Vulgarmente, define-se bombeiro como a pessoa que tem por missão a extinção de incêndios e que auxilia todos aqueles que foram vítimas de acidentes.
A verdade é que este é o seu trabalho, mas a definição parece ser redutora, quando muitos destes homens e mulheres colocam em risco a sua vida em benefício da sobrevivência dos outros. Uma profissão de bravura e coragem, que não se coaduna com uma simples definição, porque a sua grandeza e extrema importância são muito maiores. Mergulhando na história dos bombeiros, sabe-se que foram os hebreus e os gregos os primeiros povos a despertar para a importância do combate ao fogo. Para tal, criaram vigias noturnas responsáveis por rondas e pelo alarme em caso de incêndio. Também na antiga Roma havia grupos de pessoas que faziam o policiamento durante a noite, dando o alerta em caso de fogo ou outro tipo de acidentes.
Em Portugal, a história dos bombeiros inicia-se com a carta régia de D. João I, datada de 1395. Nela podia ler-se: “em caso que se algum fogo levantasse, o que Deus não queria, que todos os carpinteiros e calafates venham àquele lugar, cada um com seu machado, para haverem de atalhar o dito fogo. E que outros sim todas as mulheres que ao dito fogo acudirem, tragam cada uma seu cântaro ou pote para acarretar água para apagar o dito fogo”. Ainda no nosso país, a história das Associações de bombeiros inicia-se em 1868, com a criação da Companhia de Voluntários Bombeiros de Lisboa, que mais tarde passou a designar-se de Associação de Bombeiros Voluntários.
No nosso concelho, Vieira do Minho tem a sua Associação de Bombeiros, com uma secção em Ruivães com excelentes instalações que muito nos orgulha, pena é que tenha perdido o fulgor que teve inicialmente, mas que fazer? Já Camões dizia: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”.
Toda a minha vida admirei os bombeiros, e trinta anos da minha vida profissional estiveram ligados a inúmeras Corporações que me levaram a percorrer o país de norte a sul, e em cada delas fiz excelentes amizades, e só lamento que os bombeiros voluntários não sejam uma instituição estatal como acontece na maioria dos países desenvolvidos. Como me chocava ver corporações a subsistir de cotizações, peditórios para a compra de uma ambulância, ou rifas para uma viatura. Enfim!
Saudações ruivanenses.
Manuel Joaquim F. de Barros
2025-10-14




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