terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Decreto de 31 de Dezembro de 1853




(carregar nas imagens para melhor visualização)


No dia 31 de Dezembro de 2013 passam 160 anos sobre a extinção do Concelho de Ruivães. Nesse dia, em 1853, as freguesias de Ruivães e Campos transitaram para o concelho de Vieira do Minho e todas as outras (Cabril, Covelo do Gerês, Ferral, Pondras, Reigoso, Salto, Venda Nova, e Vila da Ponte) para o concelho de Montalegre.
A extinção do concelho de Ruivães decorreu no âmbito das reformas liberais do século XIX que se propuseram racionalizar a administração segundo o modelo francês de distrito, concelho e paróquias, onde os delegados do Governo (governador civil, administrador de concelho, regedor de paróquia) preponderavam sobre os corpos eleitos. Foram assim eliminadas a maior parte das câmaras municipais. De cerca de 816 em 1826, foram reduzidas para 373 em 1836 e em 1855 seriam apenas 284. Acabaram espaços de vida autónoma em comum e os centros de poder foram deslocalizados de uma povoação para outra.
Ruivães, que até então tinha sido sede de concelho com Carta de Foral de 27 de Julho de1363, perdia a sua importância administrativa. Conta-se que a esta extinção não foi alheia a morte do Capitão-Mor de Ruivães a 8 de Julho de 1832, a caminho do Gerês.
Neste ano que agora termina, as freguesias de Ruivães e Campos foram de novo sujeitas a uma reforma territorial administrativa que as agregou na nova União de Freguesias de Ruivães e Campos. Esta união continua a pertencer ao concelho de Vieira do Minho que no ano 2014 comemora os 500 anos do seu foral.

Paulo Miranda

2 comentários:

Anónimo disse...

Já me tinha lembrado desta efeméride que tanto prejudicou Ruivães.
Como se refere no texto, foram muitos os concelhos extintos, um pouco à maneira do que foi feito muito recentemente, e que deu mais uma machadada nas zonas do interior.
Quem se governa, desgovernando-nos, está sentado no Terreiro do Paço ou noutro qualquer lugar muito confortável, ignorando - ou fingindo ignorar - as realidades do país.
Seria muito bom que, em vez de agruparem freguesias e coisas do género, por exemplo reduzissem o número de deputados, que só servem para onerar os bolsos cada mais vazios do pobre contribuinte que tem que pagar a esses indivíduos que nada produzem.
Mas o clientelismo partidocrático obriga a muita malfeitoria e é sempre o povo quem paga.
Hoje, tal como ontem, os pequenos são sempre espezinhados e engolidos pelos grandes tubarões.
Muitas vezes me interrogo se esta democracia par(a)lamentar é governo do povo ou é governo do demo, isto é, do demónio... e chego à conclusão que ela é demoníaca: legalização do aborto; casamento entre homossexuais; corrupção; compadrio; escândalos abafados, etc.
Mas tem havido um crime ainda maior do que estes: o roubarem aos portugueses o nome de Deus, para que o povo adore deuses menores, feitos à imagem e semelhança daqueles que os inventam sob diversas formas, sempre maldosas:
novelas e outros entretenimentos sujos que aviltam o homem; manipulação da informação; ridicularizarem o Sagrado, etc.
E depois choram lágrimas de crocodilo, dizendo que a sociedade é assim e doutra maneira... escondendo sempre a verdadeira razão da nossa pobreza espiritual.
Ruivanense Adoptivo

Anónimo disse...

Documento valioso e de importância incalculável!! Obrigada pela partilha deste informação.
Obrigada pelo muito bom trabalho que vais fazendo e que por todos é reconhecido como de grande importância para a divulgação da nossa "Vila" de Ruivães!
Votos de um excelente ano e continuação de bom trabalho.
Ana Miranda Duarte