

«Empreendedorismo e as actividades profissionais ao longo dos anos»




Retirado d' O Jornal de Vieira, edições nº 1031 e 1032 de 1 e 15 de Fevereiro, respectivamente.

Meia Maratona de Braga, por Guilherme Gonçalves











12.02.2017: Meia Maratona de Braga
Depois de mais de oito dezenas de meias maratonas concluídas, vi gorada a participação da 1.ª Meia Maratona da Cidade de Braga em 2016, por motivo de uma cirurgia a que tive de me submeter!
Este ano, com poucos treinos e ainda com algumas lesões pelo meio, não quis deixar passar a oportunidade de nesta cidade, a minha cidade, concluir a minha 84.ª Meia Maratona, a 2.ª edição da Meia Maratona de Braga.
A par de mim, a MMB, contou com muitos bracarenses que decidiram sair à rua e desafiar a chuva, o vento e o frio que não nos abandonou durante toda a manhã.
Esta não foi uma Meia-Maratona fácil. Nada fácil, mesmo. Além das condições meteorológicas adversas, o percurso para principiantes também me pareceu exigente! "Para a próxima será melhor!" Era isto que ouvia aos estreantes à chegada? Que grande lição de determinação e de força de vontade. Todos nós, os mais experientes lembramos das dificuldades e dos sacrifícios que passámos na primeira Meia Maratona. Mas esta demonstração de determinação no meio de tantas adversidades é, no mínimo, exemplar e inspiradora!
Obrigado a todos, companheiros de "aventuras", que motivam e incentivam a irmos mais longe e mais rápido!
Guilherme Gonçalves

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Arvoredo

Do mesmo ponto onde foi tirada a fotografia anterior, o arvoredo da outra margem que quase cobre a estrada nacional. Lá no alto, algumas casas do lugar da Picota.

Pinheiro